13 de agosto de 2013

Paciente com depressão tem risco maior de sofrer um infarto ou AVC

Transtorno é mais comum em mulheres e pode oferecer riscos ao coração

Saiba como acontece um AVC, ou derrame (Arte/G1)A depressão é um problema mais comum em mulheres e, se não tratada, pode aumentar o risco de complicações para o coração, como infarto ou AVC, como explicaram o psiquiatra Daniel Barros e o cardiologista Roberto Kalil.
Isso acontece porque o paciente com depressão tem um desgaste de todo o organismo e tem reações inflamatórias por causa do aumento dos níveis de cortisol, hormônio do estresse.
Por causa dessa inflamação, os vasos sanguíneos sofrem uma lesão e há uma formação de placa, o que pode contribuir para o infarto ou AVC - por isso, a depressão deve ser tratada como um fator de risco para doenças coronárias. Estudos mostram ainda que o transtorno pode reduzir também o calibre dos vasos sanguíneos e causar hipertensão e, em alguns casos, trombose.

Fora isso, outros fatores associados, como ansiedade e estresse, aumentam a produção de substâncias inflamatórias relacionadas a aterosclerose. De acordo com os médicos, vale ressaltar que as pessoas com depressão costumam beber mais, fumar, usar drogas, além de serem sedentárias, hábitos que também contribuem para os males do coração.
Para diagnosticar a depressão, é importante saber os sintomas. De acordo com o psiquiatra Daniel Barros, uma tristeza que não passa, insônia e falta de apetite são os sinais de alerta mais comuns e, ao primeiro indício de um deles, é importante procurar um médico. No caso da engenheira Bernadete de Araújo, a depressão começou com uma tristeza tão profunda que chegava a doer. Por causa disso, ela evitava socializar e até largou o emprego.
Arte Bem Estar AVC (Foto: Arte/G1)
Se o transtorno não for tratado e evoluir para um AVC, por exemplo, a identificação dos sintomas também é importante.
Nas mulheres, pode ocorrer enxaqueca, dor no pescoço, tontura e formigamento de um dos lados do corpo – o risco é maior em quem usa anticoncepcional, tem excesso de peso, tem hipertensão arterial, fuma ou teve gravidez de parto normal, como alertou o cardiologista Roberto Kalil.
Outro teste fácil para reconhecer a pessoa está sofrendo um AVC é pedir para ela sorrir – se um lado ficar um pouco torto, é sinal de problema como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Depois, é só pedir para ela levantar os braços por 10 segundos – se um começar a cair, significa que um dos lados está mais fraco e isso também é um sinal de alerta.
Por último, a dica é pedir para a pessoa repetir uma frase simples, como “o dia está lindo lá fora” – se ela não conseguir, leve-a imediatamente ao hospital.
 Arte Infarto Bem Estar (Foto: Arte/G1)
FONTE: g1.globo.com/Saiba como acontece um AVC, ou derrame

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