Segundo hospital, trauma é leve e movimentos não estão comprometidos.
Parque funcionava com liminar judicial e foi interditado nesta segunda.
A menina de 12 anos que foi arremessada de um brinquedo neste domingo (25) no parque de diversões Nicolândia, em Brasília, sofreu traumatismo craniano leve, segundo boletim médico duvulgado nesta segunda-feira (26) pelo Hospital Santa Lúcia, onde ela está internada. Raquel Cristina Sousa Cunha também sofreu fratura na clavícula e na coluna cervical.
O boletim médico informa que a menina está em “bom estado geral, lúcida e orientada, sem comprometimento dos movimentos”. Ela ainda passará por novos exames de imagem para definição do melhor procedimento em relação à coluna cervical, de acordo com o boletim.
O Nicolândia foi interditado pela Defesa Civil nesta segunda. No fim da manhã, dois homens que se apresentaram como donos do parque disseram ao G1 que estavam viajando e só comentariam o ocorrido na terça-feira (27), após se informarem sobre o acidente.
A mãe da menina ferida, a contadora Carmem Lúcia Souza, contou que a filha estava com mais três amigas da mesma idade comemorando o aniversário de uma delas no Parque da Cidade. Segundo Carmem, o pai da aniversariante acompanhava as garotas quando aconteceu o acidente.
“O brinquedo é preso apenas com uma barra. Não tem cinto de segurança e ele gira muito rápido. Ela não conseguiu segurar e foi arremessada para fora do brinquedo”, afirmou. Depois de ser arremessada, a garota teria batido a cabeça em uma grade.
O advogado do Nicolândia, Adelino Tucunduva Júnior, negou que a menina tenha sido arremessada. Segundo ele, ela se desequilibrou e caiu após levantar do banco enquanto o equipamento girava. “Ela foi advertida por funcionários a se sentar novamente, mas não obedeceu e acabou caindo”, afirmou.
Ele também informou que o brinquedo chegou a ser desligado após a adolescente se levantar, e estava parando no momento da queda. “O parque funciona há 35 anos e obedece as normas da ABNT [Associação Brasileira de Normas e Técnicas]. O que aconteceu foi uma falha do usuário, que não respeitou o brinquedo, por ignorância ou por querer aparecer, o que é típico da idade”, declarou Tucunduva.
O subsecretário de operações da Secretaria de Defesa Civil do Distrito Federal, coronel Sérgio Bezerra, informou nesta segunda que a interdição do parque foi motivada pela impossibilidade de acesso do órgão fiscalizador ao brinquedo onde o acidente aconteceu, o Rock and Roll. Além disso, o coronel afirmou que o parque funciona por meio de liminar, sem documentação técnica ou de licenciamento.
“O parque será interditado porque não havia responsável para permitir testes com o brinquedo”, disse Bezerra. De acordo com ele, a interdição dura até os responsáveis se apresentarem e permitirem acesso ao equipamento. O advogado do Nicolândia disse que o local estava fechado porque não é aberto às segundas-feiras. Segundo Tucunduva, o parque passou por vistoria do Corpo de Bombeiros para poder funcionar por meio de liminar.
Investigação
A perícia analisou o equipamento durante a madrugada. O laudo deve ser concluído em até 30 dias. De acordo com a administração do parque, o brinquedo veio da Europa e foi lançado em abril do ano passado. Na hora do acidente, um funcionário era responsável por monitorar a entrada de crianças e adolescentes, além de orientar todos como se posicionar.
O caso é investigado pela delegacia da Asa Sul. Num primeiro momento, a polícia quer saber se houve negligência por parte do funcionário do parque em não conferir os equipamentos de segurança do brinquedo. Em seguida, vai descobrir se houve falha mecânica e se a máquina passava por manutenção.
Tanto o funcionário quanto o dono do parque podem responder por lesão corporal culposa, quando não há intenção. A mãe da menina estuda a possibilidade de processar o parque de diversões.
Sem vistoria
Segundo a assessoria da Defesa Civil, há dois anos os parques do Distrito Federal não passam por fiscalização do órgão. Isso porque eles "burlam" o procedimento e buscam alvarás diretamente com as administrações regionais.
A administração de Brasília informa que o Nicolândia não tem alvará expedido e contava com uma liminar judicial para funcionar. O local chegou a ser interditado pela Agência de Fiscalização (Agefis) durante uma semana no início deste ano.
Dos 18 parques do DF vistoriados pela Agefis em 2012, 12 foram interditados por falta de licença de funcionamento. Alguns, porém, obtiveram liminares na Justiça para continuar funcionando.
O coronel Sérgio Bezerra alertou sobre o perigo de frequentar parques que não têm a liberação da Defesa Civil para funcionar. "Eu não levaria meu neto para brincar nesses lugares."
click na imagem para rever a matéria com vídeo.
O Nicolândia foi interditado pela Defesa Civil nesta segunda. No fim da manhã, dois homens que se apresentaram como donos do parque disseram ao G1 que estavam viajando e só comentariam o ocorrido na terça-feira (27), após se informarem sobre o acidente.
A mãe da menina ferida, a contadora Carmem Lúcia Souza, contou que a filha estava com mais três amigas da mesma idade comemorando o aniversário de uma delas no Parque da Cidade. Segundo Carmem, o pai da aniversariante acompanhava as garotas quando aconteceu o acidente.
“O brinquedo é preso apenas com uma barra. Não tem cinto de segurança e ele gira muito rápido. Ela não conseguiu segurar e foi arremessada para fora do brinquedo”, afirmou. Depois de ser arremessada, a garota teria batido a cabeça em uma grade.
O advogado do Nicolândia, Adelino Tucunduva Júnior, negou que a menina tenha sido arremessada. Segundo ele, ela se desequilibrou e caiu após levantar do banco enquanto o equipamento girava. “Ela foi advertida por funcionários a se sentar novamente, mas não obedeceu e acabou caindo”, afirmou.
Ele também informou que o brinquedo chegou a ser desligado após a adolescente se levantar, e estava parando no momento da queda. “O parque funciona há 35 anos e obedece as normas da ABNT [Associação Brasileira de Normas e Técnicas]. O que aconteceu foi uma falha do usuário, que não respeitou o brinquedo, por ignorância ou por querer aparecer, o que é típico da idade”, declarou Tucunduva.
Entrada do parque Nicolândia, em Brasília, com placa de interdição da Defesa Civil (Foto: Willian de Farias/G1)
“O parque será interditado porque não havia responsável para permitir testes com o brinquedo”, disse Bezerra. De acordo com ele, a interdição dura até os responsáveis se apresentarem e permitirem acesso ao equipamento. O advogado do Nicolândia disse que o local estava fechado porque não é aberto às segundas-feiras. Segundo Tucunduva, o parque passou por vistoria do Corpo de Bombeiros para poder funcionar por meio de liminar.
A perícia analisou o equipamento durante a madrugada. O laudo deve ser concluído em até 30 dias. De acordo com a administração do parque, o brinquedo veio da Europa e foi lançado em abril do ano passado. Na hora do acidente, um funcionário era responsável por monitorar a entrada de crianças e adolescentes, além de orientar todos como se posicionar.
O caso é investigado pela delegacia da Asa Sul. Num primeiro momento, a polícia quer saber se houve negligência por parte do funcionário do parque em não conferir os equipamentos de segurança do brinquedo. Em seguida, vai descobrir se houve falha mecânica e se a máquina passava por manutenção.
Tanto o funcionário quanto o dono do parque podem responder por lesão corporal culposa, quando não há intenção. A mãe da menina estuda a possibilidade de processar o parque de diversões.
Sem vistoria
Segundo a assessoria da Defesa Civil, há dois anos os parques do Distrito Federal não passam por fiscalização do órgão. Isso porque eles "burlam" o procedimento e buscam alvarás diretamente com as administrações regionais.
A administração de Brasília informa que o Nicolândia não tem alvará expedido e contava com uma liminar judicial para funcionar. O local chegou a ser interditado pela Agência de Fiscalização (Agefis) durante uma semana no início deste ano.
Dos 18 parques do DF vistoriados pela Agefis em 2012, 12 foram interditados por falta de licença de funcionamento. Alguns, porém, obtiveram liminares na Justiça para continuar funcionando.
O coronel Sérgio Bezerra alertou sobre o perigo de frequentar parques que não têm a liberação da Defesa Civil para funcionar. "Eu não levaria meu neto para brincar nesses lugares."
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- Fonte:Do G1 DF
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