3 de março de 2015

A GOL se tornou a primeira companhia aérea brasileira a operar aviões com o sistema por satélite RNP AR

A GOL é a primeira companhia brasileira a operar aeronaves com o sistema por satélite RNP AR no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A novidade garante uma aterrissagem mais linear e sustentável. Entenda um pouco mais sobre o funcionamento dessa tecnologia.
Por: Daniel Marques
Ilustrações: Bel Andrade Lima
Bastidores da Aviação_Estamos ligados
- Satélite
RNP AR é a sigla em inglês para “performance de navegação requerida com autorização”. O sistema por satélite transmite informações on-line sobre as condições climáticas da rota e dados de altíssima precisão sobre o posicionamento da aeronave em relação ao solo e ao horizonte.
- Visibilidade
As aeronaves com RNP AR podem realizar aterrissagens absolutamente seguras mesmo com baixa visibilidade. Devido à alta precisão e à confiabilidade do sistema por satélite, o teto – altura das nuvens em relação ao solo – para pousos passou de 300 para 93 metros no Santos Dumont.
- Torre de Controle
A tecnologia RNP AR não depende da instalação de novos aparelhos para funcionar, mas é necessário treinar, em centros de formação específicos, a equipe de controladores de voo, que recebem instruções sobre os novos procedimentos de segurança para pouso.
- Menos é mais
Por proporcionar um plano de voo mais preciso, sem desvios, o sistema RNP AR permite que os pilotos façam descidas contínuas. Exigindo menos potência das turbinas, a aeronave economiza combustível no trajeto, emite menores índices de CO2 e produz menos ruído externo.
- Na cabine
Mais de 50 aeronaves da GOL foram equipadas com o software para o funcionamento do sistema RNP AR. Os dados em tempo real ajudam o comandante a fazer a transição do piloto automático para o comando manual e a realizar o pouso de forma mais linear e constante.
Plano de voo
O comandante da GOL Leonardo Constant e o especialista em operações de voo Renato Gonzaga contam mais detalhes sobre o sistema RNP AR.
Bastidores da Aviação_Estamos ligados
Por que o aeroporto Santos Dumont foi escolhido para receber aviões com sistema RNP AR?
O Santos Dumont exige bastante dos pilotos e das aeronaves em função das formações geográficas ao redor do aeroporto, como o morro do Pão de Açúcar, e de sua pista curta – é uma das menores do mundo, com apenas 1.323 metros. Além disso, a região sofre influência constante de nevoeiros, o que diminui a visibilidade para pouso.
Esse sistema tem influência no uso do piloto automático?
Nos aviões com o sistema RNP AR a tripulação recebe informações precisas e confiáveis, o que permite que o piloto automático seja desativado apenas no estágio final da aproximação do aeroporto. A partir desse momento, são efetuadas as operações normais de pouso, seguindo os procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela GOL. Os pilotos sempre são os responsáveis pelo controle da aeronave durante a aterrissagem, em qualquer situação.
Há quanto tempo a GOL realiza voos com RNP AR?
Antes de começar a operar comercialmente com o sistema, em agosto de 2014, a GOL passou dois anos testando a tecnologia e capacitando tripulações destacadas para o Santos Dumont em simuladores de voo de última geração no Centro de Treinamento da companhia, em Diadema (SP), e em voos teste para o Rio de Janeiro.
O quanto se economiza com a nova tecnologia?
O procedimento RNP AR reduz a necessidade de manobras e permite descidas mais lineares e constantes. Cada voo na ponte aérea economiza cerca de 120 quilos de combustível – no total por semana, 22,6 toneladas. Quanto menos se consome, menos gases causadores do efeito estufa são liberados para o ambiente.
Outros aeroportos também poderão utilizar o sistema?
Operações em outras bases estão previstas para este ano, mas dependem de aprovação da Anac. As prioridades para a GOL são os aeroportos de Congonhas, em São Paulo; Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; Galeão, no Rio de Janeiro; e Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville.
Esta matéria foi publicada na edição número 155 da revista de bordo da GOL, produzida pela editora TRIP. Agora, você também pode ler as edições da revista no tablet. Aproveite!

FONTE: http://blog.voegol.com.br/gol.vc/elgbfb

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