A perda de memória após os 65 anos sempre foi considerada normal, no entanto é preciso levar esse sintoma a sério por ele ser considerado um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer. Segundo relatório da ADI (Alzheimer's Disease International), feito por especialistas do King's College de Londres e do Karolinska Institutet da Suécia, 75% das pessoas com Alzheimer não sabem que têm a doença e o diagnóstico demora, em média, 3 anos. Por isso, é importante destacar o assunto neste Dia Mundial do Alzheimer.
A doença degenerativa é a mais comum entre as que atingem o sistema nervoso. Só no Brasil, segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), há mais de 1,5 milhão de pacientes com a doença. "Ocorre uma perda progressiva de neurônios, diminuição de sinapses e receptores e o processo culmina com a morte dos neurônios", explica o neurologista Rodrigo Rizek Schultz, do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Nudec-Unifesp).
A causa da doença ainda não foi identificada, mas estudos já comprovaram um acúmulo de algumas proteínas anormais no cérebro, que seriam responsáveis pela morte celular. "Esse é o foco atual dos estudos e das novas drogas que tentam atuar nesse mecanismo que leva a deficiência dos neutrotransmissores", afirma Schultz.
Segundo o neurologista da Unifesp, a doença não é considerada hereditária, visto que apenas 4% dos casos de Alzheimer foram passados de pai para filho. "O que ocorre é uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A interação dos genes somados ao sedentarismo e a falta de atividades congitivas, como ler, comentar a respeito de um filme e até escrever, podem fazer com que a pessoa desenvolva a doença", determina.
Outros fatores de risco já conhecidos são problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto e tabagismo. "Na realidade a doença começa aos 45/50 anos, mas os sintomas só se evidenciam depois dos 65/70. Portanto, procurar hábitos mais saúdaveis é uma maneira de prevenir a doença. Só fumar aumenta duas vezes o risco de ter Alzheimer", alerta Schultz.
Tratamento e cuidados
Existem dois tipos de tratamento para a doença, que ainda não tem cura, o medicamentoso e o não-medicamentoso. O primeiro trata da doenças e de outros transtornos que podem surgir como depressão, por exemplo.
Já o não-medicamentoso, segundo Schultz, consiste em um acompanhamento com uma equipe multidisplinar que não se limita apenas ao neurologista, mas também um fisioterapeuta, psicológico, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. "Com o desenvolver da doença a pessoa tem várias complicações, dificuldade de falar,o psicologico fica abalado e aumenta até o número de quedas, portanto dependendo da fase é importante esse acompanhamento", define.
Logo ao ser detectada a doença é recomendado que o paciente não saia mais sozinho de casa. "Com o passar da doença, a dependência aumenta e pode ocorrer o endividamento, dificuldades de higiene, portanto é necessário um cuidador para ajudar a pessoa nesse processo", afirma.
O mais indicado é tratar o paciente em casa, sempre com supervisão em tempo integral, mas uma instituição também pode ser o melhor local em algumas situações. "Para cuidar de uma pessoa com a doença é preciso ser treinado para isso, saber dar banho, como conversar, passear, em alguns casos é melhor estar numa institiuição, pois a pessoa é alimentada da forma adequada, convive com pessoas da mesma idade e tem assistência 24 horas por dia", opina Schultz que acha que as pessoas não devem ficar sentidas ou sentir que estão abandonando os parentes.
Fonte:Thamires Andrade
Do UOL, em São Paulo
A doença degenerativa é a mais comum entre as que atingem o sistema nervoso. Só no Brasil, segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), há mais de 1,5 milhão de pacientes com a doença. "Ocorre uma perda progressiva de neurônios, diminuição de sinapses e receptores e o processo culmina com a morte dos neurônios", explica o neurologista Rodrigo Rizek Schultz, do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Nudec-Unifesp).
A causa da doença ainda não foi identificada, mas estudos já comprovaram um acúmulo de algumas proteínas anormais no cérebro, que seriam responsáveis pela morte celular. "Esse é o foco atual dos estudos e das novas drogas que tentam atuar nesse mecanismo que leva a deficiência dos neutrotransmissores", afirma Schultz.
Segundo o neurologista da Unifesp, a doença não é considerada hereditária, visto que apenas 4% dos casos de Alzheimer foram passados de pai para filho. "O que ocorre é uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A interação dos genes somados ao sedentarismo e a falta de atividades congitivas, como ler, comentar a respeito de um filme e até escrever, podem fazer com que a pessoa desenvolva a doença", determina.
Outros fatores de risco já conhecidos são problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto e tabagismo. "Na realidade a doença começa aos 45/50 anos, mas os sintomas só se evidenciam depois dos 65/70. Portanto, procurar hábitos mais saúdaveis é uma maneira de prevenir a doença. Só fumar aumenta duas vezes o risco de ter Alzheimer", alerta Schultz.
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Existem dois tipos de tratamento para a doença, que ainda não tem cura, o medicamentoso e o não-medicamentoso. O primeiro trata da doenças e de outros transtornos que podem surgir como depressão, por exemplo.
Já o não-medicamentoso, segundo Schultz, consiste em um acompanhamento com uma equipe multidisplinar que não se limita apenas ao neurologista, mas também um fisioterapeuta, psicológico, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. "Com o desenvolver da doença a pessoa tem várias complicações, dificuldade de falar,o psicologico fica abalado e aumenta até o número de quedas, portanto dependendo da fase é importante esse acompanhamento", define.
Logo ao ser detectada a doença é recomendado que o paciente não saia mais sozinho de casa. "Com o passar da doença, a dependência aumenta e pode ocorrer o endividamento, dificuldades de higiene, portanto é necessário um cuidador para ajudar a pessoa nesse processo", afirma.
O mais indicado é tratar o paciente em casa, sempre com supervisão em tempo integral, mas uma instituição também pode ser o melhor local em algumas situações. "Para cuidar de uma pessoa com a doença é preciso ser treinado para isso, saber dar banho, como conversar, passear, em alguns casos é melhor estar numa institiuição, pois a pessoa é alimentada da forma adequada, convive com pessoas da mesma idade e tem assistência 24 horas por dia", opina Schultz que acha que as pessoas não devem ficar sentidas ou sentir que estão abandonando os parentes.
Fonte:Thamires Andrade
Do UOL, em São Paulo
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