Capitão da PM de SP dá dicas de como evitar ser abordado por criminosos após ir às agências
O capitão Éder Araújo, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, falou ao R7 sobre como funciona esse tipo de crime e quais cuidados as pessoas devem tomar para evitar a abordagem dos ladrões. Segundo ele, não existe alvo específico para os bandidos.
— Eu já soube de pessoas que sacaram R$ 50 no caixa eletrônico e foram roubadas. A gente não pode falar que até aqui é seguro e daqui para frente não é.
Araújo ainda esclarece caixas eletrônicos em empresas, supermercados ou lojas de conveniências são menos visados do que os bancos.
— As agências bancárias são o [local] que mais atrai ladrões, pela quantidade de pessoas. Então, a possibilidade de você ver um indivíduo mal-intencionado lá dentro da agência é muito maior do que, por exemplo, em uma loja de conveniência.
A recomendação do capitão para quem necessitar, realmente, pegar mais dinheiro do que o habitual é de que vá acompanhado.
— Caso você precise ir ao banco sacar, vá com mais alguém, vá com duas pessoas, com alguém de confiança.
Se houver uma abordagem de um criminoso, o policial alerta para a principal dica da PM: jamais reagir. No entanto, algumas pessoas, mesmo não reagindo, podem assustar o ladrão, com algum movimento, por exemplo, e serem baleadas.
— Evite gestos bruscos, que possam dar uma ideia de reação. Fale o mínimo possível. Sempre explicando e perguntando se pode fazer. Se o dinheiro estiver na carteira, avise que vai pegá-lo.
Como os assaltantes se organizam
Segundo a PM, normalmente, os bandidos que praticam os roubos a clientes que saem de bancos se organizam em trios. Os trabalhos vão desde a identificação da vítima até a facilitação da fuga.
Uma pessoa, dentro da agência, observa quem está na boca do caixa. Ao perceber que o possível alvo fez um saque grande, esse criminoso, pelo celular, descreve a vítima e o destino dela após sair do banco.
Do lado de fora, um assaltante, armado, está a pé e um comparsa dele, geralmente, de moto ou carro. Eles acompanham a pessoa até o momento em que não veem grande risco, seja por movimento de pessoas ou até pela presença da polícia. Após anunciar o roubo e levar o dinheiro, o bandido armado sobe na moto e os dois fogem.
Alternativas
Atualmente, os bancos oferecem diversas possibilidades de transações financeiras que não utilizam o dinheiro em espécie. Um dos meios eletrônicos de pagamento mais usado hoje é o cartão, seja de crédito ou débito. Mas também existem a transferência bancária e os boletos que podem ser pagos com débito em conta corrente.
Outra forma de realizar pagamentos e transferências facilmente é pela internet. Atualmente, os bancos têm aplicativos para celular, tablets e computadores que permitem ao correntista movimentar dinheiro, sem precisar sair de casa.
Muita gente retira grandes quantias para pagar funcionários. Como alternativa, pode-se tentar transferir o dinheiro para a conta de um parente do empregado, por exemplo.
Para Araújo, a quanto menos risco a pessoa estiver exposta, menor a chance de algo acontecer com ela.
— A PM sempre orienta para que nós procuremos não proporcionar oportunidades de nos tornarmos vítimas.
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