O QUE É PEDRA NA
VESÍCULA?
Pedras na Vesícula
são formações duras dentro da vesícula ou nos canais biliares.
Sem dúvida este é
um dos principais distúrbios, responsável por boa parte dos atendimentos nos
consultórios de doenças digestivas.
COMO A PEDRA É FORMADA NA
VESÍCULA
A bile é produzida
no fígado e é eliminada no intestino. A bile ajuda na digestão de alimentos
gordurosos. Ela contém várias substâncias, entre as quais colesterol e
pigmentos. Quando algumas dessas substâncias aumentam em quantidade na bile,
elas podem se depositar na vesícula. Com o passar dos meses e anos, estes
depósitos se unem e formam pedras (cálculos).
A
bile é produzida no fígado e transportada para o intestino (duodeno) através de
canais biliares. A vesícula tem uma função simples no organismo: de armazenar a
bile; ela não produz
bile.
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Outros locais do
organismo, como o rim, a bexiga e o canal da saliva e o lacrimal também podem
formar pedras (cálculos). Mas, as pedras desses locais são diferentes das pedras
da vesícula.
Entenda:
O
fígado fabrica a bile, um líquido amarelado com 85 a 95% de água, que contém,
principalmente, colesterol (não relacionado ao do sangue), lecitina e ácidos
biliares.
A
bile flui do fígado para o duodeno (primeira porção do intestino delgado) no
qual ajuda na digestão dos alimentos. Uma parte da secreção biliar, no trajeto,
primeiramente, entra na vesícula, sofrendo um processo de concentração.
Quando algum componente da bile sofre uma modificação química ou
de quantidade, pode acontecer a formação e a precipitação de microcristais, na
grande maioria das vezes, dentro da vesícula biliar. Estes vão crescendo pelo
acúmulo de novas camadas podendo alcançar milímetros a centímetros de diâmetro.
Quando a comida sai do estômago para o intestino, a vesícula sofre
uma contração reflexa, liberando a bile lá concentrada. Essa contração e o
conseqüente fluxo biliar podem mobilizar os cálculos. Esses podem trancar no
caminho, logo na saída da vesícula ou no primeiro e fino canal de drenagem,
chamado de cístico.
Menos freqüentemente, o cálculo tem dificuldade de passar no canal
seguinte, de maior diâmetro, conhecido por colédoco. Esse traz a bile que vem do
fígado e segue até o duodeno, terminando num tipo de válvula, a Papila de Vater,
na qual também a pedra pode ficar impactada.
Cabe assinalar que em direção desta papila converge o Canal de
Wirsung, transportando o suco pancreático. Isso permite compreender uma parte do
mecanismo da inflamação pancreática reativa (Pancreatite Aguda Biliar) à
presença ou à passagem do cálculo biliar nessa região.
As
dificuldades de trânsito dos cálculos através dos canais biliares e a
conseqüente obstrução parcial ou total do fluxo de bile podem determinar a dor
da assim chamada cólica biliar.
Os
cálculos estão presentes ao redor de 10 a 20% dos adultos entre 35 e 65 anos,
predominando entre as mulheres que estiveram grávidas, as que têm excesso de
peso e as usuárias de hormônios estrógenos e de pílulas anticoncepcionais.
Pessoas com Diabete Melito e Cirrose estão mais sujeitas a ter
pedras biliares do que a população geral.
Existe também, a Colecistite Alitiásica, ou seja, inflamação
vesicular sem cálculos. Esta é infreqüente, em geral aguda, mas de apresentação
clínica muito semelhante àquela causada por cálculo. A causa do quadro tem sido
estudada, ressaltando-se a deficiência circulatória arterial da vesícula biliar.
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COMO SÃO AS PEDRAS NA VESÍCULA
(CÁLCULOS BILIARES)
O número, tamanho,
forma e cor das pedras da vesícula são bastante variáveis. Algumas pessoas só
têm uma pedra, enquanto outras têm mais de mil. Da mesma forma, as pedras podem
variar de tamanho, iniciando com 1mm (tamanho de um grão de areia), podendo
chegar até 15cm.
A
fotografia acima mostra diversos tipos de cálculos biliares (pedras na
vesícula), com vários tamanhos, formas e cores.
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SAIBA O QUE É A
COLECISTITE
A colecistite é a
inflamação da vesícula biliar e normalmente está diretamente associada a
obstrução da mesma por um cálculo biliar - pedra na vesícula. A colecistite pode
ter sua origem em uma infecção ou apenas em algum fator irritativo que possa
causar uma inflamação em uma vesícula já obstruída.
Diferente da cólica
biliar, onde a dor é limitada e desaparece após o relaxamento da vesícula fora
dos períodos de alimentação, a colecistite se caracteriza por uma dor constante
e mais forte. Essa dor, normalmente vem associada a vômitos e febre. No caso de
colecistite, a dor também piora durante a alimentação.
TRATAMENTOS PARA PEDRAS NA
VESÍCULA
O tratamento pode
ser feito com o uso de produtos naturais (tratamentos alternativos),
medicamentos (para dissolver as pedras) ou através de cirurgia para a retirada
da vesícula (colecistectomia).
Existem tratamentos
alternativos que em muitos casos resolvem o problema, e sem dúvida, o uso deles
deveria ser a primeira opção de tratamento nos casos em que não existe gravidade
ou risco de complicações. Em um segundo momento, quando estes tratamentos
alternativos não surtem o efeito resolvendo o caso, os pacientes ainda podem
recorrer a alguns medicamentos que apesar de muitas vezes causarem efeitos
colaterais, atuam dissolvendo os cálculos biliares e certamente ainda são menos
agressivos que uma cirurgia.
Infelizmente, os
ótimos resultados financeiros obtidos com as cirurgias (colecistectomia por
laparoscopia), muitas vezes fazem com que a retirada cirúrgica das pedras na vesícula sejam normalmente a primeira recomendação
adotada por muitos médicos. A remoção da vesícula biliar já é uma das cirurgias
mais praticadas no Brasil, e a maioria delas é realizada por via laparoscópica.
O termo médico para este procedimento é colecistectomia videolaparoscópica, onde
a operação é realizada através de quatro pequenos orifícios de 0,5 cm no abdomen
e geralmente o paciente fica um dia internado no hospital e retorna às
atividades normais em 10 a 15 dias.
Na maior parte dos
casos as pedras na vesícula são assintomáticas e os pacientes geralmente nem
sabem que estão com o problema. Em mais de 80% destes casos, o paciente só
descobre que está com pedra na vesícula quando sente uma cólica biliar. Estudos
mostram que fitoesteróis em cápsulas, uma colher diária de óleo de oliva,
cloreto de magnésio pa, chá de folha de abacateiro e o chá de agulhas de
pinheiro utilizados alternadamente durante alguns meses normalmente diluem e
eliminam a pedra na vesícula. O índice de sucesso varia de 40-80% e o tratamento
em geral dura de 6 a 12 meses. Importante esclarecer que após a eliminação das
pedras na vesícula é importante manter uma dieta equilibrada e sem a ingestão
exagerada de gorduras para que o organismo não volte a formar os cálculos
biliares.
Nos casos em que a
utilização dos complementos naturais citados não são suficientes para eliminar
as pedras na vesícula, pode-se recorrer a medicamentos específicos. Porém,
infelizmente, ainda é enorme o número de pessoas que são operadas indevidamente
e sem a real necessidade.
Em alguns casos,
os sintomas
invocados para justificar uma cirurgia (azia, desconforto e enfartamento do
estômago, vómito cíclico etc.), nem sempre são causadas pelas pedras e muitas
vezes reaparecem depois da operação.
O
exame de escolha para o diagnóstico normalmente é a ultra-sonografia. A partir
do diagnóstico de pedra na vesícula, deve-se avaliar a melhor opção de
tratamento.
Nos
pacientes assintomáticos que encontram uma pedra acidentalmente em exames de
rotina, em geral a conduta é sem o uso de cirurgia. Trabalhos mostram que menos
de 15% das pessoas com pedras assintomáticas desenvolvem sintomas em um prazo de
10 anos. E as que desenvolvem, o fazem como cólica biliar, e não colecistite ou
outras das complicações possíveis.
Tratamento
cirúrgico de pedra na vesícula
A
não ser que haja outros dados na história clínica, não se deve levar para
cirurgia pacientes com colelitíase assintomática (sem sintomas).
Se o paciente
apresenta sintomas da pedra na vesícula, mesmo que somente cólicas biliares, a
cirurgia pode ser indicada pelo médico. O tratamento mais comum nestes casos é a
colecistectomia, retirada cirúrgica da vesícula. A colecistectomia pode ser
feita por cirurgia tradicional ou por laparoscopia. Atualmente a cirurgia
laparoscópica é a mais usada.
Nos casos de colangite, cálculos nas vias
biliares ou pancreatite, o procedimento também é cirúrgico e visa a desobstrução
da via biliares. Após a desobstrução, retira-se também a vesícula no mesmo ato
cirúrgico para evitar recorrências.
Apesar
de totalmente contra-indicada, devido aos possíveis efeitos colaterais que pode
ocasionar, existe ainda a opção pelo tratamento com ondas de choque
(litotripsia), semelhante ao feito com o cálculo renal.
A cirurgia para
retirada de pedra na vesícula e da própria vesícula está indicada apenas nos
seguintes casos:
• Paciente com
sintomas graves o bastante para interferir com sua rotina diária. • Paciente
que apresentou alguma complicação devido à presença dos cálculos. • Paciente
que possui algum fator que aumente seu risco de desenvolvimento de
complicações.
A vesícula é um
órgão importante, mas não é considerado vital pelos médicos. A maioria dos
pacientes sem vesícula pode levar uma vida normal e sem problemas. Sabemos que é perfeitamente possível viver sem a vesícula
biliar, pois a bile, como já explicamos, é produzida no fígado. Durante os
primeiros anos após a cirurgia, há alguma intolerância a alimentos mais
gordurosos, mas com o passar do tempo os pacientes geralmente se adaptam e não
necessitam de restrição alimentar muito rigorosa. Em alguns poucos casos
(aproximadamente 5%) o paciente fica com o hábito intestinal mais rápido
(intestino solto), o que pode causar algum desconforto momentâneo, mas em geral
melhora um pouco a longo prazo.
Tratamento medicamentoso de
pedra na vesícula
Nos pacientes com pedras predominantemente de
colesterol e sem evidências de complicações, há a opção pelo tratamento com
remédios. Existe uma substância chamada ácido ursodesoxicólico, ou ursodiol, que
pode dissolver este tipo de cálculo. Através da tomografia computadorizada
muitas vezes é possível avaliar a composição das pedras e indicar o tratamento
com remédios. O tratamento com esta
droga possui algumas contra-indicações e pode ocasionar efeitos colaterais,
devendo ser utilizada apenas sob acompanhamento médico. Muitas vezes o
tratamento com este medicamento não resolve definitivamente, ocorrendo a
reincidência do problema após um longo período sem uso. É importante
lembrar que ao contrário de produtos naturais, para o uso de medicamentos
alopáticos é imprescindível a prescrição, orientação e acompanhamento de
profissionais da área de saúde. Se o paciente estiver tendo cólicas biliares,
este tipo de tratamento não está indicado, pois ninguém vai manter o paciente
com dor por tanto tempo.
O grande problema do tratamento não cirúrgico é
a alta taxa de recorrência das pedras. Mais de 50% dos pacientes voltam a
apresentar pedras em um intervalo de 5 anos.
Cálculos biliares formados
pelo uso do antibiótico ceftriaxona costumam desaparecer espontaneamente algumas
semanas após a suspensão do medicamento.
Tratamento
alternativo para pedra na vesícula
Sim, conforme
explicado inicialmente é importante esclarecer que existem tratamentos
alternativos realizados com o uso de alguns complementos nutricionais para
eliminação das pedras na vesícula. A utilização destes produtos podem ajudar em
muitos casos a evitar cirurgias para remoção da vesícula. Os complementos
recomendados são fitoesteróis em cápsulas, o óleo de oliva, o cloreto de
magnésio pa, o chá de folha de abacateiro e o chá de agulhas de pinheiro. Estes
complementos utilizados alternadamente durante alguns meses normalmente diluem e
eliminam a pedra na vesícula. O índice de sucesso varia de 40-80% e o tratamento
em geral dura de 6 a 12 meses. Importante esclarecer que após a eliminação das
pedras na vesícula é importante manter uma dieta equilibrada e sem a ingestão
exagerada de gorduras para que o organismo não volte a formar os cálculos
biliares.
AVISO:
O mais importante é que as pessoas busquem informação,
conheçam as opções de tratamento que podem ser utilizadas e juntamente com um
profissional de sua confiança iniciem o quanto antes o seu
tratamento.
O bom profissional que atende a pacientes com cálculos biliares em
sua prática clínica deve conhecer as diversas formas de tratamento e
constantemente atualizar seus conceitos a fim de oferecer o melhor para cada
caso em particular.
IMPORTANTE:
Declinamos toda e qualquer responsabilidade legal advinda
da utilização das informações aqui acessadas. O site pedranavesicula.com.br não
possui nenhum vínculo com laboratórios farmacêuticos ou com fabricantes de
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objetivo a informação, divulgação e educação acerca do tema pedra na vesícula.
Este artigo expressa tão somente o ponto de vista de profissionais da área de
saúde e de seus respectivos autores.
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