Uma equipe de médicos suíços está realizando cerca de 100 necropsias por ano sem realizar nenhum corte nos cadáveres. A técnica é possível graças a equipamentos especiais como um scanner óptico 3D que detecta até 80% das causas da morte.
Aparelho
é suspenso por um braço mecânico e detecta lesões ósseas e cerebrais
Michael Tali, responsável pelo projeto chamado "Virtopsy" e professor da
Universidade de Berna, na Suíça, afirma que o sistema tem sido usado
desde 2006 para examinar cadáveres e determinar casos de mortes súbitas
ou de causas não naturais na capital suíça. "Sem abrir o corpo, nós
conseguimos detectar entre 60% e 80% das lesões e causas da morte",
explica o médico. Segundo Thali, uma das principais vantagens das
necropsias virtuais é o fato que registros digitais permanentes são
criados e podem ser compartilhados através da internet.Durante uma
necropsia, que leva em torno de 30 minutos, o cadáver é colocado em uma
mesa examinadora e a superfície do scanner, um pouco maior que uma caixa
de sapatos e suspensa por um braço mecânico, registra os contornos do
corpo. Dois técnicos avaliam então os resultados através do computador.
"Hoje este é o único lugar do mundo que combina o scanner de superfície
com o exame de ressonância magnética, a biópsia e a angiografia
pós-morte", afirma Thali, citando também que o custo total para a
instalação do equipamento é de quase US$ 2 milhões. O scanner registra
imagens de lesões ósseas e danos no cérebro, enquanto a ressonância
magnética produz imagens mais precisas dos tecidos moles e a angiografia
visualiza o interior dos vasos sanguíneos. "Esta é a grande vantagem,
porque não precisamos destruir o corpo, podemos visualizar as imagens em
3D e fazer os exames pelo computador", disse Thali. No entanto, apesar
das vantagens do método digital, Thali afirma que é pouco provável que a
nova técnica substitua a necropsia regular em um curto período de
tempo. "Por enquanto, a necropsia regular, que é um método muito antigo,
ainda é o procedimento padrão". "Podemos usar esse nosso sistema para
uma vítima de um acidente de carro, mas não para uma vítima da gripe
suína, por exemplo", explicou. Mais informações podem ser obtidas no
site do projeto, no endereço www.virtopsy.com
FONTE: BLOG COISA DA VIDA.
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