Hatch evolui no visual e tem câmbio manual melhorado.
Dirigibilidade e posição de guiar seguem ruins.
ANTES
DEPOIS
O enfraquecimento comercial, no entanto, não pode ser creditado apenas ao lançamento do Onix, que invade toda a faixa de preços do Agile (começando mais barato e terminando mais caro): os 73.255 emplacamentos de 2011 são bem superiores aos 54.045 de 2012, ano que o Agile atravessou quase inteiro sem a presença do “rival”.
Ocorre que encerrar a existência sem sentido do Agile apenas quatro anos após seu lançamento seria admitir que a montadora concebeu um carro equivocado tecnicamente e desorientado comercialmente. Portanto, a reestilização agora aplicada no modelo é compreensível - no mais, seria injusto não lhe dar mais uma chance.
Chevrolet Agile (Foto: Divulgação)
É preciso reconhecer a evolução do Agile 2014. A principal, obviamente, é no quesito design. Faróis e grade, a dupla mais polêmica da geração anterior, agora se fundem harmoniosamente. Mas é inevitável refletir sobre o porquê de não se aplicar esse visual - nada rebuscado - já no Agile 2009.Os apliques no para-choque traseiro são previsíveis, mas funcionaram, enquanto as rodas têm desenho inspirado. Destaque para a paleta de cores diversificada e de bom gosto.
Internamente, a principal mudança é o volante multifuncional de boa pegada. Que, além do belo visual, tem o mérito de não ser replicado em toda a gama como o volante de Cobalt, Onix, Cruze, Prisma, Spin e Sonic.
Motor a câmbio harmonizados
Natural que a General Motors tenha mantido o bom 1.4 8V (102 cv com etanol e 97 cv com gasolina) no Agile, que dá conta da proposta do carro com relativa folga. Mas é elogiável que tenha aplicado tempo e dinheiro na melhoria do câmbio manual, que segundo a empresa teve as marchas reescalonadas e a ré sincronizada. Os engenheiros da marca falam em trocas mais precisas e rápidas, e logo de cara é perceptível que não se trata de mero discurso. Se o funcionamento do antigo era razoável, este pode ser considerado um dos melhores do segmento, atrás somente da transmissão MQ200, da Volkswagen.
Mas quando o motorista se depara com um carro ruim de guiar - com um painel espremido entre ele e o grotesco para-brisa quase na vertical, uma direção alheia ao que se passa com as rodas e uma posição de dirigir sofrível por conta do pedal da embreagem deslocado para a direita - entende por que o Onix tem conquistado a preferência do consumidor e se apodera gradativamente do papel de principal carro da Chevrolet, enquanto o Agile cada vez mais se perde no line-up da marca.
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