7 de outubro de 2013

Meu filho anda armado

Crianças lutam e atiram coisas, por motivos aleatórios, com ou sem referência de duelos
  • Crianças lutam e atiram coisas, por motivos aleatórios, com ou sem referência de duelos
Uma lei do Distrito Federal proíbe a venda de armas de brinquedo. Há muito tempo, venho refletindo sobre elas e até agora não tenho conclusão nenhuma. Vou juntar aqui uns fatos que perambulam na minha cabeça.
Sou o tipo de gente completamente a favor do desarmamento. Quando, em 2005, respondemos ao referendo que acabou, por vontade popular, permitindo que a população civil mantivesse o direito de porte de armas, a primeira coisa que fiz foi dizer para minha mãe, que votou com a maioria:
– Ótimo. Agora vou sair e comprar meu revólver com cano de madrepérola para carregar na bolsa. Já que pode, eu quero.
Naquele dia, percebi na cara dela que nenhuma mãe, mesmo aquelas a favor de porte de arma, acha muito normal ver o filho armado.
O primeiro contato que meu filho teve com uma arma foi na piscina da casa dos tios, um atirador de água. Uma pistolinha divertida. Chame como quiser. Copiando os primos, ele mirou o aparato na minha direção e esguichou toda a munição.
Confesso que senti um estranhamento, digno de 2005. A natureza nos devolve as grosserias que fazemos com nossos pais. Estou elaborando esse limite, mas arma é arma, certo?
PASSO A PASSO: FOGUETE DE BRINQUEDO

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