"Noções básicas de primeiros socorros"
A imagem que vem à cabeça da maioria das pessoas quando se fala em socorro a um afogado é: a vítima deitada de costas, com a cabeça virada de lado, cuspindo água enquanto o socorrista pressiona suas costas.
Nada disso. Para saber como, de verdade, se salva uma vítima de afogamento, siga nosso passo-a-passo. Aprenda também como fazer respiração boca-a-boca e massagem cardíaca, que podem ser úteis nesta e em outras situações de emergência.
Passo-a-passo a vítima de afogamento
Nada disso. Para saber como, de verdade, se salva uma vítima de afogamento, siga nosso passo-a-passo. Aprenda também como fazer respiração boca-a-boca e massagem cardíaca, que podem ser úteis nesta e em outras situações de emergência.
Passo-a-passo a vítima de afogamento
1) Chame rapidamente o socorro médico. Lembre-se: no caso de afogamento, cada minuto perdido diminui muito a chance de recuperação.
2) Enquanto a ajuda não chega, coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima), em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo.Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado.
3) Não tente retirar a água dos pulmões.
4) Descubra se a pessoa está respirando: ouça sua respiração e observe se o tórax se movimenta. 5) Se a vítima não for capaz de respirar, comece, urgentemente, a respiração boca-a-boca. Aprenda a fazer respiração boca-a-boca
6) Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.
7) Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o coração deve ter parado. É preciso fazer então uma massagem cardíaca.
8) Intercale duas respirações para cada 15 massagens cardíacas. P> 9) Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que você for capaz de agüentar. A vítima pode se recuperar mesmo após muito tempo nessa situação.
10) Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos, deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça. Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do socorro médico.
11) Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa estiver consciente, ofereça uma bebida morna, doce e não alcoólica. Não tente aquecê-la rapidamente com um banho de água quente para evitar choque térmico. Friccionar braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação.
2) Enquanto a ajuda não chega, coloque a vítima deitada de costas (barriga para cima), em um declive, com a cabeça mais baixa que o corpo.Cuidado: não dobre nem vire o pescoço do afogado.
3) Não tente retirar a água dos pulmões.
4) Descubra se a pessoa está respirando: ouça sua respiração e observe se o tórax se movimenta. 5) Se a vítima não for capaz de respirar, comece, urgentemente, a respiração boca-a-boca. Aprenda a fazer respiração boca-a-boca
6) Verifique também os batimentos cardíacos. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.
7) Se a pulsação estiver ausente ou a pupila dilatada, o coração deve ter parado. É preciso fazer então uma massagem cardíaca.
8) Intercale duas respirações para cada 15 massagens cardíacas. P> 9) Insista na ressuscitação pelo máximo de tempo que você for capaz de agüentar. A vítima pode se recuperar mesmo após muito tempo nessa situação.
10) Quando a pessoa recuperar respiração e batimentos, deixe-a deitada de lado, com um braço abaixo da cabeça. Não permita que ela saia do repouso antes da chegada do socorro médico.
11) Aqueça a vítima. Se possível, leve o afogado para um local quente. Retire sua roupa molhada e cubra-a com cobertores, toalhas ou o que estiver à mão. Se a pessoa estiver consciente, ofereça uma bebida morna, doce e não alcoólica. Não tente aquecê-la rapidamente com um banho de água quente para evitar choque térmico. Friccionar braços e pernas pode ajudar a estimular a circulação.
Aprenda a fazer respiração boca-a-boca
1) Cheque se a via respiratória não está obstruída. Estique o pescoço da vítima para que o ar possa passar: ponha uma mão na nuca e levante o pescoço; apóie a outra mão na testa e force a cabeça para trás.
Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Remova-o com os dedos.
2) Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial.
3) Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa.
4) Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vitima (se for uma criança, cubra também o nariz com sua boca).
5) Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente, como em uma respiração normal. Use força com adultos, suavidade com crianças.
6) Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar.
7) Mantenha o ritmo de 18 a 20 respirações por minuto, no caso de adultos, e 15 a 18, no caso de crianças. Verifique sempre se a vítima não está recuperando seus movimentos respiratórios.
8) Se vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.
Em seguida, abra a boca, pressione a língua para baixo e veja se não há algum objeto ou secreção impedindo a passagem de ar. Remova-o com os dedos.
2) Se, com isso, a pessoa não voltar a respirar, afrouxe as roupas, mantenha esticado o pescoço da vítima e comece a respiração artificial.
3) Feche as narinas da vítima usando os dedos da mão que está sobre a testa.
4) Inspire fundo, abra sua boca e coloque-a sobre a boca da vitima (se for uma criança, cubra também o nariz com sua boca).
5) Sopre o ar até que o tórax da vítima se movimente, como em uma respiração normal. Use força com adultos, suavidade com crianças.
6) Retire sua boca, para que a pessoa possa expirar.
7) Mantenha o ritmo de 18 a 20 respirações por minuto, no caso de adultos, e 15 a 18, no caso de crianças. Verifique sempre se a vítima não está recuperando seus movimentos respiratórios.
8) Se vítima voltar a respirar, interrompa a respiração artificial, mas não desvie sua atenção. Ela pode parar de respirar novamente.
Aprenda a fazer massagem cardíaca
1) Coloque a vitima deitada de costas sobre uma superfície dura.
2) Sem interromper a respiração boca-a-boca, comece a massagem.
3) Para determinar o local em que a massagem deve ser feita, encontre, no meio do tórax, o osso esterno. Ele começa acima do estômago. Sua mão deve ser posicionada na metade inferior (isto é, entre a metade e a base) do osso.
4) Abra suas mãos e coloque uma sobre a outra. Você vai usar só a palma, mantendo os dedos esticados para cima. Em crianças pequenas, ao contrário, use os dedos, apenas. Meça a força de acordo com o tamanho da vítima.
5) Aperte o tórax da vítima, pressionando seu coração, e solte em seguida. Mantenha o ritmo de uma compressão por segundo.
6) Para ajudar a colocar pressão na massagem, deixe seu braços esticados.
7) A cada parada para fazer a respiração boca-a-boca, verifique se o pulso voltou. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.
2) Sem interromper a respiração boca-a-boca, comece a massagem.
3) Para determinar o local em que a massagem deve ser feita, encontre, no meio do tórax, o osso esterno. Ele começa acima do estômago. Sua mão deve ser posicionada na metade inferior (isto é, entre a metade e a base) do osso.
4) Abra suas mãos e coloque uma sobre a outra. Você vai usar só a palma, mantendo os dedos esticados para cima. Em crianças pequenas, ao contrário, use os dedos, apenas. Meça a força de acordo com o tamanho da vítima.
5) Aperte o tórax da vítima, pressionando seu coração, e solte em seguida. Mantenha o ritmo de uma compressão por segundo.
6) Para ajudar a colocar pressão na massagem, deixe seu braços esticados.
7) A cada parada para fazer a respiração boca-a-boca, verifique se o pulso voltou. Para sentir a pulsação, coloque as pontas dos dedos indicador e médio na virilha ou no pescoço da vítima, ao lado da traquéia.
O Dr. Marcelo Calil Burihan atende nos hospitais Santa Marcelina e Santa Marina, leciona na Faculdade de Medicina de Santo Amaro e deu consultoria para esta reportagem.
Fonte: Terra.com
Material online do Corpo de Bombeiros dá dicas de segurança e prevenção
Folders Educativos abordam diversos temas que podem ser visualizados ou baixados; objetivo é prevenir acidentes
Acesse alguns dos temas disponíveis:
Para mais informações sobre os temas disponíveis, acesse o link.
Saiba como socorrer uma vítima de queimadura
Pessoas com queimaduras profundas podem correr sério risco de vida. Quanto maior a extensão, maiores os perigos para a vítima. Existem diferentes graus de lesão. Leve em conta que uma pessoa pode apresentar, ao mesmo tempo, queimaduras de terceiro, segundo e primeiro graus - e cada tipo de lesão pede um socorro específico.
É proibido...
passar gelo, manteiga ou qualquer coisa que não seja água fria no local, em qualquer caso. Também não se deve estourar bolhas ou tentar retirar a roupa colada à pele queimada.
passar gelo, manteiga ou qualquer coisa que não seja água fria no local, em qualquer caso. Também não se deve estourar bolhas ou tentar retirar a roupa colada à pele queimada.
O que não se deve fazer:
Primeiro grau As queimaduras deste tipo atingem apenas a epiderme, que é a camada mais superficial da pele. O local fica vermelho, um pouco inchado, e é possível que haja um pouco de dor. É considerada queimadura leve, e pede socorro médico apenas quando atinge grande extensão do corpo. Como socorrer vítimas de queimadura de primeiro grau: 1. Use água, muita água. É preciso resfriar o local. Faça isso com água corrente, um recipiente com água fria ou compressas úmidas. Não use gelo. 2. Depois de cinco minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o local, sem esfregar. 3. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa. 4. Em casos de queimadura de primeiro grau - e apenas nesse caso - é permitido e recomendável beber bastante água e tomar um remédio que combata a dor. Segundo grau Já não é superficial: epiderme e derme são atingidas. O local fica vermelho, inchado e com bolhas. Há liberação de líquidos e a dor é intensa. Se for um ferimento pequeno, é considerada queimadura leve. Nos outros casos, já é de gravidade moderada. É grave quando a queimadura de segundo grau atinge rosto, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, ou uma área muito extensa do corpo. Como socorrer vítimas de queimadura de segundo grau: 1. Use água, muita água. É preciso resfriar o local. Faça isso com água corrente, um recipiente com água fria ou compressas úmidas. Não use gelo. 2. Depois de cinco minutos, quando a vítima estiver sentindo menos dor, seque o local, sem esfregar. 3. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa. 4. Em casos de queimadura de primeiro grau - e apenas nesse caso - é permitido e recomendável beber bastante água e tomar um remédio que combata a dor. Terceiro grau Qualquer caso de queimaduras de terceiro grau é grave: elas atingem todas as camadas da pele, podendo chegar aos músculos e ossos. Como os nervos são destruídos, não há dor - mas a vítima pode reclamar de dor devido a outras quimaduras, de primeiro e segundo grau, que tiver. A aparência deste tipo de ferimento é escura (carbonizada) ou esbranquiçada. Como socorrer vítimas de queimadura de terceiro grau: 1. Retire acessórios e roupas, porque a área afetada vai inchar. Atenção: se a roupa estiver colada à área queimada, não mexa! 2. É preciso resfriar o local. Faça isso com compressas úmidas. Não use gelo. 3. Nas queimaduras de terceiro grau pequenas (menos de cinco centímetro de diâmetro) - só nas pequenas! - você pode usar água corrente ou um recipiente com água fria. Cuidado com o jato de água - ele não deve causar dor nem arrebentar as bolhas. 4. Atenção: a pessoa com queimadura de terceiro grau pode não reclamar de dor e, por isso, se machucar ainda mais - como dizer que o jato de água não está doendo, por exemplo. 5. Se a queimadura tiver atingido grande parte do corpo, tenha o cuidado de manter a vítima aquecida. 6. Com o cuidado de não apertar o local, faça um curativo com uma compressa limpa. Em feridas em mãos e pés, evite fazer o curativo você mesmo, porque os dedos podem grudar um nos outros. Espere a chegada ao hospital. 7. Não ofereça medicamentos, alimentos ou água, pois a vítima pode precisar tomar anestesia e, para isso, estar em jejum. 8. Não perca tempo em remover a vítima ao hospital. Ela pode estar tendo dificuldades para respirar. |
VEJA O QUE FAZER EM CASOS DE PICADA POR ANIMAIS PEÇONHETOS
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"Acidentes acontecem"...
Uma criança pode engasgar com objetos pequenos, ou alguém pode ser picado por uma abelha. É importante saber quando a emergência.
Uma criança pode engasgar com objetos pequenos, ou alguém pode ser picado por uma abelha. É importante saber quando a emergência.
Enquanto se espera pela ajuda profissional chegar, você pode ser capaz de salvar a vida de alguém, com algum entendimento de primeiros socorros. Ressuscitação cardiopulmonar (CPR) é para as pessoas cujos corações ou respiração pararam e deve ser feito apenas por pessoas que fizeram o treinamento. A manobra de Heimlich são para pessoas que estão sufocando.
Você também pode aprender a lidar com lesões comuns e feridas. Cortes e arranhões, por exemplo, devem ser lavados com água fria. Para parar a hemorragia, aplique pressão firme, mas suave, usando gaze. Se o sangue ensopar a gaze, adicione mais gaze, mantendo a primeira camada no local. Continue aplicandopressão.
É importante ter um kit de primeiros socorros disponíveis. Mantenha um em casa e uma em seu carro. Ele deve incluir um guia de primeiros socorros. Leia o guia para aprender a usar os itens, então você está pronto no caso de acontecer uma emergência.
Se você deseja ir além do manual de primeiros socorros, busque em sua cidade cursos para este tipo de atendimento, eles podem ser feitos em um curto espaço de tempo.
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Primeiros Socorros
Se todos soubessem noções básicas de primeiros socorros muitas vidas poderiam ser salvas. Iremos apresentar alguns procedimentos que poderão auxiliá-lo em caso de emergência.
O objetivo dos Primeiros Socorros é de manter o paciente com vida ou até a chegada de socorro médico apropriado ou até que o ferido chegue até um local onde possa ser dado o devido atendimento.
É importante mencionar que a prestação de primeiros socorros não deve ser um ato que comprometa a sua vida ou a vida do paciente e, logicamente, não exclui a importância de um médico.
FERIMENTOS
Limpe as mãos com água e sabão, se possível utilize uma luva. Lave o ferimento com água, desinfete com água oxigenada. Se houver algum corpo estranho (caco de vidro, farpa, espinho, etc.) remova-o com a pinça apenas se o objeto foi pequeno e se puder fazei-lo com facilidade, se não, deixe esta tarefa para o médico. Depois da aplicação de água oxigenada, seque o ferimento com um pouco de algodão e aplique um anti-séptico(Povidine, por exemplo). Se o ferimento for pequeno cubra com um Band-Aid, se for maior coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda com esparadrapo.
TEMPERATURA
A temperatura é o grau do calor que o corpo possui. Quando a temperatura de uma pessoa está alta (o normal está entre 36,5 e 37 graus centígrados), dizemos que ela está com febre.
A febre, em si mesma, não é uma doença, mas pode ser o sinal de alguma doença. Pode-se identificar vários sintomas de febre: Sensação de frio; Mal-estar geral; Respiração rápida; Rubor de face; Sede; Olhos brilhantes e lacrimejantes ou Pele quente.
A febre alta é perigosa, pois pode provocar delírios e convulsões. Quando uma pessoal tiver febre, podem-se tomar as providências a seguir.Se estiver acamada, retire o lençol ou cobertor. Se for criança pequena, desagasalhe-a, deixando apenas roupa leve até que a temperatura chegue ao normal. Ofereça líquidos à vítima. Toda pessoa com febre deve beber bastante líquido, como sucos. É importante saber quando a febre começa, quanto tempo ela dura e como acaba, para melhor informar ao médico.
Ponha panos molhados com água e álcool (meio a meio) sobre o peito e a testa. Troque-os com freqüência, para mantê-los frios, e continue fazendo isso até que a febre abaixe. Se houver condições, dê um banho morno prolongado, em bacia, banheira ou chuveiro.Você pode ter idéia da temperatura colocando as costas de uma de suas mão na testa da pessoa doente e a outra na sua testa, Se a pessoa doente tiver febre, você sentirá a diferença. A febre muito alta e persistente é perigosa, você deverá procurar socorro médico o quanto antes.
ENTORSE
Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos, mas as superfícies de contato são mantidas umas de encontro às outras por meio dos ligamentos. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada. Acompanhando a dor, surge o edema (inchação).
Quando os vasos sangüíneos são rompidos, a pele da região pode ficar, de imediato, com manchas arroxeadas. Quando a mancha escura surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido fratura e, nesses casos, deve-se providenciar ajuda médica, de imediato. As entorses mais comuns são as do punho, do joelho e do pé.
O Socorrista de uma vítima com entorse deve imobilizar a articulação afetada como no caso de uma fratura, e pode colocar gelo ou compressas frias no local antes da imobilização. Podemos também imobilizar a articulação através de enfaixamento, usando ataduras ou lenços.
Não se deve permitir que a vítima use a articulação machucada.Após o primeiro dia, podem-se fazer compressas quentes e mergulhar a parte afetada em água quente, na temperatura que a vítima suportar.
Fazendo aplicações de calor várias vezes por dia e mantendo-a imóvel, a articulação atingida por uma entorse normalmente recupera-se dentro de uma semana. Isso se não houver outras complicações, como derrame interno, ruptura dos ligamentos ou mesmo uma fratura. Vale a pena consultar o médico e providenciar um exame mais completo.
HEMORRAGIAS
É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo, requer intervenção médica imediata.
HEMORRAGIA EXTERNA – É resultante de um ferimento com exteriorização sangüínea. Primeiros socorros: Compreensão da área afetada e elevação de membro. Ao contrário do que vemos em muitos filmes não se deve aplicar nenhuma forma de torniquete, a excessão é apenas quando um membro é amputado ou esmagado.
HEMORRAGIA INTERNA – É resultante de um ferimento profundo com lesão de órgão interno. Sintomas: Pulso fraco e rápido; Pele fria; Sudorese; Sede; Tonteira.
TIPOS DE HEMORRAGIA INTERNA
ESTOMATORRAGIA – Hemorragia proveniente da boca. Primeiros socorros: Dar líquidos gelado para a vitima beber.
METRORRAGIA – Hemorragia por via vaginal Sintomas: Perda anormal de sangue pela vagina entre os períodos menstruais. Causas: Abortamento, gravidez ectópica (nas trompas); violência sexual;tumores; retenção de membrana placentárias no parto; ruptura urinária no parto; traumatismo no parto. Primeiros socorros: Manter a vítima em repouso; Aplicar compressas geladas ou bolsas de gelo sobre o baixo ventre; providenciar socorro médico.
HEMOPTISE – Hemorragia proveniente dos pulmões. Sintomas: O sangue sai em golfadas pela boca, vermelho vivo e espumoso. Primeiros socorros: Bolsa de gelo no tórax; Deitar a vitima de forma que a cabeça fique mais baixa que o corpo; elevando os baços e pernas.
HEMATÊMESE – Hemorragia proveniente do estômago. Sintomas: O sangue sai pela boca como se fosse borra de café, pode vir ou não com restos de alimentos. Primeiros socorros: Bolsa de gelo abaixo do umbigo.
OTÓRRAGIA – Hemorragia proveniente do ouvido. Primeiros socorros: Compressão à distancia ( temporal ou facial). Tapar com algodão ou gaze seco Composta.
TCE ( traumatismo crânio encefálico) – Sangra pouco e o sangue sai com liquor. Primeiros socorros: Lateralizar a cabeça de forma que o sangue saia.
EPISTAXE – Hemorragia proveniente do nariz. Primeiros socorros: Tapar com algodão ou gaze seco. Comprimir a narina.
AFOGAMENTO
Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento.
Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma vítima de afogamento: Materiais nos quais a vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc.; materiais que permitem que a vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, pranchas, bóias, etc.
Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que possa chegar até a vítima.
Caso não disponha de nada disso, parta para outras alternativas. Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se está imóvel ou debatendo-se. Mesmo os melhores nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra uma correntezas e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a vítima.
Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar. Se não estiver inconsciente e desacordada, certamente estará em pânico e terá grande dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar.
Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-lo e tranqüilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico.
Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem de ser rápida e eficiente;pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a vítima da água.
Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca. Se necessário, faça também massagem cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um hospital. Em termos técnicos: É um acidente de asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com inundação e enxarcamento alveolar. O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um excesso de gás carbônico no organismo. Classificação e sintomas do grau de afogamento:
Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro d’água, ao menor indicio de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega a aspirar a água, apenas apresenta-se:
1. Nervoso – Cefaléia (dor de cabeça) – Pulso rápido, Náuseas/vômitos, Pálido, Respiração e Trêmulo. Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da água, não apresentando queixas. Neste caso, a única providência é registrá-lo e orientá-lo. Repouso e Aquecimento.
2. Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cárdio-Circulatório, mas consciência mantida. Os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma, Pulso Rápido, Palidez, Náuseas/vômitos, Tremores ou Cefaléia. Primeiros Socorros: Repouso, Aquecimento, Oxigênio e observação em algum Centro Médico.
3. Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes sintomas: Cianose, Ausento de secreção Nasal e Bucal, Dificuldade Respiratória, Alteração Cardíaca e Edema Agudo do Pulmão Sofrimento do Sistema Nervoso Central. Primeiros Socorros: Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive, Aquecimento, Hiper-estender o pescoço, Limpar a secreção Nasal e Bucal - Providenciar remoção para algum Centro Médico
4. Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio-Respiratória, tendo como sintomas: Ausência de Respiração, Ausência de Pulso, Midríase Paralítica, Cianose e Palidez. Primeiros Socorros: Desobstrução das Vias Aéreas Superiores, Apoio Circulatório Apoio Respiratório, Providenciar remoção para algum Centro Médico.
CHOQUE ELÉTRICO
Os choques elétricos podem acontecer com freqüência, mesmo porque vivemos cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a morte.
Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental.
Qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas. Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica. Não toque na vítima sem antes desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a corrente irá atingi-lo também. Por isso, é necessário tomar todo o cuidado.
Antes de mais nada, o Socorrista deve desligar a chave geral ou tirar os fusíveis. Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há ainda alternativas: afastar a vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara de madeira, bem secos. Antes, porém, verifique se os seus pés estão secos e se você não está pisando em chão molhado.
Para afastar a vítima, use algum material que não conduza corrente elétrica, como por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie imediatamente o atendimento à vítima.
Deite-a e verifique se ela está respirando, ou se precisa de respiração artificial e/ou massagens cardíacas. Se necessário, aja imediatamente. Observe se a língua não está bloqueando a passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima sofreu alguma queimadura. Cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido atingidas. Tendo prestado os primeiros socorros você deve providenciar a assistência médica.
As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas ruas e avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode desligá-los. Nestes casos, procure um telefone e chame a central elétrica, os bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente. Procedendo desta maneira você poderá evitar novos acidentes.
Enquanto a corrente não for desligada, mantenha-se afastado da vítima, a uma distância mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la. Somente após a corrente de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a vítima.
CONVULSÃO EPILÉTICA
A crise convulsiva caracteriza-se pela perda repentina de consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. A vítima de uma crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados.
Em certos casos, a vítima baba e urina. Estas contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de febre muito alta, intoxicação ou, ainda, devido a epilepsia ou lesões no cérebro.
Diante de um caso de convulsão, tome as providências seguintes:
1. Deite a vítima no chão e afaste tudo o que esteja ao seu redor e possa machucá-la (móveis, objetos, pedras, etc.) não impeça os movimentos da vítima.
2. Retire as próteses dentárias, óculos, colares e outras coisas que possam se quebradas ou machucar a vítima.
3. Para evitar que a vítima morda a língua ou se sufoque com ela, coloque-lhe um lenço ou pano dobrado na boca entre os dentes.
4. No caso de a vítima já ter cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a boca.
5. Desaperte a roupa da vítima e deixe que ela se debata livremente; coloque um pano debaixo de sua cabeça, para evitar que se machuque. A pessoa que está tendo convulsões apresenta muita salivação. O estado de inconsciência não permite que ela engula a saliva.
Por isso, é preciso tomar mais uma providência para evitar que fique sufocada: deite-a com a cabeça de lado e fique segurando a cabeça nesta posição. Desta forma a saliva escoará com facilidade. Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela poderá sufocar.
Cessada a convulsão, deixe a vítima em repouso até que recupere a consciência. Após a convulsão, a pessoa dorme e este sono pode durar segundo ou horas. Coloque-a na cama ou em algum lugar confortável e deixe-a dormir.
Em seguida, encaminhe-a à assistência médica. Nunca deixe de prestar socorro à vítima de uma crise epilética convulsiva, pois sua saliva (baba) não é contagiosa.
INSOLAÇÃO
Pode manifestar-se de diversas maneiras: subitamente, quando a pessoa cai desacordado, maneando a pulsação e a respiração; ou após o aparecimento de sintomas e sinais como tonturas, enjôos, dor de cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado, febre alta, pulso rápido e respiração difícil.
Os sintomas e sinais de insolação nem sempre aparecem ao mesmo tempo. Normalmente podemos verificar apenas alguns. O importante então é que você saiba exatamente o que fazer no caso de uma pessoa passar muito tempo exposta ao sol e apresentar algum sinal de insolação.
Enquanto você aguarda o socorro médico, procure colocar a vítima à sombra, fazer compressas frias sobre a sua cabeça e envolver seu corpo em toalhas molhadas. Isso é feito para baixar a temperatura. Em seguida deite a pessoa de costas, apoiando a cabeça e os ombros para que fiquem mais altos que resto do corpo.
O ideal é que a temperatura desça lentamente, para que não ocorra o colapso, próprio de quedas bruscas de temperatura. Após ter prestado os primeiros socorros, deve se procura ajuda médica, com urgência.
QUEIMADURAS
Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no organismo humano pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas sobre o corpo humano. As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e é possível dividi-las em diferentes tipos, de acordo com a gravidade.
A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau de lesão, mas também pela extensão da área atingida. São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso de adultos. Para crianças de até 10 anos, são considerados grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 10% do corpo.
Para avaliar melhor a gravidade de uma queimadura, você pode adotar a tabela abaixo Cabeça 9% Pescoço 1% Tórax e abdômen, inclusive órgãos genitais 18% Costas e região lombar 18% Membro superior direito (braço) 9% Membro superior esquerdo (braço) 9% Membro inferior direito (perna) 18% Membro inferior r esquerdo (perna) 18%.
Se o socorrista souber classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima para um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e especificar cada caso e saber como agir em cada um deles.
Os primeiros socorros dependem muito da extensão e causa do ferimento, pequenas queimaduras podem ser colocadas sob água corrente apenas, em nenhum caso o uso de óleos ou pomadas não é recomendado. Também não se deve furar bolhas e, em acidentes automobilísticos, não se deve dar nenhum líquido sem antes avaliar outras possíveis lesões.
QUEIMADURA POR FOGO Quando a queimadura for causada por fogo e as roupas estiverem se incendiando, a primeira providência é, naturalmente, apagar o fogo. Dependendo do local do acidente e dos recursos disponíveis, de imediato pode-se usar um cobertor para sufocar as chamas ou rolar a vítima no chão. Se as queimaduras atingirem o tórax, abdômen ou costas, pode-se jogar água fria sobre as feridas, para aliviar as dores. Em seguida, remover a vítima para um hospital. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber: água, chá ou sucos. Anime-a e tranqüilize-a.
QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (tintas, ácidos, detergentes, etc.) Antes de cuidar dos ferimentos, é preciso verificar se a substância química não reage com água ao invés de ser dissolvida por ela, só neste último caso é que molhamos todas as peças de roupa que estejam impregnadas pela substância para remove-las sem causar maiores danos. Isso porque o contato com a roupa pode gerar novas queimaduras . Depois, devemos lavar o local queimado com água em abundância, durante 10 a 15 minutos, para que não reste qualquer resíduo da substância química e, em seguida, proteger as feridas com gaze ou pano limpo. A queimadura nos olhos é um caso muito especial. A ação deve ser rápida, para evitar a perda parcial o total da visão. Neste caso, devemos lavar o olho da vítima com bastante água. Depois que a ferida estiver limpa, deve-se colocar sobre ela um curativo de gaze ou pano limpo.
CORPOS ESTRANHOS
Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insetos (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.), podem penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso ocorrer, tome os seguintes cuidados:
OLHOS – Nunca esfregue o olho, não tente retirar corpos estranhos no globo ocular.
Primeiras providências Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lagrimas lavem e removam o corpo estranho. Se o processo falhar, lave bem as mãos e adote as seguintes providências: pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior, para deslocar a partícula; Irrigue o olho com água limpa, de preferência usando conta-gotas peça à vítima para pestanejar.
Se, ainda assim não resolver passe às terceiras providências: Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior, descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidados, tocando-o de leve com a ponta úmida de um lenço limpo. SE O CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO TENTE RETIRÁ-LO. COLOQUE UMA COMPRESSA OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO. OS MESMOS CUIDADOS DEVE, SER TOMADOS QUANDO SE TRATAR DE CORPO ESTRANHO ENCRAVADO NO OLHO.
NARIZ – Comprima com dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada tente expelir o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho. Não permita que a vítima assoe com violência. Não introduza instrumentos na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.). Eles poderão causar complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, procure um medico imediatamente.
OUVIDOS – Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito, grampo, pinça, alfinete), seja qual for a natureza do corpo estranho a remover. No caso de pequeno inseto, o socorro imediato consiste em colocar gotas de azeite ou óleo comestível no ouvido, a fim de imobilizar e matar o inseto. Conserve o paciente deitado de lado, com o ouvido afetado voltado para cima. Mantenha-o assim, com o azeite dentro, por alguns minutos, após os quais deve ser mudada a posição da cabeça para escorrer o azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o copo estranho não puder ser retirado com facilidade, o melhor mesmo é procurar logo um médico.
PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
Além de apresentar ausência de respiração e pulsação, a vítima também poderá apresentar inconsciência, pele fria e pálida, lábio e unhas azulados.
O que não se deve fazer
NÃO dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.
Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não está batendo.
Procedimentos Preliminares
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão. Faça isso com a ajuda de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração. Se positivo, retire-a. Mantenha a pessoa aquecida e acione o serviço de emergência tão logo quanto possível.
RESSUSCITAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR
Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito.
Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.
Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada dez pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.
FRATURAS
Fratura é uma lesão em que ocorre a quebra de um osso do esqueleto. Há dois tipos de fratura, a saber: a fratura interna e a fratura exposta.
FRATURA INTERNA (OU FECHADA) – Ocorre quando não há rompimento da pele. Suspeitamos de que há fratura quando a vítima apresenta: Dor intensa; Deformação do local afetado, comparado com a parte normal do corpo; Incapacidade ou limitação de movimentos; Edema (inchaço) no local; este inchaço poderá ter cor arroxeada, quando ocorre rompimentos de vasos e acúmulo sangue sob a pele (hematoma); Crepitação, que provoca a sensação de atrito ao se tocar no local afetado. A providência mais recomendável a tomar nos casos de suspeita de fratura interna é proceder à imobilização, impedindo o deslocamento dos ossos fraturados e evitando maiores danos.
Como imobilizar:
Não tente colocar o osso “no lugar”; movimente-o o menos possível. Mantenha o membro na posição mais natural possível, sem causar desconforto para a vítima.
Improvise talas com o material disponível no momento: uma revista grossa, madeira, galhos de árvores, guarda-chuva, jornal grosso e dobrado.
Acolchoar as talas com panos ou quaisquer material macio, a fim de não ferir a pele.
O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima ou abaixo do local da fratura e sustentar o membro atingido; elas devem ser amaradas com tiras de pano em torno do membro fraturado.
Não amarrar no local da fratura. Toda vez que for imobilizar um membro fraturado, deixe os dedos para fora, de modo a poder verificar se não estão inchados, roxos ou adormecidos.
Se estiverem roxos, inchados ou adormecidos, as tiras deves ser afrouxadas.
Em alguns casos, como no da fratura do antebraço, por exemplo, deve-se utilizar um tipóia, use uma bandagem triangular ou dobre um lenço em triângulo(seu lenço escoteiro por exemplo), envolvendo o antebraço, e prenda as pontas deste atrás do pescoço da vítima.
Muitos cuidados deve ser tomado em relação à vítima com perna fraturada. Não deixe que ela tente andar. Se for necessário transportá-la, improvise uma maca e solicite a ajuda de alguém para carregá-la. NOS CASOS DE FRATURAS DE CLAVÍCULA, BRAÇO E OMOPLATA, BEM COMO LESÕES DAS ARTICULAÇÕES DE OMBRO E COTOVELO, DEVE-SE IMOBILIZAR O OSSO AFETADO COLOCANDO O BRAÇO DOBRADO NA FRENTE DO PEITO E SUSTENTANDO-O COM UMA ATADURA TRIANGULAR DOBRADA.
FRATURA EXPOSTA (OU ABERTA) – A fratura é exposta ou aberta quando o osso perfura a pele. Nesse caso, proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de imobilizar, a fim de evitar a penetração de poeira ou qualquer outras substância que favoreça uma infecção. Não tente colocar os ossos no lugar. Ao contrário, evite qualquer movimento da vítima. Procure atendimento médico imediato.
FRATURAS ESPECIAIS – Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas de crânio, coluna, costelas, bacia e fêmur. É muito importante que o socorrista saiba identificar os sintomas e sinais prováveis de cada uma dessas fraturas.
Fratura do crânio – Dores, inconsciência, parada respiratória, hemorragia pelo nariz (Epistaxe), boca (Estomatorragia) ou ouvido (otorragia)
Fratura de coluna – Dores, formigamento e incapacidade de movimento dos membros (braços e pernas).
Fratura de costelas – Respiração difícil, dor a cada movimento respiratório.
Fratura de fêmur e bacia – dor no local, dificuldade de movimentar-se e de andar. Ao suspeitar de uma dessas fraturas:
Primeiro Socorros: Mantenha a vítima imóvel e agasalhada; não mexa nem permita que ninguém mexa na posição da vítima até a chegada de pessoal habitado (médico ou enfermeiro); caso não seja possível contar com pessoal habitado, transporte a vítima sem dobrá-la, erguendo-a horizontalmente com a ajuda de três pessoas. coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, como: maca, porta, tábuas, etc. Observe a respiração e verifique o pulso da vítima. Se necessário, faça massagem cardíaca e respiração artificial. No caso de fratura no crânio, os procedimentos devem ser os mesmos, mas com o cuidado de não movimentar a cabeça da vítima, de jeito nenhum. Providencie transporte adequado e atendimento médico assim que tiver terminado a imobilização. Lembre-se de que a vítima sempre deve ser transportada deitada. Durante o transporte, peça ao motorista para evitar freadas bruscas ou buracos, que poderão agravar o estado da vítima.
CÃIBRA
O estímulo nervoso possui determinada eletricidade que, em contato com uma substância gelatinosa que banha o músculo, encaminha uma partícula de cálcio para dentro das fibras; o cálcio, então, ativa enzimas próprias do músculo que quebram a ATP. A única questão é haver moléculas de ATP em quantidade suficiente. Existem três fontes de ATP. A primeira seria uma espécie de estoque particular do músculo. A segunda é a glicólise: reações dentro do músculo transformam a glicose das fibras ou trazidas pelo sangue em ATP e ácido lático. Esta é uma substância inibidora que, ao se acumular nas fibras, causa tanta dor que a pessoa não agüenta mais contrair o músculo.
Esse processo produz grande quantidade de energia, mas por tempo limitado. Por isso, é um metabolismo para atividades que exigem velocidade. Os atletas atenuam os efeitos do ácido lático e por isso suportam melhor um acúmulo de da substância. Mas quem não é atleta cede a dor e logo pára. Do contrário, corre o risco de sentir uma cãibra. Nesses casos de cãibra, dá-se açúcar (glicose) para o paciente, para que rapidamente acabe com a cãibra.
A Cãibra também atacam em plena madrugada, quando se está quieto, dormindo. Mas aí, o problema é neurológico, uma ordem equivocada para o músculo se contrair a toda velocidade, provocada muitas vezes por estresse psicológico.
Situações vitais
Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sózinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A – Paragem respiratória – desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B – Hemorragias – colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
C – Estado de choque – tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio.
Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS). Posição Lateral de Segurança
1 – Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.
2 – Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima.
3 – Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada.
4 – Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos.
5 – Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6- Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.
Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.
Os 10 mandamentos do socorrista
1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).
Paragem cardíaca
Sinais e sintomas
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a acção deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.
O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.
Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.
Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.
O que pode causar
Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.
Paragem respiratória
Como detectar:
Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória.
Como fazer a respiração artificial ou de socorro:
Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.
Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na freqüência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5 segundos).
Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa tóraxica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre.
Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado.
Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo.
Quando se suspeitar que existe uma lesão das vértebras cervicais, procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo-lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo.
Com crianças pequenas
Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pumão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.
Cuidados:
Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. São aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.
O que pode causar:
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca.
Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água.Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca.
Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.
Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.
Estado de choque
Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.
O que fazer
1 – Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 – Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 – Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 – Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 – Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.
O que pode causar
Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas
Desmaio
Pode ser considerado um leve estado de choque.
Sinais e sintomas
Palidez, enjôo, suor constante, pulso e respiração fracos.
O que fazer
1 – Colocar a vítima em Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 – Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 – Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 – Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento (quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).
O que pode causar
Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.
Autor: Patrícia Ingrid M. Branco Luiz
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