A queda mais forte da popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) de acordo com a pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta quarta-feira (1º) aconteceu na região Nordeste, onde a petista tradicionalmente tinha seus melhores índices de aprovação. Entre março e junho deste ano, o número de entrevistados nordestinos que avaliavam o governo Dilma como "ótimo ou bom" caiu de 18% para 13%. A região Sudeste é onde a presidente tem a pior avaliação, de acordo com a pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Nordeste também apresentou tendência de alta no percentual dos entrevistados que avaliam o governo Dilma como "ruim ou péssimo". Em março de 2015, esse índice era de 55%. Em junho, o percentual chegou a 63%.
Na região Sudeste, apenas 8% dos entrevistados em junho classificavam o governo Dilma como "ótimo ou bom". Em março, esse índice era de 11%. O percentual dos que avaliavam o governo como "regular" saiu de 22% para 18% entre março e junho. No mesmo período, o índice dos que avaliavam o governo Dilma como "ruim ou péssimo" no Sudeste foi de 68% para 74% no mesmo período.
A região Sul, que antes da pesquisa divulgada nesta quarta-feira, era a região onde Dilma amargava os piores índices de popularidade, foi a única em que aprovação à presidente apresentou tendência de alta. Em março deste ano, apenas 8% dos entrevistados classificavam o governo Dilma como "ótimo ou bom". Em junho, este índice subiu para 10%. Os que avaliavam o governo como "regular", saíram de 22% para 24%, e os que avaliavam o governo como "ruim ou péssimo" saíram de 71% para 67%.
Renda
O apoio à presidente Dilma entre os eleitores com menor renda também registrou uma tendência de queda. Em março de 2015, 17% dos entrevistados com renda de até um salário mínimo consideravam o governo "ótimo ou bom". Em junho deste ano, esse índice é de 15%. Já os entrevistados com renda até um salário mínimo que consideram o governo Dilma "ruim ou péssimo" saiu de 60% em março, para 70% em junho.
Segundo o gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a popularidade da presidente Dilma e de seu governo estão sofrendo os efeitos do quadro político e econômico.
"A gente percebe, até pelas notícias, que você tem dois fatores negativos: o lado econômico, com aumento do desemprego, inflação ainda muito alta, o ajuste fiscal acirrando essa questão, pois a correção passa exatamente pela correção da demanda, e o lado politico com toda a questão da corrupção, toda a questão da disputa no congresso", disse.
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