2 de abril de 2016

Invista por conta própria e comece a criar riqueza


Caro leitor,
Baseada na nossa experiência e nos diversos e-mails que temos recebido nos últimos meses posso afirmar com absoluta certeza: engana-se quem confia que seu dinheiro está devidamente cuidado por estar nas mãos do gerente do banco.
Tais profissionais podem até ser bem-intencionados, contudo, trabalham para o banco e têm outras prioridades na sua frente. Por isso, quando seu dinheiro está em jogo, é melhor você ter absoluta certeza sobre onde ele será investido.
E essas boas mãos precisam ser as suas. Sinto muito em decepcioná-lo logo no início deste relatório se você acreditava que poderia transferir a responsabilidade de multiplicar o seu dinheiro para outra pessoa. Eu não acredito nisso.
Antes de seguir adiante é preciso entender que a única pessoa que poderá cuidar de verdade do seu dinheiro é você mesmo.
O gerente é funcionário do banco. Essa última frase parece óbvia dita dessa forma, eu sei. Mas é preciso internalizar esta ideia: o gerente é funcionário do banco e, por isso, seu emprego depende das metas a serem atingidas.
Logo, ele fará o melhor para o banco. Pode soar repetitivo, mas é a mais pura verdade. Quem luta pelo seu dinheiro é você. E isso não é uma missão difícil. É perfeitamente possível, inclusive a todos os leigos no assunto.
Algumas pessoas têm conhecimentos específicos em relação a investimentos. Aprenderam isso em casa, em livros ou em cursos superiores. Mas a maioria das pessoas nunca foi rica e nunca aprendeu economia antes.
Para ser um criador de riqueza bem-sucedido, você deve ter boas ideias de investimentos. Mas esse é apenas um pedaço da fórmula.
Os outros – como gastar, como guardar e como gerar renda – são também muito importantes. E é aí que nós entramos. O Criando Riqueza deve funcionar como o seu suporte de finanças pessoais.
Estamos aqui para lhe ajudar a investir e ficar mais rico a cada dia. Por isso, reunimos abaixo os principais produtos que o gerente do banco irá lhe oferecer, de forma que você já esteja devidamente preparado para esta conversa. Leia com atenção e veja que o caminho para gerenciar suas finanças pode estar mais próximo do que imagina.
Conheça o que o gerente vai lhe vender
Poupança
Abrir uma conta poupança é, muitas vezes, a primeira decisão dos investidores iniciantes. O investimento tem baixo risco e fácil aplicação, mas os rendimentos atualmente têm sido inferiores a 8% ao ano.
E isso deve ser levado em conta na hora de investir seu dinheiro.
cofre-porquinho
Entenda que o rendimento será insuficiente para compensar a inflação, que está atualmente em cerca de 10% ao ano. Ou seja, quem deixou qualquer valor aplicado na poupança durante o ano de 2015 perdeu dinheiro, pois a inflação foi 10% e o rendimento da caderneta não mais que 8%.
Veja que nem mesmo a vantagem de não ter a cobrança de imposto de renda salva a poupança. Hoje em dia, é preciso que a aplicação financeira tenha rendimento líquido de 10% ao ano para valer a pena.
Outro ponto importante da poupança é a possibilidade de sacar a qualquer dia, sem agendamento prévio. Mas mesmo com liquidez diária, a rentabilidade acontece apenas nos “aniversários” – de mês em mês – após a data de aplicação, o que gera perda de rendimentos para quem resgata antes.
Títulos de (des) capitalização
Quem procura investir por meio dos bancos pode ainda cair em outra armadilha: ostítulos de capitalização. Acredite, esse é o pior investimento que você pode entrar. E digo isso porque trata-se de um verdadeiro jogo de azar, ou melhor, uma mistura de bolão com loteria.
Bolão porque uma parte de seu dinheiro será usada para pagar pela administração do dinheiro de todos que compraram os títulos e uma parte será usada para premiar o sorteado. Loteria por causa dos sorteios. Veja a definição da Susep, entidade responsável pela regulamentação deste tipo de aplicação:
O que é um título de capitalização?
É um produto em que parte dos pagamentos realizados pelo subscritor é usado para formar um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionada no próprio título (Condições Gerais do Título) e que será pago em moeda corrente num prazo máximo estabelecido.
E veja que a própria Susep informa que o título de capitalização é pior do que a poupança. Isso mesmo: pior que a poupança.
É vantagem adquirir um título de capitalização?
A resposta para esta pergunta depende de cada pessoa. O consumidor deverá avaliar as diferenças entre o título de capitalização e a poupança, por exemplo. O título de capitalização permite a participação em sorteios e a obrigação de “poupar” para não atrasar os pagamentos, uma vez que os títulos com pagamentos em atraso não concorrem aos sorteios. Entretanto, o capital formado é inferior se comparado ao que seria obtido com a caderneta de poupança, naturalmente com os mesmos valores e número de depósitos, pode haver prazo de carência, os valores de depósitos estão pré-definidos, ou seja, obriga o subscrito a efetuar o depósito daquele valor e ainda pode haver a aplicação de penalidade em caso de resgate antecipado, isto é, antes de encerrado o prazo de vigência.
Portanto, definitivamente este não é um investimento que você deva fazer! É pior do que a poupança, que por si só nem da inflação ganha. E da próxima vez que for conversar com o gerente do banco observe se esse investimento não será o mais ofertado. Isso acontece porque é muito lucrativo… ao banco! Fique atento e não caia em armadilhas.
Previdência Privada
Os planos de previdência também têm pegadinhas a serem evitadas. Eles têm custos maiores do que outros tipos de aplicações, pois têm altas taxas de administração e estão entre os produtos que dão maiores lucros para os bancos.
Tais planos são interessantes apenas para alguns casos específicos, mas são vendidos pelos bancos como se fossem bons para todos os clientes. Na verdade, quanto mais dinheiro você aplica, maior a rentabilidade. No entanto, mesmo quem tem mais de R$ 500 mil para investir em um plano de previdência não tem acumulado bons retornos.
Os investimentos dos planos são feitos por meio de fundos, que podem ser de renda fixa ou multimercado, e por isso, há cobrança da taxa de administração. Muitas vezes há também as famosas (e detestáveis) taxas de carregamento, que incidem sobre as contribuições na entrada, na saída ou na portabilidade.
A desvantagem de fazer a aplicação em grandes bancos é pagar taxas MUITO ALTAS, o que irá afetar diretamente o investimento. A proposta mais aceitável neste assunto é procurar uma grande seguradora independente (que oferecerá planos mais atrativos para valores iniciais baixos) ou fazer um plano corporativo, caso a empresa onde você trabalhe ofereça essa opção.
CDB
O certificado de depósito bancário (CDB) é um título que os bancos emitem. Quem o adquire está fazendo uma espécie de empréstimo em troca da rentabilidade diária. Existem três tipos de CDB: o prefixado, o pós-fixado e os que pagam juros mais um índice de inflação.
O primeiro é indicado para taxas de juros altas, mas com forte tendência de queda. Já os pós-fixados são indicados quando a tendência da taxa é subir ou permanecer em alta. E o CDB que paga um índice de inflação mais juros é ideal para quem quer proteger seu poder de compra no longo prazo e ainda obter um ganho real.
Mas lembre-se de que ao investir nessa aplicação será preciso pagar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de menos de 30 dias. Outro tributo obrigatório é o Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o prazo da aplicação: 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para 721 dias ou mais.
LCA
A Letra de Crédito do Agronegócio é um título emitido pelos bancos para financiar os participantes do agronegócio. Sua principal vantagem é ser isenta de imposto de renda, o que faz uma grande diferença no rendimento final.
A desvantagem é não ser uma aplicação tão disponível quanto o CDB. Em alguns bancos, sobretudo os grandes, para investir em uma LCA o cliente pode precisar fazer um aporte grande para ter acesso à uma taxa adequada ou simplesmente pode nem encontrar esta opção.
LCI 
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um título emitido pelos bancos para conseguir recursos destinados ao financiamento do setor imobiliário. E para incentivar os participantes desse mercado, o governo concede a isenção de imposto. Mas assim com a LCA, a desvantagem é o aporte inicial elevado e ser menos acessível do que o CDB.
Tanto a LCI como a LCA tem um período mínimo de carência de 90 dias, ou seja, você não pode pode retirar o dinheiro antes deste prazo. E na maioria dos casos você só tem a liquidez no vencimento (ex: 90 dias, 180 dias, 360 dias, 720 dias), assim você deve optar pelo prazo que se sinta mais confortável. Geralmente nos prazos maiores as taxas oferecidas são melhores.
As letras de crédito, assim como o CDB, também são garantidas pelo FGC em valores até R$ 250 mil. Através de corretoras independentes, você poderá ter acesso a LCAs e LCIs de bancos de médio porte que oferecem taxas bem mais atrativas que os grandes bancos. Recomendamos não ultrapassar o valor assegurado pelo FGC por emissor.

Conheça agora o gerente deveria – mas não quer – te vender:
Tesouro Direto
Primeiramente é importante explicar um conceito aqui: O que é o Tesouro Direto?
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Tesouro Direto é o nome dado ao programa criado pelo governo federal em 2002 que permite que qualquer cidadão brasileiro compre e venda um título emitido pelo próprio Governo Federal, com vencimento e metodologia de rendimento claramente definidos.
E por que o governo precisa emitir títulos? Simples, porque ele funciona como uma empresa qualquer, ou seja, tem funcionários, contas de agua, luz etc para pagar. Daí a necessidade dele de criar um instrumento financeiro que possa pagar as suas contas.
Pois bem, o Tesouro hoje têm sido uma grande oportunidade de investimentos para os brasileiros (e até estrangeiros!). Não apenas para os apaixonados por renda fixa, mas para todos que querem uma aplicação segura com alto retorno.
Os bancos não oferecem o Tesouro Direto aos clientes, pois quase não ganham dinheiro com essa aplicação. Ou seja, é interessante para você, mas não é interessante para seu banco.
O investimento no Tesouro Direto tem a incidência de imposto de renda, o que não ocorre na poupança. E este será o maior argumento do seu gerente para tentar tirar essa ideia da sua cabeça.
Mas, apesar disso, sua rentabilidade continua bem mais atrativa do que a caderneta de poupança. A alíquota de IR é regressiva. Começa em 22,5% sobre os ganhos e, após dois anos, passa a ser de 15%. Hoje, os títulos do Tesouro Direto pagam entre 14% ao ano (sim, quase o dobro da poupança!) e 18% ao ano.
Os investidores do tesouro podem aproveitar as vantagens dos três tipos de títulos: Selic, IPCA+ e Prefixado.
O primeiro é um título público pós-fixado, emitido pelo Tesouro Nacional, cuja rentabilidade segue a variação da taxa Selic, a taxa de juros básica da economia (hoje em 14,25% a.a.). Ele tem rentabilidade diária e seu valor de mercado, por acompanhar a taxa Selic, apresenta baixa volatilidade, evitando perdas no caso de venda antecipada.
Fazendo uma simulação de um investimento no Tesouro Selic, pelo prazo de 1 ano, por uma corretora que cobra 0,1% ao ano de taxa de administração e supondo que a taxa Selic se mantenha em 14,25% a.a., chegamos a rentabilidade líquida de 11,4% ao ano, já descontadas taxas da corretora e da bolsa de valores e o imposto de renda.
É possível começar a investir no Tesouro Selic com cerca de R$ 75, pois é possível comprar 1% do título, atualmente em R$ 7.357.
Já o Tesouro IPCA+ exige um investimento de pelo menos R$ 30, que é o valor mínimo para se investir no Tesouro Direto. Um título inteiro custa atualmente entre R$ 700 e R$ 2.700. A grande vantagem é que este título proporciona rentabilidade real. Ele garante o aumento do poder de compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por duas parcelas: uma taxa de juros prefixada mais a variação da inflação (IPCA).
Hoje os títulos indexados ao IPCA estão pagando taxas de retorno próximas de 7,3% ao ano + IPCA, que consideramos uma ótima taxa para compra visando o longo prazo.
Já o Tesouro Prefixado permite saber exatamente a rentabilidade que você vai receber se mantiver o título até a data de vencimento. Para cada unidade de título, o valor bruto a ser recebido no vencimento é de R$1.000,00.
Um título prefixado com vencimento em 2021, por exemplo, tem o preço de R$ 477,87 e oferece atualmente retorno de 16% ao ano. Esta é a taxa necessária para o título chegar no valor de R$ 1.000,00 no vencimento.

– Sem medo das finanças
Agora que você já entende um pouco mais sobre cada modalidade de investimento sabe o que evitar, certo? Mas não pense que acabou.
Gerenciar as próprias finanças é algo que exige atualização e monitoramento frequentes. Por isso, a leitura sobre finanças é fundamental.
Nosso papel aqui é ajudá-lo a cuidar bem do seu dinheiro. Você já deve ter percebido que precisará de todas estas informações para entender o que o seu gerente vai lhe oferecer. E, nesse momento, ainda será preciso fazer as perguntas certas.
Oras, você não entra em uma loja de eletrônicos e compra um equipamento que não sabe para que serve, não é mesmo?
Antes de adquirir um produto, qualquer que seja, perguntamos como funciona, qual será o custo de manutenção, quanto tempo ele vai durar, etc. E fazemos pesquisas de preço antes de fechar a compra. Para os produtos bancários vale a mesma lógica.
Você é o cliente do banco e tem o direito de perguntar o quanto quiser, mesmo que não entenda absolutamente nada de economia, taxas de juros, taxas de administração, carregamento e qualquer outro termo que surgir durante a negociação.
Um bom PGBL pode ser ótimo para quem pensa em reduzir a base de cálculo do imposto de renda. E um bom VGBL pode ser vantajoso para aqueles que podem esperar até depois do décimo ano, quando o imposto de renda cair para 10%.
Mas um PGBL pode ser ruim se tiver taxa de administração alta, rendimento baixo e não encaixar com o perfil do investidor. O mesmo serve para o VGBL.

– Faça as perguntas certas
Para não ficar na dúvida do que perguntar ao gerente, veja abaixo o que recomendamos em cada situação:
planejamento
1) Quais seriam outras opções de investimentos para o meu perfil? Gostaria de entender as comparações.
No caso do plano de previdência, por exemplo, você pode perguntar se não seria mais vantajoso para você a aplicação em um título do Tesouro Direto (como o IPCA+ 2035 ou Tesouro Prefixado 2021), uma LCA, uma LCI, ou mesmo um fundo de investimento, por exemplo.
2) Quanto custa a aplicação? Ou: você pode listar todas as taxas que me serão cobradas caso eu faça a aplicação? 
Pergunte se há (e qual é) a taxa de administração, a taxa de carregamento, a taxa de performance e se há outra taxa. Pergunte também se quando seu volume de dinheiro aumentar, você pode migrar para uma categoria melhor, com taxa de administração mais baixa.
3) Como funciona o pagamento de impostos? Quais são os impostos e qual a vantagem desse produto em relação a outras aplicações, no que diz respeito aos impostos?
No caso do plano de previdência, pergunte se é possível deduzir a sua base de cálculo do Imposto de Renda em sua declaração anual e para quem esse benefício vale a pena. O PGBL costuma ser indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e planeja aplicar até 12% de sua renda bruta anual na previdência (pois é exatamente esse o percentual que poderá ser deduzido da base de cálculo do IR).
4) A partir de quanto tempo poderei resgatar o dinheiro nas melhores condições possíveis? (Ou seja, com a menor incidência de imposto de renda, menores custos e sem comprometer o retorno/rendimento?)
O produto de investimento poderá ter uma data de vencimento específica. Antes dessa data, pode ser que você não consiga resgatar nem um centavo. Por isso, é importante que o prazo da aplicação case com o seu objetivo para aquele dinheiro. Além disso, dependendo do tipo de aplicação, o imposto de renda é calculado de uma forma.
Muitas aplicações de renda fixa seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda que vai de 22,5% a 15%. Nos planos de previdência, a tabela regressiva é outra (vai de 35% a 10%) e há também a tabela progressiva.
5) O que acontece se eu resgatar antes do prazo? Há alguma multa? Qual a pior condição possível para o resgate antecipado?
Em geral, quanto menos tempo você deixar o seu dinheiro em uma aplicação, pior. É importante que a aplicação “case” com o período que você não precisará daquele dinheiro.
6) Eu corro o risco de resgatar menos do que apliquei? Poderei ter um retorno menor do que a inflação?
Mesmo no Tesouro Direto, que é uma aplicação que gostamos muito, é possível resgatar menos do que foi aplicado. Isso pode acontecer no investimento em títulos IPCA+ e Prefixado caso o investidor precise resgatar antes do vencimento. Em produtos bancários essa possibilidade também pode existir.
7) Qual o valor mínimo da aplicação? Qual o valor mínimo para futuras aplicações no mesmo produto? 
É importante saber a aplicação mínima e ter certeza de que você quer colocar aquele valor em uma só aplicação. De novo, fique atento ao prazo de vencimento do produto oferecido.

– Você está pronto!
Investir é algo que exige estratégia e você já está no caminho. Já entendeu que não pode cair na conversa do gerente e precisa saber exatamente o que quer de cada investimento.
Alguns têm foco no longo prazo e outros contam com a vantagem da liquidez diária. Outros ainda são cilada pura, lembre-se do titulo de (des) capitalização, e merecem ser esquecidos.
Saiba que construir riqueza é algo que depende apenas de você. Leia mais nossos conteúdos, investigue as aplicações e trace a melhor estratégia para as suas finanças. E conte conosco para ficar mais rico a cada dia, afinal, tópicos como esses são os que abordamos em nossas Newsletters Gratuitas enviadas a mais de 300.000 leitores. Aproveite!
por: Bruna Bessi

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