6 de maio de 2015

Dez curiosidades sobre o pênis que homens e mulheres precisam saber

Thais Carvalho Diniz
Do UOL, em São Paulo
  • O pênis pode parecer menor do que é; o frio é capaz de provocar esse efeito
  • Getty Images
Conhecer o pênis e suas particularidades –não apenas no que se refere ao seu tamanho– pode ajudar homens e mulheres a terem uma vida sexual mais satisfatória. A seguir, especialistas falam sobre dez curiosidades sobre o órgão. 
1 - Tamanho é documento? O item é o primeiro da lista porque muitos homens ainda se preocupam com a medida do seu órgão sexual. De acordo com a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), um pênis considerado normal mede de sete a 17 centímetros ereto. E é importante frisar que potência e tamanho não são proporcionais. Isso significa que a preocupação de não satisfazer a parceira por achar o membro pequeno é sem fundamento. "Apenas problemas físicos e psicológicos podem dificultar uma ereção, a conhecida disfunção erétil, mas isso não está relacionado ao tamanho do pênis", fala Maria Cristina Romualdo, terapeuta sexual responsável pelo atendimento psicológico do serviço de urologia e disfunções sexuais masculinas do Hospital São Paulo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A encanação de não dar prazer à mulher também não faz sentido porque são os primeiro cinco centímetros de profundidade da vagina os mais ricos em terminações nervosas e, por isso, mais sensíveis. 
2 - Não aumenta nem diminui durante a vida: ainda a respeito do tamanho, o órgão não sofre alteração após chegar ao tamanho adulto, o que acontece por volta dos 18 anos. "As cirurgias para aumentar o pênis não são indicadas por motivos estéticos e, mesmo em casos de micropênis (quando não atinge 2,5 cm flácido ou 7,5 cm ereto), os ganhos são pequenos e os riscos muito grandes", fala o urologista Sidney Glina. Procedimentos cirúrgicos com essa finalidade podem provocar instabilidade do membro em ereção, limitar a capacidade de penetração e, consequentemente, prejudicar a vida sexual do indivíduo, segundo o especialista.
3 - Pode parecer menor do que é: segundo Sidney Glina, urologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, a maioria que acha ter o pênis pequeno está enganada. "O que acontece é que, quando esses homens vão comparar seus órgãos, em um vestiário, por exemplo, estão em situação de estresse, tensos. O pênis tem um músculo chamado dartos, localizado abaixo do saco escrotal, que diante de momentos assim se contrai, fazendo com que o órgão pareça menor do que é", explica.  Para comparar, é só observar como ele reage diante do frio também. 
4 - Sensibilidade: a glande, mais popularmente conhecida como cabeça do pênis, é a parte mais sensível do órgão sexual masculino, de acordo com Antônio de Moraes Júnior, coordenador do Departamento de Andrologia da SBU. Não é possível afirmar o número de terminações nervosas que ela tem (nem do pênis como um todo), mas a região proporciona bastante prazer ao homem. "Por ser muito sensível, deve ser estimulada adequadamente. Toques intensos e forte fricção podem gerar mais desconforto do que prazer ", fala Maria Cristina Romualdo, terapeuta sexual do Hospital São Paulo da Unifesp.
5 - Temperatura dos testículos: a região também apresenta sensibilidade aflorada, pois é composta de glândulas vascularizadas, por onde passa a corrente sanguínea. Produz espermatozoides e testosterona (hormônio) e por isso precisa ficar um grau abaixo da temperatura interna do abdômen, que é de 37ºC. "Números acima disso podem prejudicar a fertilidade masculina", afirma Antônio de Moraes Júnior, da SBU.
De acordo com a terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo, dormir sem cueca ajuda a manter a temperatura ideal dos testículos, favorecendo a produção e a qualidade dos espermatozoides. "Mas ninguém precisa ficar pelado o dia inteiro, é só um cuidado a mais. Usar roupas que não apertem a região também é favorável." 
6 - Masturbação não é necessidade: alguns homens dizem que ficar muito tempo sem ejacular pode ser prejudicial, "pesa" o saco escrotal e outros tantos argumentos. Tudo mito. Segundo os especialistas, não existe nenhuma razão fisiológica para colocar o sêmen para fora do corpo. "Se você não ejacular, vai eliminar na urina. Essa necessidade é algo cultural, puramente pelo prazer que o orgasmo causa, com sexo a dois ou masturbação. A ejaculação não é fundamental para a saúde sexual, não existe nenhum estudo científico quanto a isso", declara Sidney Glina, urologista do Hospital Albert Einstein.
7 - Circuncisão não afeta sensibilidade: a postectomia é a cirurgia feita para retirada do prepúcio --dobra de duas camadas de pele e mucosa que cobre a glande do pênis. O procedimento não é obrigatório, mas se faz necessário em algumas situações, como quando o homem apresenta balanopostite (inflamação por fungo na região) e por motivos religiosos (caso dos judeus). O urologista Moraes Júnior afirma que, como a sensibilidade está na glande, retirar o prepúcio em nada a afeta. "Porém, quando o procedimento é feito em um homem já adulto, é preciso paciência, pois o lado psicológico pode fazer com que leve um tempo até que tudo volte ao normal. Se alguma dificuldade persistir, procure um médico." 
8 - Pênis "quebra": o órgão não tem osso, mas pode sofrer lesões nas cavidades cavernosas se for dobrado ou envergado rapidamente. A forma mais comum de acontecer é durante a relação sexual, quando a mulher está por cima. "Com a ereção, o pênis se torna muito rígido e, se escapar durante o sexo, pode bater no períneo da mulher e lesionar gravemente. Faz um barulho, o homem sente muita dor e a ruptura é visível por causa da hemorragia, que o deixa com uma cor roxa escura", afirma Sidney Glina, urologista do Einstein.
Os especialistas aconselham, diante de um acidente como esse, procurar assistência médica imediatamente, pois o ferimento não vai se curar sozinho e, muitas vezes, uma cirurgia é necessária. "A sequela mais comum é a doença de Peyronie, que deixa o pênis torto quando está ereto e impede a penetração. Nesses casos, é preciso uma nova operação para corrigir", afirma Antônio de Moraes Júnior, da SBU. O especialista diz que esse tipo de caso é diferente do pênis torto congênito, que só é necessário reparar quando traz prejuízos para a vida sexual do homem. 
9 - Ereções noturnas e orgasmo:  o urologista Sidney Glina afirma que os homens passam 20% do tempo de sono com o pênis em ereção. "Podem ocorrer várias, mais precisamente durante o sono REM (estágio no qual ocorrem os sonhos), e duram de 30 a 40 minutos cada uma." Segundo o especialista, o homem só percebe a ereção quando desperta no meio da noite com vontade de fazer xixi, por exemplo.
De acordo com Glina, não é possível precisar o tempo médio de um orgasmo masculino, mas se estima que sejam milésimos de segundos. "O orgasmo masculino é uma das coisas mais pouco estudadas. O assunto não é muito explorado porque os homens não têm tantas questões a respeito, como as mulheres, que nem sempre conseguem atingi-lo." 
10 - Sinais de perigo e higiene: os homens levam vantagem sobre as mulheres no que se refere a identificar problemas no órgão sexual. Como o pênis é externo, qualquer mancha ou sinal de que há algo errado é facilmente percebido. "Se não surgiu por algo que justifique alteração, como uma masturbação mais intensa, o ideal é procurar um médico", afirma a terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo.
A falta de higiene da área está associada a várias doenças, não como causa, mas como agente facilitador. Por isso, lavar com água e sabonete toda a região genital e secar, sem deixar umidade, ajuda na prevenção. "Para aqueles que têm prepúcio, puxar a pele e expor a glande para lavar também é importante", fala Maria Cristina.
FONTE: http://mulher.uol.com.br/bit.ly/1zwcm7Z

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