- Simplicidade em ser
feito
- Apertar à medida que o
esforço sobre ele aumentar.
- Facilidade em ser
desatado
A melhor forma de aprender
a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba, que te ensine. Depois a prática fará
o resto.
Da perfeição de um nó pode
depender uma vida.
Existem muitos nós, cada um
com a sua utilidade diferente. Vamos aqui abordar alguns deles que podemos
classificar do seguinte modo:
Nós de
travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a
engrassá-la ou evitar que se desfie.
Nós de
Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou
diferente.
Nós de
salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais
alças que não correm e destinados a subir ou descer pessoas ou
objetos.
Nós de
Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A
corda necessária à sua execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos
utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é necessário 30 centímetros de
corda.
Nós
diversos – São aqueles que não se enquadram dentro dos capítulos
anteriores.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de
maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que
este não se desfie.
A espessura de uma corda é
designada por bitola (fig.1) e é a partir do seu valor que sabemos se se trata
de uma espia (bitola igual ou inferior a 1 cm.)
Cabo solto ou solteiro é aquele
que, não tendo uma utilidade especifica, serve para qualquer
trabalho.
Num cabo ou numa espia, as
extremidades têm o nome de pontas ou chicotes e no caso de a corda estar
amarrada, a extremidade que segue o nó tem o nome de Lado Firme e a parte
restante da corda designa-se por seio (Fig.2).
A volta na corda que forma um
olhal chama-se Cote (Fig.3) e será direto se o cruzamento se der com o chicote
por cima do seio, e inverso se o chicote passar por baixo.
NÓS DE TRAVAMENTO
Nó
Simples
O nó simples também designado
por laçada, pode ser:
-
Singelo – Começa-se com um cote direto ou inverso passando por baixo
do seio (Fig.4).
- Dobrado
– Para a execução deste nó existem dois processos:
1ª - Dá-se à corda
tantas voltas com o chicote quantas as desejadas até ficar com uma disposição
semelhante à da figura 5. Para terminar o nó (Fig.6) puxa-se pelas extremidades
até ele ficar devidamente socado.
2ª - Aconselha-se quando
se deseja um nó com muitas voltas: Enrola-se a corda à volta de um bocado de
madeira as vezes que se quiser (Fig.7). Seguidamente, retira-se a madeira e
faz-se passar o chicote “A” por dentro das voltas dadas, e simultaneamente por
detrás do chicote “B”, como mostra a figura 8. Finalmente, depois de socado,
obtém-se o nó desejado (Fig.9).
O nó simples dobrado ou laçada
dobrada, pode ainda ser designado por: Nó simples Mordido, Nó de Frade, Nó de
Satura ou Nó de Capucho.
Nó de
Azelha
Este nó executa-se do mesmo
modo que o nó simples mas é dado com a corda dobrada (Fig.10).
Nó de
Trempe
Também designado por nó de Oito
ou Volta de Fiador, inicia-se com um cote e leva-se o chicote a passar pelo
interior deste contornando o seio (Fig.11).
NÓS DE JUNÇÃO
Nó
Direito
Este é um dos primeiros nós,
senão mesmo o primeiro, que se aprende nos escoteiros. Serve para ligar duas
cordas de bitola igual e de materiais iguais que não demandem muita
força.
Para executar o nó direito
basta cruzar os chicotes duas vezes, sendo sempre o mesmo a passar por cima
(Fig.12).
Nó
Torto
Este nó varia do anterior
apenas porque no segundo cruzamento de chicotes, passa por cima o chicote que
anteriormente tinha passado por baixo.
Este nó é pouco utilizado
devido à sua facilidade de correr.
Nó cabeça de
Cotovia
Também designado por nó de
Pescador ou nó de Burro. É o nó usado para unir cordas de bitolas iguais ou
próximas, sendo muito finas, molhadas ou escorregadias.
Execução: Coloca-se as cordas
lado a lado e em sentidos contrários de forma que o chicote de cada uma delas
possa dar o nó simples em torno do seio da outra (Fig.13). Para o nó ficar bem
socado é necessário que os nós simples encostem bem um no outro.
Se quisermos que este nó fique
ainda mais seguro, faz-se da mesma forma e os chicotes, em vez de uma, dão duas
voltas em torno da outra corda, fazendo assim o nó Cabeção de Cotovia Dobrado
(Fig.14).
Nó de
Escota
Serve para unir duas cordas de
bitola ou materiais diferentes. Para a execução é necessário dobrar o chicote da
corda mais grossa de modo a formar uma argola por onde vai passar a mais fina
que, depois de a rodear, se vai trilhar (Fig.15).
Nó de
Tecelão
O único motivo que faz este nó
se diferenciar do anterior é o modo como ele é feito e nas cordas em que se
utiliza. Este nó é utilizado em cordas muito finas. Cruzam-se as duas espias
ficando a da direita por baixo. De seguida o seu seio vai dar uma volta em torno
do chicote, formando, assim, uma argola por onde vai passar o chicote da outra
espia (Fig.16).
Nó de
Correr
Também chamado de nó de laço,
este é um dos nós que soca tanto mais, quanto maior for o esforço exercido na
corda. O nó de Correr pode ser apresentado das seguintes formas:
- Vulgar Forma-se um cote e
faz-se o seio passar através dele (Fig.17).
- Outra forma é o chicote dar
uma laçada em torno do seio (Fig.18).
Nó de
Pedreiro
Este nó destina-se a prender
uma corda a um suporte afim de o içar ou arrastar.
Executa-se fazendo um cote e
enrolando o chicote à volta dele, fazendo passar o tronco por dentro dele.
Pode-se ainda dar mais uma volta ao tronco com o cabo para maior segurança
(Fig.19).
A este nó também se chama:
Volta da Ribeira.
NÓS DE AMARRAÇÃO
Nó de
Barqueiro
Também conhecido por nó de
Porco ou Volta de Fiel, este nó pode ser feito na mão (Fig.20) dando com a corda
duas voltas redondas que, depois de sobrepostas, se vão encapelar no tronco, ou
feito diretamente no tronco (Fig.21), dando duas voltas redondas em volta do
tronco de modo a que o chicote passa por cima na primeira e por baixo na
segunda, ficando trilhado.
Este nó serve para amarrar um
cabo ou uma espia a um suporte fixo.
Nó de
Botija
Além de servir como nó de
amarração, este nó é também utilizado para suspender garrafas pelo gargalo (dai
a origem do seu nome) ou como adorno no fiador das espadas, daí designar-se
também por nó de Espada.
Execução: Depois de dadas duas
voltas redondas, de sentidos contrários e ligeiramente sobrepostas, obriga-se o
seio a seguir o percurso indicado pelas setas na figura 22.
Nó de
Tripé
Este nó é muito útil para se
construir um tripé rapidamente.
Dão-se dois cotes, um direto e
outro inverso, na mesma corda, e sobrepõem-se ligeiramente (Fig.23). De seguida
puxam-se os seios conforme as setas indicam, ficando três olhais que são para
introduzir as três varas do tripé. Depois de apertar bem o nó termina-se unindo
as pontas com um nó direito (Fig.24).
NÓS DE
SALVAMENTO
Nó de Sirga
ou Pega
Este nó começa-se com um cote
direto e faz-se com que o chicote passe por baixo dele. Repara na figura 25 para
melhor veres a execução deste nó.
Nó Lais de
Guia
A este nó também se chama de nó
de Salvação Simples ou Cadeira Alpina.
Passado sob as axilas de uma
pessoa, serve para a suster ou deslocar, quer puxando-a no solo, que içando-a ou
deslocando-a (Fig.26).
Nó Lais de
Guia Duplo
Também designado por Nó de
Salvação Duplo, aplica-se em vez do anterior quando a corda utilizada for de
fraca resistência, em relação ao esforço que nela se vai empregar.
Na sua execução, começa-se como
o nó anterior, ao que se seguem duas voltas dadas com o chicote, que devem ser
semelhantes para permitir uma divisão igual do esforço pelas duas. O final do nó
obtém-se quando o chicote terminar o percurso indicado pela seta na figura
27.
Nó de
Estribo
O nó de estribo ou alpinista
executa-se dando com o seio duas voltas redondas de sentidos contrários, que,
depois de ligeiramente sobrepostas, se vai passar o seio pela intersecção das
voltas e, depois, socá-lo convenientemente, conforme podes ver na figura
28.
Nó de
Encapeladura
Este nó é também designado por
nó de Cadeira de Bombeiro ou nó de Catau.
O nó de Encapeladura tem várias
variantes. Apresentamos-te aqui duas delas (Fig.29 e Fig.30).
NÓS DE LIGAÇÃO
Durante a execução dos nós de
ligação, a corda deve estar sempre bem esticada e as juntas bem unidas e puxadas
para o centro.
Para se ligarem as varas ou
troncos mais grossos é conveniente fazer um desbaste nas superfícies a unir de
modo que elas se ajustem.
Botão em
Esquadria
Serve para unir duas varas ou
troncos, formando entre si ângulos de 90º.
Inicia-se e termina-se a
ligação com o nó de Barqueiro. São dadas voltas em torno das varas ou troncos,
de modo que passem alternadamente por trás e pela frente, sendo depois, estas
voltas, esganadas com voltas dadas perpendiculares às primeiras
(Fig.31).
Botão em
Cruz
Esta ligação serve para unir
varas ou troncos que formem entre si ângulos diferentes de 90º.
Inicia-se com o nó de Pedreiro
de modo a abraçar os dois paus, na junção. De seguida dão-se as voltas
principais, primeiro num sentido, depois noutro, que irão depois ser
esganadas.
Termina-se a ligação com o nó
de Barqueiro numa das varas (Fig.32).
Peito de
Morte
Serve para reforçar ou
acrescentar uma vara. Inicia-se com o nó de barqueiro numa das varas e, de
seguida, dão-se voltas redondas em torno das duas varas. Depois de se esganarem
estas voltas, termina-se a ligação com o nó de barqueiro numas das varas.
Pode-se também fazer o botão de falcaçar, em substituição do Peito de Morte,
como podes ver na figura 33.
Tripé
Colocando as varas ou troncos,
uns ao lado dos outros, dá-se com a corda diversas voltas falidas, que, depois
são esganadas. As voltas falidas são voltas dadas em torno de quaisquer objetos
de eixos paralelos, obrigando-se o chicote a descrever sucessivos oitos.
Inicia-se e termina-se com o nó de Barqueiro (Fig.34).
NÓS DIVERSOS
Nó de
Encurtar
Este nó destina-se a encurtar
uma espia sem desatar os chicotes e reforçá-la quando tem algum ponto
fraco.
Executa-se formando um “S” com
a corda e de seguida dão-se as voltas que se vão encapelar nas dobras da corda
(Fig.35).
Para maior segurança pode-se
enfiar um pau nas argolas.
Nó de
Evasão
Utiliza-se este nó quando se
pretende descer por um cabo e recolhê-lo no final da descida (observa a execução
deste nó na figura 36).
A descida é feia por uma das
pontas do cabo e, no final, puxa-se pela outra ponta para desprender.
Torniquete
Espanhol
O Torniquete (Fig.37) serve
para esticar um cabo frouxo. Termina-se com dois “Peitos de Morte” em cada
ponta.
Nó de
Escada
Como o próprio nome indica,
este nó é utilizado para fazer a escada típica com varas de madeira (Fig.38).
Este nó também é chamado de Volta de Tortor.
Nó de
Barril
Nó utilizado para suspender
objetos grandes, idênticos a um barril (Fig.39).
FALCAÇAS
Falcaça
Simples
Esta falcaça simples (ou de
chicotes mordidos) é utilizada com uma corda em volta de um cabo (Fig.40) sendo
idêntica ao Botão de Falcaçar.
Falcaça à
Americana
Este é outro tipo de Falcaça,
observa a figura 41.
Meias voltas
mordidas
A figura 42 mostra-te a
execução de outro tipo de falcaça.
Falcaça de
Agulha
Para segurar as pontas de um
cabo, para que este não se desfie, pode-se utilizar a Falcaça de Agulha
(Fig.43).
COSTURAS
Costura em
Pinha
Vamos aqui fazer referência a 3
tipos de costuras. Esta, a costura em Pinha, utiliza-se para terminar a
extremidade de um cabo para que este não se desfie (Fig.44).
Costura de
Alça
Esta costura, tal como o nome
indica, serve para fazer uma alça na extremidade de um cabo (Fig.45).
Costura
Singela
Também designada por costura redonda ou de emendar,
serve para ligar dois cabos idênticos entre si pelas extremidades
(Fig.46).
- Simplicidade em ser
feito
- Apertar à medida que o
esforço sobre ele aumentar.
- Facilidade em ser
desatado
Nós de
travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a
engrassá-la ou evitar que se desfie.
Nós de
Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou
diferente.
Nós de
salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais
alças que não correm e destinados a subir ou descer pessoas ou
objetos.
Nós de
Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A
corda necessária à sua execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos
utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é necessário 30 centímetros de
corda.
Nós
diversos – São aqueles que não se enquadram dentro dos capítulos
anteriores.
Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de
maior diâmetro de espessura segurando-o.
Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que
este não se desfie.
-
Singelo – Começa-se com um cote direto ou inverso passando por baixo
do seio (Fig.4).
- Dobrado
– Para a execução deste nó existem dois processos:
1ª - Dá-se à corda tantas voltas com o chicote quantas as desejadas até ficar com uma disposição semelhante à da figura 5. Para terminar o nó (Fig.6) puxa-se pelas extremidades até ele ficar devidamente socado.2ª - Aconselha-se quando se deseja um nó com muitas voltas: Enrola-se a corda à volta de um bocado de madeira as vezes que se quiser (Fig.7). Seguidamente, retira-se a madeira e faz-se passar o chicote “A” por dentro das voltas dadas, e simultaneamente por detrás do chicote “B”, como mostra a figura 8. Finalmente, depois de socado, obtém-se o nó desejado (Fig.9).
- Vulgar Forma-se um cote e
faz-se o seio passar através dele (Fig.17).
- Outra forma é o chicote dar
uma laçada em torno do seio (Fig.18).
Nenhum comentário:
Postar um comentário