População, órgãos governamentais e representantes da sociedade civil estão divididos em relação ao projeto
A maioria dos leitores que votaram na enquete do Correio Braziliense não concordam com a construção do Memorial Liberdade e Democracia Presidente João Goulart, em homenagem ao presidente deposto do regime militar em 1964. Dos 4.154 votos registrados, 82% (3.410 votos) são contrárias ao novo monumento. A enquete foi lançada em 29 de março.
No mês passado, começaram os preparativos para a construção da obra. Da mesma forma que as obras tiveram início, um debate em torno da edificação também surgiu. População, órgãos governamentais e representantes da sociedade civil estão divididos em relação ao projeto. As pessoas a favor do memorial, idealizado por Oscar Niemeyer, acreditam que possa ser mais uma opção cultural para a cidade. Quem discorda, no entanto, contesta a necessidade da criação do monumento ao lado da Praça do Cruzeiro, no Eixo Monumental, espaço cedido pelo governo do Distrito Federal em 2013.
O responsável por arrecadar a verba para a obra é o Instituto João Goulart. O dinheiro para o cercamento foi conseguido pela entidade por meio de uma campanha na internet e, de acordo com a secretária-geral do instituto, Verônica Fialho, a campanha para conseguir os R$ 18 milhões a fim de erguer o memorial, o prédio anexo e o projeto paisagístico continua.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aguarda a apresentação do projeto para analisar se o que será feito está dentro das regras de tombamento. Mas garante que a área está reservada para o memorial. Para a Administração de Brasília, falta apenas a análise da documentação entregue pelo governo anterior, mas não há evidências de irregularidade no projeto. Mesmo que o próprio idealizador da obra, Oscar Niemeyer, tenha dito que a construção era imaginada para outra cidade, o memorial poderá ser erguido em até quatro anos.
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