7 de fevereiro de 2013

Veja dicas para o seu carro não dançar no Carnaval

Ilustração: Afonso Carlos/Carta Z NotíciasVeja dicas para o seu carro não dançar no Carnaval
Especialistas apontam medidas importantes para uma viagem de automóvel no Carnaval com segurança

por Michael Figueredo
Auto Press

O período do Carnaval é, sem dúvidas, um dos mais esperados do ano por boa parte dos brasileiros. Seja para cair na folia, seja para se refugiar e descansar, é uma época em que quem pode sai de casa. Consequentemente, as estradas ficam mais movimentadas. Este grande fluxo de veículos geralmente se converte no aumento do número de acidentes nas estradas e rodovias de todo o país. Outra cena tristemente comum são os veículos parados por problemas mecânicos. Entretanto, algumas medidas simples podem evitar que o momento de diversão se transforme em aborrecimentos e despesas inesperadas. E, principalmente, impedir que tragédias aconteçam.

De acordo com o Detran, os acidentes normalmente estão relacionados à tríade negligência, imprudência e imperícia. Falhas no veículo também costumam entrar na lista das principais causas. No entanto, para o analista técnico do Cesvi – Centro de Experimentação e Segurança Viária –, Gerson Burin, é difícil separar as razões. “Boa parte dos problemas mecânicos vem da falta de manutenção, o que, de certa forma, caracteriza conduta negligente do motorista”, diz Gerson. O especialista enumera alguns pontos que devem ser observados antes de pegar a estrada. “Além de uma periódica manutenção preventiva, antes de sair é preciso checar os estados gerais, como a água de refrigeração do motor, dos limpadores de para-brisa, pneus, estepe, freios, toda a iluminação, sinalização e equipamentos como macaco, triângulo e extintores”, lista o analista do Cesvi.

O carro, no entanto, é apenas uma das peças da “engrenagem” do tráfego. Além dos cuidados com o veículo, o próprio motorista deve estar em condições de encarar a viagem. Para isso, um bom planejamento é tão importante quanto a preparação do automóvel. E não demanda muito tempo para coordenar bem as etapas da viagem. A primeira é definir a rota e entender o caminho. Ter previamente definida a quilometragem a ser percorrida ajuda a decidir o número de paradas que serão executadas para necessidades fisiológicas e alimentação. Para evitar uma “pane seca” – paralização do motor por falta de combustível –, é aconselhável que se conheça a localização de postos de abastecimento. O descanso prévio também precisa ser uma precaução observada por quem vai dirigir. Segundo o membro da Abramet – Associação Brasileira de Medicina de Tráfego –, Roberto Manzini, quem dirige deve respeitar seus limites físicos. “Para quem trabalha de oito a dez horas por dia, por exemplo, puxar mais cinco, seis de viagem é extremamente perigoso. Nem sempre sentimos os sinais do cansaço e o primeiro cochilo ao volante pode ser fatal”, alerta Manzini.

A imprudência do motorista também costuma matar muita gente nas estradas. O excesso de confiança, tanto em si quanto no veículo, na maioria das vezes transforma-se em vilão. “O motorista acha que conhece o carro, mas às vezes não lembra que ele está com uma carga maior que no dia a dia. O tempo de reação numa ultrapassagem e a distância de frenagem não são os mesmos de quando o veículo está vazio”, lembra Roberto Manzini. Para o diretor de segurança veicular da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva –, Marcus Vinícius Aguiar, o excesso de autoconfiança resulta em outra conduta ainda mais perigosa: o descumprimento da sinalização das vias. Segundo Marcus Vinícius, quando os condutores discordam da indicação de alguma placa, simplesmente ignoram e imprimem a velocidade que querem. “Se a sinalização está presente no local, é porque houve todo um processo de engenharia, com testes-padrão e simulações de acidentes, para definir que o tráfego daquele trecho deve seguir a condição indicada pelas placas”, explica o diretor da AEA.

No ano passado, as estatísticas de acidentes de trânsito durante o feriado de Carnaval apresentaram redução. Os números, logicamente, ainda estão distantes de um patamar animador. Mas em 2012, a “Operação Carnaval”, realizada pela Polícia Rodoviária Federal da zero hora de sexta-feira até a meia-noite da quarta-feira de cinzas nos 67 mil quilômetros de rodovias federais, ajudou a registrar 22% acidentes a menos em relação ao ano anterior – uma evolução, já que 2011 teve 27,4% a mais que em 2010. O número de feridos no último Carnaval também foi 25% menor e as mortes caíram 18%.

O período carnavalesco tradicionalmente é dos mais convidativos aos que gostam de bebidas alcoólicas. E parte da redução dos números de acidentes e vítimas é creditada à Lei Seca. Com o aumento do rigor da legislação sobre o consumo de bebida alcoólica pelos motoristas, a estimativa é que as ocorrências apresentem nova queda em 2013. De acordo com a nova determinação, em vigor desde 21 de dezembro do ano passado, a presença de 0,05 miligramas de álcool no ar expelido pelo motorista no bafômetro já caracteriza infração. Antes, o condutor com até 0,13 mg de álcool por litro de ar era liberado. A multa também ficou mais pesada. Qualquer quantidade acima do limite custará R$ 1.915,40 ao autuado, além da perda do direito de dirigir por um ano. E se o índice de álcool registrado for a partir de 0,34 miligramas, o motorista ainda responde a processo por crime de trânsito, com pena de seis meses a três anos de detenção. A quantidade permitida pela lei corresponde a menos de um copo de cerveja. No entanto, Gerson Burin lembra que não há uma quantidade de ingestão segura para quem vai dirigir. “A partir do momento que o motorista entende isso, certamente os acidentes serão reduzidos”, afirma o analista.

Bloco dos gatunos

Além de todos os cuidados que devem ser tomados durante o trajeto até o destino escolhido para o Carnaval, é importante dar atenção também a algumas situações cotidianas, que acabam se tornando ainda mais comuns durante os dias de festa. Enquanto os foliões se preocupam apenas em aproveitar a estada em outra cidade, as estatísticas de roubos e furtos costumam aumentar. Para piorar, o uso de máscaras e fantasias dificulta a identificação de quem comete tais delitos. Porém, com algumas precauções, não é difícil evitar esses inconvenientes.

Após chegar ao destino, além de conhecer os pontos turísticos, conversar com moradores locais é uma boa maneira de descobrir os lugares seguros para estacionar o carro. E, também, as áreas que devem ser evitadas. A tranquilidade inspirada pelas cidades distantes das metrópoles provoca certo relaxamento nos turistas. É comum ver carros com os vidros abertos, o que facilita a ação de ladrões. Deixar objetos no interior dos veículos deve ser evitado. E depois da folia, o ideal é não perder tempo próximo ao automóvel. Procurar a chave antes sempre ajuda a entrar no carro e dar a partida mais rapidamente.

FONTE: motordream.bol.uol.com.br/viage com segurança no Carnaval

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