Os repórteres da Folha Giuliana Vallone e
Fábio Braga foram atingidos no rosto por disparos de bala de borracha da Tropa
de Choque da Polícia Militar enquanto cobriam o protesto contra o aumento das
passagens no centro de São Paulo. Por volta das 20h, Giuliana subia a rua
Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
A cabeleireira Valdenice de Brito, 40, testemunhou o momento do
disparo. "Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial
mirou e atirou covardemente nela."
Giuliana foi socorrida por funcionários de um estacionamento.
Outros cinco jornalistas da Folha também foram atingidos.
Um deles, o repórter-fotográfico Fábio Braga foi atingido por dois disparos. Um
atingiu o rosto e o outro a virilha.
uma das mais importantes da cidade durante a noite. A Tropa de Choque da Polícia
Militar fecha os dois lados da via para evitar a passagem da passeata.
A badalada rua Augusta virou um campo
de guerra, com forte repressão policial. A PM trabalha com o intuito de impedir aglomerações. Quando um grupo de
cerca de 15 a 20 pessoas se forma, a tropa atira bombas para que sejam
dispersados.
Em nota, o secretário da Segurança Pública de São Paulo,
Fernando Grella Vieira, disse que lamenta os episódios e determinou a "abertura
imediata de investigações, pela Corregedoria da PM, para apurar rigorosamente os
fatos".
NEGOCIAÇÕES
Na quarta-feira (12), o Ministério Público de São Paulo
reuniu-se com manifestantes do MPL (Movimento Passe Livre) --organizador dos
protestos contra o aumento da tarifa do transporte público-- e se comprometeu a
marcar uma reunião com Alckmin e com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad
(PT), para negociar uma suspensão, por 45 dias, do valor da nova tarifa de R$
3,20. Antes do aumento, a tarifa de ônibus, metrô e trens custava R$ 3.
Hoje, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), porém, descartou
a possibilidade de suspender o aumento das tarifas pelo período. Procurada, a
gestão Fernando Haddad (PT) ainda não se manifestou se aceitaria a proposta do
Ministério Público.
"Quanto a reduzir o valor da passagem, não há possibilidade",
afirmou o governador, que foi a Santos com o secretário de Segurança Pública,
Fernando Grella, inaugurar uma delegacia e anunciar investimentos em segurança
na região. "O reajuste foi menor que a inflação, tanto nos trens e metrô quanto
nos ônibus", disse Alckmin.
O prefeito Fernando Haddad (PT) também disse que não reduzirá a
tarifa de ônibus. Ele reafirmou que o aumento de R$ 3 para R$ 3,20 ficou abaixo
da inflação e que cumpriu compromisso de sua campanha.
FONTE: www1.folha.uol.com.br/Sete
repórteres da Folha ficam feridos
OP: A GUERRA DE SÃO PAULO ESTÁ A TODO VAPOR...
Nenhum comentário:
Postar um comentário