9 de agosto de 2012

Por que você resiste às mudanças?


A nossa vida não é estática. O mundo em que vivemos está em constantes transformações. E, por consequência, nossa vida também é obrigada a “seguir o fluxo”. O que era prioridade para você 5 anos atrás pode não ser prioridade hoje, e as prioridades que nortearão sua vida daqui a 5 anos podem ser completamente diferentes das que você tem hoje. 

Afinal, se as prioridades mudam com o decorrer do tempo, você deve primeiro reconhecer esse fato em sua vida, e depois agir em consonância, de acordo, com essa nova realidade, e não em desacordo. Não adianta resistir às mudanças. Elas fatalmente ocorrerão em sua vida. Mas por quê você resiste tanto a elas?

“No ótimo livro As 10 principais diferenças entre os milionários e a classe média, de Keith Cameron Smith, resenhado aqui no blog recentemente, o autor aborda exatamente a questão das mudanças, e na diferença entre os milionários e a classe média quanto ao comportamento para encará-las. Com efeito, os milionários a aceitam de bom grado, ao passo que a classe média se sente ameaçada pelas mudanças. Na verdade, as mudanças são boas porque oferecem oportunidades. E mais, elas nos ensinam algo. De acordo com Smith (p. 39-40):
“A mudança nos ensina uma nova realidade que precisamos dominar. Quanto mais aprendemos, mais fortes e mais confiantes ficamos [...] O futuro pertence àqueles que podem mudar com o tempo. O verdadeiro propósito da mudança é nos transformar”.
Eu concordo com o autor. As mudanças nos proporcionam o desenvolvimento de um leque de habilidades que de outra forma não poderíamos aperfeiçoar. Elas nos oferecem os ingredientes necessários para transformar desafios em oportunidades de crescimento, e conquista de novos espaços, ampliando ainda mais nosso campo de visão, ao mesmo tempo em que fazem com que fiquemos cada vez mais preparados e mais fortes para novas e diferentes situações. Temos que aceitar o fato de que nossas vidas não são lineares, como se fosse uma reta que liga os pontos A a B (ou 2010 a 2020, por exemplo), mas sim linhas que oscilam entre momentos de auge, euforia e alegria e momentos de crise e tristeza. Alternamos entre altos e baixos, e é isso que caracteriza a vida. Pense num monitor de eletrocardiograma. As linhas sobem e descem na tela do computador. O que acontece quando a linha passa a formar uma reta? É sinal de que o coração parou de funcionar. E assim é a nossa vida. Muitas vezes resistimos às mudanças. Mas sabemos que todas elas, todas mesmo, cooperam para o nosso bem. E isso é o que basta para que caminhemos firmes a cada dia, sem medo de enfrentar o futuro, mas de desafiá-lo a cada momento”.
Na teoria tudo é muito bonito e parece funcionar perfeitamente, mas na prática… na prática… é difícil aceitar uma mudança para outra cidade, ainda que isso implique uma oferta de trabalho melhor e que pague com justiça o valor de seu capital intelectual. Na prática, é difícil reconhecer que você está sendo consumido por aquilo que consome, endividando-se a perder de vista com faturas e mais faturas de cartões de crédito apenas para ostentar, seja na vida online, seja na vida offline, um status que não condiz com sua verdadeira realidade. Na prática, é difícil cavar 3 horas por semana para praticar exercícios físicos, pois isso implicaria trabalhar menos, e, por consequência, essa aparente “perda de tempo” poderia lhe trazer prejuízos, uma vez que lhe roubaria tempo que poderia ser empregado na geração de mais negócios ou captação de mais clientes.
Mas então voltemos à pergunta inicial: por quê você resiste às mudanças? Descobrir o “por quê” requer ir atrás das suas razões, dos motivos, que o fazem ficar aonde está. Pois aqui vão 3 desses motivos.
Incerteza. E isso pode ser traduzido numa outra palavra: medo. Você resiste às mudanças porque tem medo da incerteza que elas carregam consigo. E o medo da incerteza, infelizmente, paralisa as pessoas. Você não muda aspectos de sua vida que sabe que deveria mudar porque você tem medo da incerteza. Mas o fato de você não saber exatamente para onde está indo, ou quais serão os resultados de uma mudança em seus atos, não pode ser a desculpa para que você se mantenha na inércia. Resistimos às mudanças porque elas trazem para nós o elemento do “desconhecido”. E isso nos leva diretamente para o segundo ponto…
Zona de conforto. Você não quer promover mudanças em sua vida porque você está confortável aonde você está. Simples assim. O raciocínio funciona da seguinte forma: “se eu estou bem aqui, pra quê mudar?“. Essa é a grande armadilha de ficar na zona de conforto. Pois, como eu já disse em outro post, Sair da zona de conforto: perigos, paradoxos, objetivos e vantagens, “se você ficar no conforto, você fica estagnado. Você não vai para frente”. Mas ficar na zona de conforto, resistindo à mudança, não tem raízes apenas psicológicas: tem também explicações biológicas. É que o nosso cérebro foi feito para conservar energia, e mudança de comportamento requer gasto de energia, na medida em que implica uma nova rotina de comportamentos, diferentes dos que estamos habitados a praticar. É por isso que é tão difícil aceitar as mudanças: porque temos que lutar contra nossos próprios instintos biológicos para que elas se operem.
Exposição a julgamento. Esse motivo é “cruel”, porque, em muitos casos, acaba sendo o principal motivo para você não mudar aspectos de sua vida que você sabe que precisa mudar. Você não promove mudanças em sua vida porque, no seu íntimo, quer evitar o que as pessoas irão dizer a seu respeito. Você resiste às mudanças porque não quer ser exposto a julgamento.
Mas pera lá, quem disse que precisa ser assim? Você não precisa viver como os outros esperam que você viva. Só você sabe o que é melhor para você, e se esse “melhor” significar viver em discordância com as expectativas alheias, qual é o problema? Tome as rédeas de sua própria vida, e pare de se importar com coisas e pessoas que pouco importam para você.
O que fazer para promover mudanças com sucesso?
Bom, a primeira dica já foi dita acima: é preciso ter a coragem de decidir viver a sua vida em seus próprios termos, pois isso implicará, em 99,99% dos casos, que você tenha que praticar mudanças em sua vida. Se você for corajoso o suficiente, aprenderá a adquirir confiança para lidar com mudanças, e tal confiança você só obtém por meio de preparo e trabalho duro.
Além disso, você deverá trabalhar de acordo com metas. Você deve ter objetivos bem claros em mente, palpáveis, mensuráveis. Perder 10 kg em 6 meses. Destruir todas as dívidas acumuladas em R$ 12 mil em 4 meses. Conquistar um patrimônio líquido de R$ 50k, R$ 100k, R$ 200k ou R$ 300k até 31.12.2013. Sair dessa droga de emprego em até 2 anos. Qualquer que seja o objetivo, ajuste seu foco para que ele seja o seu principal alvo, ainda que adversidades e pessoas falando que você não irá conseguir surjam no meio do caminho.

Crie o hábito. São as pequenas coisas, feitas de modo constante, que criam maior impacto. Pergunte para qualquer atleta ou técnico como ele obteve a medalha de ouro nas Olimpíadas, que ele responderá: treino, treino e mais treino. Uma medalha olímpica não vem por acaso: é fruto de muito, mas MUITO treinamento. Você também precisa “treinar” arduamente se quiser que suas mudanças produzam resultados positivos. Capriche nas suas metas, mas capriche mais ainda no seu plano de ação, ou seja, naquilo que você irá fazer no dia a dia para conquistar seus objetivos.
Finalmente, tenha persistência. Os resultados das mudanças que você quer para sua vida não ocorrem da noite para o dia. Eles podem levar semanas, meses ou até anos para que se concretizem. No meio do caminho, muita gente torcerá pelo seu sucesso e te ajudará de verdade. Reforce suas conexões com elas. Mas muita gente também fará de tudo para impedir que você tenha sucesso. Ignore-as, desvie-se delas: mais cedo ou mais tarde, elas receberão a sua “recompensa” por terem tramado o mal contra você. Apenas se mantenha concentrado em seus objetivos. Com dedicação, força e energia, não só é possível aceitar as mudanças, como utilizá-las para transformar sua vida para melhor. Muito melhor. :wink:
É isso aí!
Um grande abraço, e que Deus os abençoe!
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FONTE: VALORES REAIS

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