Consórcio ou financiamento: qual a melhor forma de adquirir seu carro
Por
isso, a solução ainda é adquirir o automóvel pagando um pouco por mês,
durante algum tempo. E, neste caso, o mais difícil é decidir pelo plano
que se adapte melhor à sua realidade: financiamento ou consórcio?
O consórcio é um sistema de compra formado por grupos de pessoas e quotas, que funciona como um financiamento convencional.
Consórcio ou Financiamento?
Antes
de entrar em uma análise mais detalhada dos custos de se financiar um
carro ou de comprá-lo de forma programada por meio de um consórcio, é
preciso entender que existe uma diferença ainda mais importante entre as
duas opções: o prazo de recebimento do veículo.
Embora
exista a chance de você ser sorteado logo no início, existe o risco de
você só ser sorteado ao final do prazo de duração do consórcio.
Assumindo que os consórcios de veículos duram, em média, entre 36 e 60
meses, este pode ser o tempo que você terá que esperar para sair guiando
o carro dos seus sonhos.
Neste contexto, o
consórcio é recomendado para quem não tem pressa, ou seja, já tem um
carro e está planejando a sua troca. No consórcio o consumidor pode se
programar, começar a pagar as prestações e, quando for contemplado, trocar o veículo.
Atenção ao comparar
O grande apelo dos consórcios é de que não são cobrados juros. No entanto, atenção: é preciso considerar as taxas de administração cobradas.
Nos
financiamentos, a análise é relativamente fácil. Segundo a Anefac
(Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e
Contabilidade), a taxa média mensal cobrada nos financiamentos de
veículos está em torno de 3%. Entretanto, ela pode ser menor, já que o
levantamento da entidade leva em conta também o financiamento de usados,
cujas taxas de juros são mais elevadas.
A disparidade nas taxas em geral reflete a parcela que é dada de entrada;
quanto maior ela for, menor tende ser a taxa de juro, e vice-versa.
Assim, quem financia apenas 50% do veículo pode conseguir taxas mais
baixas, mas para quem dá uma entrada de apenas 20%, a taxa tende a ser
mais alta.
Mas, e no consórcio, como
funciona? A primeira coisa que se deve esclarecer é que, ao contrário do
que muitos imaginam, existem outros custos além da taxa de
administração (em média, de 12,37% para veículos novos nacionais). É
preciso, por exemplo, reservar uma quantia todos os meses para a compra
do bem, que é destinada ao chamado fundo comum. Além disso, algumas
administradoras exigem uma contribuição extra a um fundo de emergência,
equivalente a algo como 5-10% do valor do fundo comum.
Contudo,
não se pode esquecer que, enquanto no financiamento a prestação é
função da evolução do saldo devedor, no consórcio ela é função do valor
do bem, que tende a crescer a uma taxa bem menos acentuada.
Qual o seu objetivo?
A
escolha entre consórcio e financiamento é mais difícil do que parece em
um primeiro momento, pois envolve, além de uma análise detalhada dos
custos, o seu planejamento individual.
Para
quem não tem paciência de esperar pelo sorteio, o consórcio, mesmo
envolvendo custos menores, pode não ser interessante. Por outro lado,
quem tem quantia suficiente para arcar com metade do valor do carro,
pode encontrar opções mais interessantes no financiamento.
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Itens a analisar na hora da compra do carro
Seja para trocar de um modelo antigo por um mais atual, ou mesmo para realizar o sonho de adquirir seu primeiro veículo... Uma certeza você tem: quer comprar um carro.
No entanto, como planejar é a palavra de ordem quando o assunto é orçamento, a dica é seguir alguns passos:
1. Tenha consciência do que você procura
Mais importante do que procurar o que você quer, é entender do que realmente precisa.
Que tal um exemplo? Você idealiza a compra de um carro esportivo, luxuoso mas pequeno, e nem se dá conta de que sua mulher está grávida e que, daqui a um tempo, seu porta-malas terá que acomodar carrinho de passeio, bebê conforto, sacola de roupa, pacotes de fraldas e muitos brinquedos.
Por isso, na hora da compra, questione quais são suas necessidades neste momento e tenha isso em mente antes de adquirir o tão sonhado carro.
2. Respeite o seu bolso
Nada de assumir compromissos muito maiores do que seu bolso lhe permite. Dê um passo de cada vez. O sonhado carro está fora do seu orçamento? Você tem dois caminhos: adiar seus planos para acumular o suficiente ou então dar um passo intermediário, comprando um veículo de menor valor hoje, para futuramente atingir uma meta mais ousada.
Evite ser tomado pela emoção. Não se esqueça de que esta é uma transação financeira e que, como tal, deve ser conduzida de forma profissional. Afinal, estamos falando do seu bolso.
3. Não dê vez à ansiedade
A ansiedade nos leva a cometer erros dos quais nos arrependemos depois, e que, para nosso maior desespero, custam caro!
A compra de um carro deve ser uma decisão planejada, pois não só envolve muito dinheiro, como boa parte do seu dia. Afinal, nos grandes centros, não são raros os casos de pessoas que passam mais tempo no carro do que em suas próprias casas.
Portanto, nada de pressa! Você não precisa tomar a sua decisão com a mesma velocidade que o carro dos seus sonhos consegue acelerar de zero a 100 km/hora!
4. Pesquise sempre
Antes de ir à concessionária, pesquise muito sobre o carro que pretende adquirir. Com a internet, esta tarefa ficou bem mais fácil e rápida.
Existem vários sites especializados, isso sem falar nos portais das próprias montadoras, que oferecem muita informação sobre o preço de carros, tanto os novos quanto usados. Isso sem falar, é claro, nas revistas e classificados, uma análise da tabela de preços de carros usados pode lhe dar uma boa idéia do quanto seu carro irá perder de valor com o tempo.
Este tipo de informação é extremamente importante, pois daqui a alguns anos você estará novamente trocando de carro, e daí não quer saber que o modelo dos seus sonhos saiu de linha, ou tem a pior revenda do mercado.
Comparar preços e condições de pagamento é fundamental. Antes de visitar as concessionárias, ligue e tente se informar sobre os valores e condições que estão sendo oferecidos no modelo de seu interesse. Pré-selecione as que estão oferecendo as melhores condições e use esta informação a seu favor.
5. Veja quanto você vai pagar
Não concentre sua negociação na forma de pagamento ou no valor da prestação, mas sim no preço do carro. Depois de decidir qual concessionária oferece o melhor valor, pesquisando muito bem as opções, é que você deve comparar condições de pagamento.
Quem não se deixaria seduzir pela possibilidade de comprar um carro mais novo, por uma prestação que fosse apenas um pouco mais cara? Infelizmente o que poucas pessoas entendem é que isso só foi possível devido ao alongamento do prazo de financiamento, o que não só pode aumentar os juros cobrados, como certamente irá aumentar o custo total de compra do carro.
Basta ver que financiar um carro de R$ 20 mil a uma taxa de 2% ao mês por um prazo de 24 meses e outro de R$ 30 mil à mesma taxa de juro, mas prazo de 48 meses, irá lhe custar 84% a mais, apesar da prestação ser quase 8% menor. Isso porque, no primeiro caso, terá que arcar com 24 prestações de R$ 1.057. Já no segundo, o valor da prestação cai para R$ 978, mas o número de prestações é duas vezes maior. Fique de olho!
FONTE: O TEXTO (FINAMLAS PRÁTICAS)
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