Paulo conseguiu adotar novos hábitos com apoio da esposa e enteados.
Juntos, eles mudaram a alimentação e começaram a praticar atividade física.
Paulo com a esposa e seus enteados; família se
uniu para mudar os hábitos (Foto: Arquivo pessoal)
uniu para mudar os hábitos (Foto: Arquivo pessoal)
Em novembro de 2011, em uma consulta com o endocrinologista, Paulo teve um diagnóstico assustador que o fez abrir os olhos para a vida que vinha levando. “O médico disse que, se eu continuasse com aquela vida por mais 5 anos, eu poderia ter um infarto, um AVC ou até morrer”, lembra. Os resultados dos exames saíram todos alterados e o professor logo percebeu que precisava mudar. “O médico acabou comigo. Eu não gostei na época, mas aceitei”, conta.
Casado há 6 anos com a também professora Patrícia Belotti, Paulo diz que ganhou peso por causa da vida desregrada, sem horário e sempre na correria. “Tomava muito café, comia muito lanche e, quando percebi, já estava com 130 kg”, lembra. A esposa lembra que, quando conheceu o marido, ele pesava 98 kg. “Nossa família comia muito errado e não fazia exercício e o Paulo foi a maior vítima disso tudo. Nós não tínhamos compromisso com a saúde, só com o trabalho”, lembra.
Paulo entrou na academia, começou a comer em intervalos de 3 horas e perdeu 31 kg em um ano.
“Eu, o Paulo e meus dois filhos começamos a nos exercitar em janeiro, todos juntos”, lembra Patrícia. Quatro meses depois, ela e o filho mais velho tiveram que parar a academia, mas Paulo continuou. “Vejo o exercício como obrigação, como ir trabalhar, por exemplo. Não vou dizer que gosto do ambiente da academia porque seria mentira, mas vou porque preciso ir”, afirma.
A mudança na alimentação também foi radical e envolveu toda a família. O casal e os dois filhos de Patrícia só se encontravam em casa para jantar e sempre comiam em excesso – depois, todos aprenderam a comer nos horários certos em pequenas quantidades. “Paramos de comprar bolacha recheada, de pedir pizza na sexta-feira à noite e lanches no sábado. Trocamos fritos por assados e começamos a comer alimentos mais saudáveis, como frutas e saladas”, conta a professora.
Para ajudar o marido na dieta, ela começou a deixar pratos prontos na hora do almoço. “Por causa da correria na escola, o Paulo não tinha o costume de almoçar e só tomava café. Então, passei a deixar o almoço pronto, na quantidade certa, e ele foi se acostumando”, diz. Toda a família se organizava também para comer em casa e não na rua, mas em situações especiais, como em festas, a dificuldade era ainda maior. “Nós nos ajudávamos para resistir aos salgadinhos e o Paulo ia sempre embora antes para evitar comer mais”, lembra Patrícia.
Um ano depois e 31 kg a menos na balança, os exames do professor que antes estavam alterados foram todos normalizados. “Hoje me sinto bem e estou satisfeito. O endocrinologista quer que eu chegue aos 85 kg e pretendo atingir essa meta”, avalia.
Com o novo estilo de vida já estabelecido, Patrícia diz que ganhou um novo marido. “É outra pessoa. Ele dorme melhor, é mais feliz e tem mais disposição para ele mesmo e para as pessoas”, conclui. Para ela, a família buscava por saúde e não por estética. “Com certeza, foi muito mais fácil porque fizemos tudo juntos”, finaliza.
Um ano depois, todos os exames de Paulo estão normais e ele diz que se sente melhor e satisfeito com o resultado (Foto: Arquivo pessoal).
FONTE: Do G1, em São Paulo/Mariana Palma
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