11 de maio de 2012

Aprenda 20 estratégias para superar uma traição e manter o relacionamento



Bisbilhotar redes sociais e pertences do parceiro afundam o relacionamento. 
Saiba como driblar a traição

FONTE: Do UOL, em São Paulo /POR:
Heloísa Noronha 

Ninguém está imune aos efeitos nocivos da traição. Mas nenhuma pessoa é obrigada a transformá-la em um trauma afetivo. Muitos casais conseguem, talvez não esquecê-la, mas superá-la e elevar o relacionamento a outro patamar, com maiores chances de felicidade.
Para que uma escapada não detone a sua vida amorosa, siga as dicas a seguir:

1. Não jogue a culpa no outro2. Questione a responsabilidade
Perdoou a traição? Ótimo, agora siga em frente e, caso outros problemas surjam no relacionamento, evite misturar as estações e ficar jogando na cara do outro o que aconteceu em qualquer oportunidade. Punir verbalmente não faz o tempo voltar atrás nem exime a relação de sofrer um novo abalo -e não ajuda em nada.
Há casos em que a responsabilidade pelo que aconteceu é do casal, que não percebia até então o quanto estava distante, embora somente um dos dois traia. Se esse for seu caso, faça uma avaliação sincera sobre a maneira como vinha agindo e procure melhorar nos pontos que julgar deficientes.
3. Descarte a amnésia4. Não se vitimize
Para a psicóloga Maria Claudia Lordello, não há nada mais prejudicial ao futuro de um casal que decide continuar o relacionamento após a traição do que fazer de conta que nada aconteceu. “Um episódio de traição causa uma crise, que oferece a possibilidade de repensar os erros e conversar sobre questões mal resolvidas”, diz. Ignorar o fato transforma a infidelidade em um fantasma que pode ressurgir a qualquer momento.


De acordo com a psicóloga Angélica Amigo, é comum perdoarmos uma traição, mas isso nem sempre significa que conseguiremos lidar com a frustração. “O rancor vira um processo de vitimização em que o papel de sofredor, incompreendido e infeliz se torna cômodo, impedindo qualquer um de seguir em frente”, explica. Para saber se você tem tendência a se vitimizar, faça o teste.
5. Filtre as opiniões dos amigos

6. Fuja do efeito chiclete
Desabafar as dores faz bem, é claro. Porém, tudo aquilo que foi dito assim que a infidelidade foi descoberta pode ser usada contra você agora. Alguns amigos sentem as mágoas das pessoas queridas como se fossem delas. Para a psicóloga Eliete Matielo, diretora da agência de relacionamentos Eclipse Love, depois que o pior já passou e o relacionamento voltou a caminhar às mil maravilhas, é importante não dar ouvidos às opiniões negativas sobre o que houve. “Lembre-se de que os amigos, além de não terem uma visão isenta sobre o assunto, não sabem o que se passa entre o casal”.


Na tentativa de prevenir um novo “acidente”, homens e mulheres passam a vigiar o outro com extrema desconfiança, tomando atitudes que vão desde xeretar redes sociais e emails até bisbilhotar pertences pessoais e seguir o parceiro. Nenhuma dessas medidas, porém, é capaz de impedir uma reincidência. “Quem quer trair arruma tempo, lugar, oportunidade”, diz a psicóloga Maria Claudia Lordello. Ela recomenda que o casal transforme qualquer indício de insegurança em algo positivo, procurando ideias para manter o relacionamento sempre empolgante.
7. Fuja de filmes românticos8. Preserve-se
Para a psicóloga Eliete Matielo, buscar respostas na ficção para questões da própria vida não é uma boa ideia, principalmente porque algumas produções vendem uma visão totalmente equivocada e pouco prática do que é o amor. “Trata-se de uma fuga”, diz. Fuja de dramas e romances por um bom tempo. Vocês superaram a crise e agora estão vivendo um verdadeiro conto de fadas? Parabéns, mas não precisam compartilhar alegrias e intimidades com o mundo todo para que isso fique bem claro. Guardem as expectativas somente para vocês, isso irá evitar que os conhecidos façam comentários desnecessários.
9. Evite a paranoia10. Não se baseie em experiências alheias
Segundo a psicóloga Angélica Amigo, o grande problema na vida de um casal não é o acontecimento de um episódio isolado de traição, mas a repetição constante de parceiros que agem assim. Ficar o tempo todo preocupado com uma provável nova pisada na bola só vai desviar a atenção das coisas boas do relacionamento.
Muita gente adora despejar suas frustrações em cima dos outros. Para o bem do seu romance, é bom não levar em consideração histórias alheias –principalmente as que envolvem puladas de cerca reincidentes. Tome decisões com base em seus sentimentos, e não na trajetória de terceiros.
11. Cuide da própria vida12. Dê um troco light
Em vez de se preocupar em demarcar território a fim de impedir outra pulada de cerca –colocando foto ao lado do amor no perfil do Facebook, por exemplo–, os especialistas em comportamento recomendam investir no trabalho, nos estudos, no círculo de amigos, nos hobbies, na cultura. “Quem tem uma vida própria e cuida bem dela acaba se tornando mais interessante aos olhos do parceiro, pois traz novas experiências à relação”, diz a psicóloga Eliete Matilelo.
Em “Avenida Brasil”, quando Noêmia (Camila Morgado) descobriu que seu marido Cadinho (Alexandre Borges) tinha uma amante, foi poderosa para a balada e dançou de forma insinuante para um garotão -e disse ainda que, a partir daí, se sentiria livre para extravasar seus desejos. “Querer se vingar não adianta. O que funciona é se reconhecer como objeto de desejo e fazer o outro perceber isso”, afirma a psicóloga Maria Claudia Lordello.
13. Aposte em mudanças14. Transforme a novidade em “rotina
Investir nas mudanças no período pós-traição é mais do que certeiro. Vale desde trocar os móveis de lugar na casa até renovar o visual e fazer uma viagem romântica para um destino paradisíaco. “Essas novidades permitem que o casal se redescubra”, diz a psicóloga Maria Claudia Lordello, mas ela alerta, "um passeio diferente não é capaz de operar milagres, são as atitudes que precisam mudar, senão fica difícil resgatar as coisas bacanas do início do relacionamento.”
Para a psicóloga Maria Claudia Lordello, as mudanças de comportamento do casal não devem se restringir somente às tentativas de colocar a relação em ordem, mas devem se tornar constantes. É claro que nem todo mundo tem condições de bancar um jantar cinco estrelas por fim de semana e fazer viagens todo mês, mas é possível investir em gestos de carinho e pequenas surpresas, porém significativas.
15. Não use o sexo como arma16. Tenha autenticidade
É importante não transformar a sexualidade em moeda de troca. É óbvio que uma traição envolve sexo, mas nem sempre esse é o motivo principal. Questões como falta de atenção e diálogo ou a rotina, por exemplo, levam homens e mulheres a tentar, equivocadamente, resolver os problemas nos braços de outras pessoas. Por isso, se um casal resolveu continuar mesmo depois da infidelidade, investir todas as fichas na cama –usando acessórios eróticos ou rompendo tabus, por exemplo– pode ser uma experiência frustrada se os problemas forem outros.
A dica vale para os dois: quem traiu e quem foi traído. Na ânsia de fazer a relação dar certo, muitas pessoas mudam de comportamento de forma drástica a fim de mostrar que agora estão de fato comprometidas com o romance ou que a crise as transformou. Assim, quem é extrovertido se fecha, quem curte roupas sexy passa a se vestir de modo recatado, quem adora balada se tranca em casa. Tais atitudes não garantem a felicidade e ainda podem provocar o efeito contrário, causando insegurança e desconfiança.
17. Diga adeus ao excesso de fofura18. Dispense os joguinhos
Adotar uma postura permissiva demais com medo de parecer castrador (no caso de quem foi traído) pode funcionar, mas por pouquíssimo tempo. Em vez de apostar na condescendência, mais vale conversar sobre o que querem e o que de fato esperam da relação.
Insinuações, frases de duplo sentido, ironias, ciúmes... Uma relação, para dar certo, precisa ser sustentada por maturidade e confiança, e não por joguinhos inúteis que só geram mais dor e sofrimento. E ainda há o risco de virar um relacionamento do tipo ioiô.
19. Invista na autoestima20. Acredite no amor
Para que a traição não destrua uma relação, é preciso que a pessoa que sofreu o golpe seja capaz de reestruturar sua autoconfiança, além de confiar em si mesma e em seus valores. “Sem conseguir gostar de si e se perdoar, será impossível viver um romance feliz”, diz a psicóloga Angélica Amigo. Uma experiência ruim, ainda que superada, não deve servir de parâmetro para decisões. O sofrimento pode ser inevitável, mas não permanente. Quem mantém um relacionamento calcado em desconfiança, sem esperanças de que ele dê certo, só pode mesmo condená-lo ao fracasso.

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