2 de fevereiro de 2013

Casamento diminui chance de sofrer ataque cardíaco, afirma estudo

  • Pessoas casadas são menos propensas do que as solteiras a sofrer ataques cardíacos e têm mais probabilidade de se recuperar caso sofram algum, revelou um estudo finlandês publicado na última quinta-feira (31).

Pessoas casadas são menos propensas do que as solteiras a sofrer ataques cardíacos e têm mais probabilidade de se recuperar caso sofram algumCientistas coletaram dados de 15.330 pessoas na Finlândia com idades entre 35 e 99 anos que sofreram de "eventos coronarianos agudos" entre 1993 e 2002.
Pouco mais da metade dos pacientes morreram no período de 28 dias após o ataque.
A equipe de pesquisadores descobriu que homens solteiros de todos os grupos etários eram de 58% a 66% mais propensos a sofrer um ataque cardíaco do que os casados.
Para as mulheres, os benefícios matrimoniais foram até maiores: as solteiras demonstraram ser de 60% a 65% mais propensas a sofrer eventos coronarianos, escreveram os cientistas finlandeses no periódico European Journal of Preventive Cardiology.
Para os dois gêneros, a vida conjugal também reduziu consideravelmente a mortalidade por ataque cardíaco.
Homens solteiros foram de 60% a 168% mais propensos a morrer de um ataque cardíaco em 28 dias e as mulheres solteiras, de 71% e 175%, em comparação com os homens e mulheres casados.
"Viver sozinho e não ser casado aumenta o risco de sofrer um ataque cardíaco e piora seus prognósticos, tanto para os homens quanto para as mulheres, independente da idade", escreveram os estudiosos.
"A maioria das mortes excedentes já se manifesta antes da hospitalização e não parece se relacionar com diferenças no tratamento", acrescentaram.

Ao especular as razões para suas observações, os estudiosos afirmaram que as pessoas casadas devem ter hábitos mais saudáveis e uma rede de apoio mais ampla.
"Deve-se entender que a ressuscitação ou o pedido de ajuda foi iniciada mais rápido e com mais frequência entre aqueles indivíduos casados ou que vivem juntos", afirmaram os autores.
Eles também não descartam os efeitos psicológicos da satisfação conjugal.
"Sabe-se que as pessoas solteiras são mais propensas a sofrer depressão e segundo um estudo anterior, a depressão parece ter um efeito adverso sobre as taxas de mortalidade cardiovascular", disse à AFP o principal autor da pesquisa, Aino Lammintausta, do Hospital Universitário de Turku.
Segundo os cientistas, estudos anteriores sobre os benefícios do casamento para a saúde tinham dados incompletos sobre mulheres ou pessoas de mais idade.
O novo estudo demonstrou que o casamento protege as mulheres até mais do que os homens de morrer de ataques cardíacos.
A pesquisa incluiu pessoas de diferentes grupos raciais e origens sociais e as descobertas "podem, a grosso modo, ter sua aplicação cogitada em países ocidentais", afirmou Lammintausta.
FONTE:  Em Paris.

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