30 de agosto de 2013

Economia brasileira cresce 1,5% no 2º trimestre, diz IBGE

É o melhor resultado desde o 1º trimestre de 2010, quando foi de 2%.
Agropecuária, contrução civil e investimentos foram destaques de alta.

Do G1, em São Paulo e no Rio
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Gráfico PIB setores (Foto: Editoria de Arte/G1)
A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o PIB em valores correntes alcançou R$ 1,2 trilhão no segundo trimestre.  É o melhor resultado neste tipo de comparação desde primeiro trimestre de 2010, quando a alta foi 2%. No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de0,6% sobre o anterior.
O destaque neste segundo trimestre foi para agropecuária, com crescimento de 3,9% ante o primeiro, seguida por indústria, com alta de 2%, e serviços, com alta 0,8%.
IBGE revisou resultados de trimestres de 2012. A alta do segundo trimestre foi reduzida de 0,3% para 0,1% e a do quarto, elevada de 0,6% para 0,8%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2012, o PIB cresceu 3,3%. Nesse caso, a alta na agropecuária foi de 13%, seguida por indústria, com aumento de 2,8%, e serviços, com alta de 2,4%, diz o IBGE.
No primeiro semestre do ano, a expansão foi de 2,6% em relação a igual período de 2012. No acumulado em 12 meses, o crescimento foi de 1,9% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
Construção e investimentos em alta
No segundo trimestre na comparação com o primeiro, todos os subsetores que formam a indústria apresentaram resultados positivos, com destaque para o desempenho da construção civil, que cresceu 3,8% - a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando foi de 4%.

A indústria de transformação apresentou crescimento de 1,7%, seguida pela extrativa mineral (1%) e por eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,8%).
O investimento teve alta de 3,6%. Apesar da expansão, houve desaceleração sobre o crescimento de 4,7% do trimestre anterior
O investimento, denominado no PIB como formação bruta de capital fixo, teve alta de 3,6%. Apesar da expansão, houve desaceleração sobre o crescimento de 4,7% do trimestre anterior.

Dentro de serviços, o subsetor comércio é destaque, com alta de 1,7%. Demais atividades também cresceram no péríodo: intermediação financeira e seguros (1,1%), transporte, armazenagem e correio (1,0%), serviços de informação (0,9%), outros serviços (0,7%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,7%). O subsetor de administração, saúde e educação pública manteve-se praticamente estável, com variação positiva de 0,1%.
Gráfico PIB demanda (Foto: Editoria de Arte/G1)
A despesa de consumo das famílias e a despesa de consumo da administração pública apresentaram crescimento de 0,3% e 0,5%, respectivamente, no período.

Com relação ao setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,9% e as importações aumentaram em menor ritmo: 0,6%.
Resultado supera 'prévia'
O resultado do PIB veio bastante acima do previsto por meio do indicador conhecido como "prévia do PIB", do Banco Central. A instituição havia divulgado, no último dia 15, que a atividade econômica do país tinha subido 0,89% na comparação com os três meses anteriores. O resultado, porém, é do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que não é o oficial do PIB e foi criado para tentar ser um "antecedente" do resultado.
'Nuvem cinza se dissipa'
Na noite de quinta-feira (29), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a nuvem cinza colocada sobre o país começa a se dissipar por conta da retomada do crescimento e da redução da inflação.
“A redução da inflação, a retomada do crescimento, tudo isso começa a dissipar essa nuvem cinza que foi colocada sobre o nosso país. Temos de trabalhar para que a confiança aumente cada vez mais e seguir nessa trajetória rumo ao crescimento sustentável”, disse, durante participação de evento da revista "IstoÉ Dinheiro", em São Paulo.
Em entrevista ao G1 na semana passada, Mantega disse que a expectativa de crescimento para este ano foi reduzida de 3% para 2,5%. Já a previsão de PIB para 2014 foi revisada de 4,5% para 4%.

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