29 de março de 2013

Identifique e combata as principais causas da falta de desejo sexual


Se a academia, o supermercado e reuniões de trabalho sempre têm um lugarzinho na agenda, por que não aproveitar e incluir o sexo na lista dos afazeres do dia? Segundo especialistas, a primeira causa da falta de apetite sexual é não pensar em sexo; não tê-lo como uma das prioridades da vida. "É preciso saber usar o sexo pelo sexo --e não para obter favores, manter um relacionamento que vai mal, impor poder ou se sentir amado", afirma o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor e psicoterapeuta do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). "O desejo tem de ser cultivado ao longo do dia", segundo Carolina Ambrogini, ginecologista, sexóloga e coordenadora do Projeto Afrodite da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O cansaço cotidiano pelo excesso de compromissos deixa as pessoas fadigadas, sem energia e sem tempo para estímulos sexuais.    
Quanto menos planejar e fazer sexo, menos espaço ele terá, porque mais as pessoas buscarão satisfazer outras necessidades e prazeres, como trabalhar, estudar, ganhar dinheiro, viajar, jogar, malhar, comer, conversar, ir a festas, beber com amigos. Só que o dia tem apenas 24 horas, e o sexo faz bem. Posições que ajudam a superar obstáculos que atrapalham o sexo

A dica, para quem ainda não perdeu seu apetite por completo, é cuidar da saúde (hormonal, principalmente), gostar de sexo (ou descobrir um jeito de gostar), buscar soluções quando há baixa autoestima, dificuldades no relacionamento e falta de prazer --conversando com o parceiro ou fazendo terapia. "Invista na intimidade, aprendendo a concentrar energias no prazer que o sexo pode dar", diz a psicóloga e diretora de publicações da Sbrash (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana), Ana Canosa.  "Quando estamos mais perto da natureza e temos mais tempo para relaxar, o corpo e a mente ficam menos tensos, o que é bom para o desejo".  

 Inimigos da libido
   O hipotiroidismo, o uso constante de substâncias como antidepressivos, inibidores de apetite ou mesmo o alcoolismo e o tabagismo afetam o apetite sexual. "Se a disfunção é hormonal, podemos prescrever testosterona para os homens; já no caso das mulheres, não há medicação aprovada por órgãos de regulação, nem no Brasil, nem nos EUA", explica a especialista da Unifesp.    Ler contos e assistir a filmes eróticos, escutar música romântica, reservar um tempo para jantar são passatempos que instigam a criatividade e não permitem que a passagem dos anos, o desgaste do relacionamento, a perda da paixão e do encanto e a mesmice do sexo tomem conta da vida a dois.

  Se um não quer, dois não fazem
  Quando um dos membros do casal tem o desejo, mas o outro não, o melhor é buscar ajuda, se a intenção é salvar o relacionamento. Dependendo da origem do problema, pode ser tratado por um médico, terapeuta ou os dois.   O Projeto Afrodite, da Unifesp, apesar de estudar principalmente a sexualidade feminina, também ajuda os homens --com psicólogos, seções de fisioterapia e consultas médicas.    "Pedimos exames que nos dão uma visão global do paciente; investigamos sua vida desde a educação recebida, seus traumas, tabus, preconceitos, dosagens hormonais, doenças crônicas que possam interferir na sexualidade e causas sociais mais profundas, como pessoas que foram, um dia, vítimas de estupro", enumera a ginecologista e sexóloga. As causas da falta de apetite sexual são muitas e variadas.    Para Oswaldo Rodrigues Jr., o melhor tratamento para quem já perdeu o apetite sexual é o autoconhecimento. "Em nossa cultura, ser homem ainda implica necessitar de mais sexo". Essa cobrança é um bom exemplo de como motivos psicossociais interferem no desejo.    Assim, quem está sem fome de sexo e precisa se autoconhecer deve, antes, buscar saber que regras sociais ou valores culturais impõem padrões ao seu comportamento sexual, e em até que ponto tais regras castram seus desejos mais íntimos e verdadeiros. Isso apontará para as fantasias que podem ser vividas com mais frequência.

 Questione-se e mude os hábitos
   É preciso olhar para dentro de si mesmo e fazer muitas perguntas: como me relaciono com meu par? Como é o meu dia? Tenho tempo ou me dou um tempo para planejar o sexo? Que características individuais ou disfunções físicas, hábitos e vícios poderiam estar interferindo em meu apetite sexual? Há espaço para fantasias em meu dia a dia? Essas são questões essenciais. A busca de uma alimentação mais equilibrada e atividade física também fazem diferença, além de reorganizar a agenda e deixar rolar: "Se foi bom, você pensará nisso no dia seguinte e sentirá vontade de repetir", afirma Carolina Ambrogini.   

Leia mais em: 
noticias.bol.uol.com.br/a-falta-de-desejo-sexual.

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