10 de fevereiro de 2015

Barraco em clube de luxo do Recife. Eleição no Cabanga Iate Clube teve denúncias de desvios e agressões a comodoro

EM 08/02/2015 ÀS 18:53 POR  EM NOTÍCIAS
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Nem a brisa que corre fácil nos terraços do Cabanga Iate Clube foi suficiente para amenizar o clima quente que a entidade de bacanas viveu nos últimos meses.
As eleições deste ano foram marcadas por denúncias de desvios e favorecimentos à gestão atual e resultaram até em agressão física, logo depois da eleição.
O clima foi tão belicoso que o TJPE chegou a mandar um juiz para acompanhar o processo das eleições.
O Cabanga Iate Clube abriu as portas para receber os seus 850 sócios-proprietários para as eleições na quinta-feira, de tarde. Na eleição, foram indicados os 50% do Conselho Deliberativo que irá gerir o clube pelos próximos dois anos. A outra metade será escolhida em um pleito posterior.
O pleito foi disputado entre as chapas de situação (Avança Cabanga) e a de oposição (Renova Cabanga), que acabou ganhando.
A chapa de oposição era apoiada por boa parte dos sócios que denunciavam a atual administração. Segundo eles, além de irregularidade na aprovação das contas, a atual gestão vinha se revezando há mais de seis anos no clube.
Para comprovar as irregularidades, uma comissão designada pelo Conselho Deliberativo constatou que todas as reservas da instituição, na ordem de R$ 2,2 milhões, foram aplicadas – sem autorização do Conselho Deliberativo ou parecer da Comissão Fiscal do clube – na Corretora Corval, liquidada extrajudicialmente pelo Banco Central devido a fraudes em 2014.
As chances de reaver o montante são remotas.
Uma das queixas era de que nenhuma conta foi analisada pelo Conselho Fiscal em 2014.
Uma curiosidade que aguçou os ânimos no clube era referente a um patrocínio. A mesma corretora Corval teria doado, em abril do ano passado, R$ 100.000,00 para patrocínio do veleiro Paturuzu na Regata Recife-Fernando de Noronha (REFENO). A equipe era composta por ninguém menos que o atual diretor financeiro do Cabanga, Cláudio Cardoso.
“Estranhamente o patrocínio ocorreu na mesma época da aplicação da verba na Corretora e cinco meses antes da REFENO. Quem patrocina com tanta antecedência assim?”, questiona um dos sócios, que não deu murro em ninguém, mas bem que gostaria.
A agressão ao comodoro Marcos Antônio Costa Medeiros ocorreu depois da eleição. Um sócio de nome Paulo, que deve ser expulso do clube, chamou o comodoro de ladrão, depois do pleito. Medeiros devolveu a provocação, ensejando ocasião para o ataque. Não há certeza de que a agressão tenha sido denunciada em delegacia da Polícia Civil.
Em sua defesa, Medeiros disse a aliados no clube que  ele mesmo perdeu dinheiro na operação, depois de ter investido recursos próprios na corretora fechada pelo BC.
FONTE: blogs.ne10.uol.com.br/Jamildo/link.

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