Tecnologias e estilos dos capacetes evoluem para acompanhar a diversidade dos motociclistas
Além da óbvia preocupação com a segurança e também com o conforto do condutor, o uso diário do equipamento faz com que alguns motociclistas usem o capacete como uma espécie de “outdoor ambulante”, que revela um pouco de suas personalidades. A customização do item através de pinturas é uma tendência em franca evolução nos últimos anos e com diferentes vertentes. “Atualmente, a demanda maior está na personalização do capacete. Temos até alguns modelos com estampas de times de futebol” , exemplifica o diretor da Pro Tork, Marlon Bonilha.
Mas todas as “modas” envolvendo os capacetes dependem diretamente de quanto dinheiro o consumidor pode e quer gastar. Os modelos mais baratos têm pinturas simples, sem grandes grafismos. Conforme o valor impresso na etiqueta de preços aumenta, as ousadias estéticas ganham espaço. “Nos últimos dois ou três anos surgiu uma tendência para estampas na linha urbana, com grafites e pichações. Já o público feminino prefere desenhos com borboletas, flores ou pássaros” , revela o diretor comercial das marcas Peels, Bieffe e Fly. Ainda existem os modelos mais clássicos, voltados a condutores de motos custom ou esportivas, por exemplo. Mais caros, eles tem o conforto acentuado, mas normalmente são vendidos com pinturas discretas e sóbrias.
Outra questão que diferencia os capacetes é o tipo e a proposta de cada um. O mais comum é o integralmente fechado, usado principalmente nas cidades e estradas. Uma variação são os que tem a área do queixo retrátil, que facilita a conversa e melhora o conforto. Para o uso off-road, existem um modelo específico, com a parte central vazada. Para utilizá-lo corretamente, é indicado o uso de óculos de proteção também. Os mais confortáveis são os abertos, que protegem a cabeça e a área das bochechas, mas deixam o resto desprotegido. Isso diminui o incômodo, porém prejudica a proteção do queixo e boca. Os considerados menos seguros pelos especialistas são os curtos, usados na maioria das vezes com motos custom. Eles protegem só o topo da cabeça e deixam o resto exposto. Até por isso, raramente ganham a aprovação do InMetro para serem comercializados. E quem é flagrado usando capacetes sem o selo do InMetro está sujeito a ser multado. Ou seja, na hora de escolher o capacete, é preciso usar a cabeça.
FONTE: motordream.bol.uol.com.br/Capacete
por Luiz Humberto Monteiro Pereira e Rodrigo MachadoMotorDream
“Para-choque de motociclista é a testa”. Esse ditado um tanto cruel, muito popular entre os que dirigem motocicletas, expressa bem a fragilidade de quem pilota veículos de duas rodas em meio ao trânsito pesado. Circular entre automóveis, caminhões, vans e ônibus, todos com seus motoristas protegidos pelas carrocerias, é uma rotina arriscada para quem não conta com anteparos metálicos para absorver eventuais impactos. Essa ameaça cotidiana deixa clara a importância do capacete para quem anda de moto. A relação de “cumplicidade” do motociclista com o equipamento que protege sua cabeça faz com que o capacete muitas vezes deixe de ser um mero item de segurança e passe também a refletir a identidade de quem usa.
Mas, antes de expressar qualquer coisa, o capacete precisa proteger vidas. E, no Brasil, a lei exige que todo capacete à venda por aqui passe por rigorosos testes de segurança. Realizadas pelo InMetro, as avaliações são por amostragem e envolvem quatro etapas. A primeira é de impacto com presença de umidade, a -20 ºC e 50 ºC. Depois, avalia-se a cinta de retenção e a sua elasticidade e eficiência. O terceiro teste verifica se o dispositivo fica bem fixado na cabeça em caso de acidentes. O último checa a resistência da viseira a objetos pontudos. Depois de todos esses “castigos”, os modelos “sobreviventes” recebem o selo de aprovação do InMetro. “Nossa maior preocupação é com a segurança do usuário. A regulamentação não prevê análises dos materiais utilizados no produto, se ele foi fabricado em fibra de vidro, carbono, multifibras, se a pintura é personalizada, grafismo, casco envernizado, etc. O que importa é se ele protege o motociclista” , explica o analista do InMetro, Jackson França.
“Para-choque de motociclista é a testa”. Esse ditado um tanto cruel, muito popular entre os que dirigem motocicletas, expressa bem a fragilidade de quem pilota veículos de duas rodas em meio ao trânsito pesado. Circular entre automóveis, caminhões, vans e ônibus, todos com seus motoristas protegidos pelas carrocerias, é uma rotina arriscada para quem não conta com anteparos metálicos para absorver eventuais impactos. Essa ameaça cotidiana deixa clara a importância do capacete para quem anda de moto. A relação de “cumplicidade” do motociclista com o equipamento que protege sua cabeça faz com que o capacete muitas vezes deixe de ser um mero item de segurança e passe também a refletir a identidade de quem usa.
Mas, antes de expressar qualquer coisa, o capacete precisa proteger vidas. E, no Brasil, a lei exige que todo capacete à venda por aqui passe por rigorosos testes de segurança. Realizadas pelo InMetro, as avaliações são por amostragem e envolvem quatro etapas. A primeira é de impacto com presença de umidade, a -20 ºC e 50 ºC. Depois, avalia-se a cinta de retenção e a sua elasticidade e eficiência. O terceiro teste verifica se o dispositivo fica bem fixado na cabeça em caso de acidentes. O último checa a resistência da viseira a objetos pontudos. Depois de todos esses “castigos”, os modelos “sobreviventes” recebem o selo de aprovação do InMetro. “Nossa maior preocupação é com a segurança do usuário. A regulamentação não prevê análises dos materiais utilizados no produto, se ele foi fabricado em fibra de vidro, carbono, multifibras, se a pintura é personalizada, grafismo, casco envernizado, etc. O que importa é se ele protege o motociclista” , explica o analista do InMetro, Jackson França.
Apesar da tal preocupação apenas com a segurança parecer justificável, a falta de uma regulamentação sobre os materiais utilizados nos capacetes pode representar perigos. “O que se vê em muitos casos é que alguns fabricantes e importadores produzem modelos que passam no limite dos requisitos. Assim, qualquer erro no processo produtivo pode colocar em risco a vida do usuário do equipamento” , alerta o gerente nacional de vendas da Taurus, Gianfranco Milani.
Como a legislação não prevê níveis diferentes de proteção – basta estar dentro dos limites exigidos nos testes –, os fabricantes tentam se diferenciar da concorrência através de outros atributos. Um dos principais é o conforto. De acordo com o modelo, e evidentemente de seu preço, a composição interna muda. Existem alguns com forro interno antialérgico, lavável e que até absorve o suor. “Acaba sendo um diferencial dos modelos mais caros. No trânsito, com calor e abafado, o capacete fica com mau cheiro. Por isso ter um com forro lavável é importante” , pondera o diretor comercial das marcas Peels, Bieffe e Fly, Oswaldo Coelho de Souza.
Como a legislação não prevê níveis diferentes de proteção – basta estar dentro dos limites exigidos nos testes –, os fabricantes tentam se diferenciar da concorrência através de outros atributos. Um dos principais é o conforto. De acordo com o modelo, e evidentemente de seu preço, a composição interna muda. Existem alguns com forro interno antialérgico, lavável e que até absorve o suor. “Acaba sendo um diferencial dos modelos mais caros. No trânsito, com calor e abafado, o capacete fica com mau cheiro. Por isso ter um com forro lavável é importante” , pondera o diretor comercial das marcas Peels, Bieffe e Fly, Oswaldo Coelho de Souza.
Além da óbvia preocupação com a segurança e também com o conforto do condutor, o uso diário do equipamento faz com que alguns motociclistas usem o capacete como uma espécie de “outdoor ambulante”, que revela um pouco de suas personalidades. A customização do item através de pinturas é uma tendência em franca evolução nos últimos anos e com diferentes vertentes. “Atualmente, a demanda maior está na personalização do capacete. Temos até alguns modelos com estampas de times de futebol” , exemplifica o diretor da Pro Tork, Marlon Bonilha.
Mas todas as “modas” envolvendo os capacetes dependem diretamente de quanto dinheiro o consumidor pode e quer gastar. Os modelos mais baratos têm pinturas simples, sem grandes grafismos. Conforme o valor impresso na etiqueta de preços aumenta, as ousadias estéticas ganham espaço. “Nos últimos dois ou três anos surgiu uma tendência para estampas na linha urbana, com grafites e pichações. Já o público feminino prefere desenhos com borboletas, flores ou pássaros” , revela o diretor comercial das marcas Peels, Bieffe e Fly. Ainda existem os modelos mais clássicos, voltados a condutores de motos custom ou esportivas, por exemplo. Mais caros, eles tem o conforto acentuado, mas normalmente são vendidos com pinturas discretas e sóbrias.
Outra questão que diferencia os capacetes é o tipo e a proposta de cada um. O mais comum é o integralmente fechado, usado principalmente nas cidades e estradas. Uma variação são os que tem a área do queixo retrátil, que facilita a conversa e melhora o conforto. Para o uso off-road, existem um modelo específico, com a parte central vazada. Para utilizá-lo corretamente, é indicado o uso de óculos de proteção também. Os mais confortáveis são os abertos, que protegem a cabeça e a área das bochechas, mas deixam o resto desprotegido. Isso diminui o incômodo, porém prejudica a proteção do queixo e boca. Os considerados menos seguros pelos especialistas são os curtos, usados na maioria das vezes com motos custom. Eles protegem só o topo da cabeça e deixam o resto exposto. Até por isso, raramente ganham a aprovação do InMetro para serem comercializados. E quem é flagrado usando capacetes sem o selo do InMetro está sujeito a ser multado. Ou seja, na hora de escolher o capacete, é preciso usar a cabeça.
FONTE: motordream.bol.uol.com.br/Capacete
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