16 de novembro de 2012

Queda em idosos

Todas as pessoas podem sofrer quedas, porém, para os idosos, o significado disto é muito relevante, pois pode levá-lo à incapacidade, detrimento e morte.

No Brasil 30% dos idosos sofrem quedas pelo menos uma vez por ano. A freqüência é maior nas mulheres. 70% das quedas ocorrem dento de casa.

Para Cunha & Guimarães (1989), a queda se dá em decorrência da perda total do equilíbrio postural, podendo estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura.
A origem das quedas pode ser associada a fatores intrínsecos decorrentes de alterações fisiológicas do envelhecimento, doenças e efeitos de medicamentos e a fatores extrínsecos, como circunstâncias sociais e ambientais que oferecem desafios ao idoso. (FABRÍCIO; RODRIGUES; COSTA JÚNIOR, 2004).

Como a fraqueza muscular, falta de flexibilidade, sinergia e mecanismos de programação degradados e dificuldades de controle motor contribuem para as quedas, um alto nível de
atividade física é uma estratégia eficaz para preveni-las: aumenta a força muscular, a flexibilidade e o controle motor.

Em casa, o que é possível mudar?
Sobre os cuidados que se devem implantar em uma residência com idosos, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG, 2009) informa que uma casa segura contra quedas de idosos deve ter boa iluminação nas escadas e corredores; devem ser eliminados os tapetes soltos, móveis baixos e obstáculos do chão; deve possuir piso antiderrapante, especialmente no banheiro, e tapete antiderrapante no box; ter um banquinho no box, que auxilia a ensaboar e enxaguar os pés durante o banho; ter suportes de parede no box e ao lado do vaso sanitário, para auxiliar o equilíbrio; não usar chaves na porta do banheiro, local de acidentes frequentes; ter interruptor próximo à porta e em boa altura; ter boa iluminação no trajeto da cama ao banheiro durante a noite; ter luzes noturnas que evitam a desorientação durante a noite; manter telefones próximos à cama, luzes de cabeceira fixas; remover soleiras altas das portas; não encerar o piso; altura da cama e cadeiras apropriadas para manter os pés no chão, quando sentado; manter corrimão nas escadas; colocar utensílios e mantimentos em locais de fácil alcance e não subir em escadas ou banquinhos.

No entanto, as modificações devem ser feitas com o consentimento do idoso. “Cada objeto de sua moradia tem um significado afetivo e ele poderá ficar magoado se as intervenções forem feitas sem sua permissão. (PEREIRA, 2006, p. 1).
É de responsabilidade dos gestores manter os espaços públicos favoráveis ao fácil acesso, livres de riscos e adequados às necessidades da população, fenômeno imprescindível na prevenção de quedas no ambiente externo.
Quanto à prevenção da saúde, qual atitude tomar?
As quedas nos idosos podem ser prevenidas por meio de atividade física regular e orientada. Trabalhando o condicionamento físico, o ganho de massa muscular, proporcionando uma boa postura, domínio corporal, os idosos podem adquirir autoconfiança e controle da caminhada e dos movimentos. (FERREIRA, 2007).
O treinamento de força está cada vez mais sendo indicado e praticado por indivíduos
da terceira idade. De acordo com FLECK & KRAEMER (1999), as investigações científicas durante a década de 90, demonstraram que o treinamento com pesos pode ser implantado com sucesso e segurança nas populações da terceira idade, onde até mesmo os “idosos frágeis” e muitos doentes podem se beneficiar e melhorar sua qualidade de vida.


Através do treinamento com pesos pode-se melhorar o equilíbrio e a coordenação,
permitindo aos indivíduos da terceira idade desempenharem atividades, tal como andar e
subir escadas, com economia de energia reduzindo o risco de quedas. E em caso de uma
queda, o aumento da densidade óssea (que também e atribuída ao treinamento com pesos)
previne fraturas (EARLE, 2001).

Seguem algumas recomendações adaptadas da prescrição de treinamento de força para idosos frágeis e muito frágeis segundo ACSM:
Grupos musculares relevantes clinicamente: extensão de quadril e do joelho, os flexores do joelho e coluna, dorsiflexores plantares, bíceps, tríceps, ombro, extensores da coluna e muculatura abdominal. Acrescentar exercícios com pesos livres para treinar o equilíbrio. Intensidade: a partir de 80% de 1 RM (os exercícios de alta intensidade são mais seguros que os de baixa intensidade). Frequência: duas a três vezes por semana.

FONTE:
jozianeteixeiratrainer.wordpress.com

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