27 de julho de 2015

Cerca de 8 mil pessoas pedalam por respeito aos ciclistas

Foi a 13ª edição do passeio ciclístico organizado pela ONG Rodas da Paz. ONG prega o fim da "ditadura da quatro rodas" e pede respeito aos ciclistas. Hoje cerca de 3% dos deslocamentos são feitos de bicicletas
ONG Rodas da Paz reuniu cerca de 8 mil ciclistas no 13º passeio de bikes pelas ruas de Brasília
Na manhã deste domingo (26), havia mais bicicletas do que carros nas ruas de Brasília. Pelo menos 8 mil ciclistas tomaram a Esplanada dos Ministérios na largada do 13º passeio organizado pela ONG Rodas da Paz.
O número de participantes foi o maior desde a primeira edição, o que levou Renata Florentino, coordenadora-geral da ONG, a, do alto do carro de som, classificar o passeio como “o maior do país”. “Viva as bicicletas!”, bradou ela, a certa altura do trajeto de 16 km.
José Henrique e a família chegou cedo ao passeioFoto: Sheyla Leal/Fato Online
Com o apoio do BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar), os ciclistas passaram pela Praça dos Três Poderes e pedalaram até a Ponte JK, antes de retornarem à Esplanada. As crianças, acompanhadas dos pais, percorreram um caminho mais curto, de 5 km.
Faixas erguidas durante a concentração, em frente ao Museu Nacional, pediam respeito à bicicleta e às leis de trânsito. No ano passado, lembrou Renata Florentino, 20 ciclistas morreram nas pistas do Distrito Federal.
Durante toda a manhã, o Metrô-DF destinou os dois últimos vagões dos trens para os ciclistas. Antes de começar a pedalada, entre um discurso e outro, teve batucada com a banda de percussão Patubatê e os participantes do passeio fizeram um minuto de “buzinaço”. “Precisamos mudar a cultura no trânsito e integrar as cidades do DF por meio de ciclovias”, defendeu a coordenadora-geral do Rodas da Paz.
Estima-se que ao menos 3% dos deslocamentos na capital federal já sejam feitos em bicicletas, índice superior ao de cidades como Belo Horizonte, João Pessoa e mesmo São Paulo. O Rodas da Paz prega o enfraquecimento do que classifica como “ditadura das quatro rodas” e exige maior rigor na punição de motoristas que provocam acidentes envolvendo bikes.
Professor Guadagnin: número de pessoas de bike ainda é pequenoFoto: Sheyla Leal/Fato Online
No meio de tanta gente, o professor universitário Renato Guadagnin, 69 anos, registrava com o celular imagens da legião de ciclistas que, como ele, invadiram a Esplanada para o passeio. “Há um número crescente de ciclistas na cidade, mas ainda falta muito para a bicicleta se consolidar como meio de transporte”, comentou ele, ilustrando que na UnB (Universidade de Brasília), por exemplo, a quantidade de estudantes que se desloca de bike é irrisória.
O servidor público José Henrique Nascimento, 35, acordou cedo neste domingo para marcar presença no passeio ao lado da mulher, Isabel, 35, e dos filhos Arthur, 10, e Italo, 6. “Fiz questão de trazer as crianças, para que elas sintam este clima e se acostumem com a ideia da bicicleta”, justificou. O passeio durou quase duas horas, sem qualquer incidente.

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