18 de fevereiro de 2014

Casos recorrentes de racismo e de injúria racial chamam a atenção no DF

No caso da manicure ofendida em um salão de beleza da Asa Sul, a acusada trabalha na CEB e responde a mais de uma sindicância interna na companhia por "indícios de atitudes racistas". Ela está em liberdade

A capital que abriga gente de todo canto do Brasil e tem representações diplomáticas de diferentes continentes cultiva a intolerância contra a cor da pele do seu semelhante. Enquanto uma parcela da população assiste perplexa aos recorrentes crimes de racismo, as vítimas são tomadas pela impotência e pela revolta, pois não conseguem o respaldo legal para a punição exemplar dos algozes. São tantos casos no Distrito Federal que o governo determinou a criação de quatro seções especializadas em crimes de racismo e de injúria racial dentro de unidades policiais.
 Além da intolerância praticada duas vezes contra a cobradora Claudinei Gomes, inclusive ao ser impedida de registrar a ocorrência na delegacia, um dos casos mais recentes envolve a funcionária da Companhia Energética de Brasília (CEB) Louise Stephanes Garcia Gaunth. Na última sexta-feira, empregadas e clientes de um salão de beleza na 115/116 Sul se revoltaram quando ela ofendeu a manicure Tássia dos Anjos, 22 anos. A cliente teria dito que a trabalhadora negra era “raça ruim” e ainda pediu que a vítima se retirasse. A australiana foi presa em flagrante e libertada pela Justiça em menos de 24h.

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