9 de janeiro de 2015

Com salários atrasados, servidores e terceirizados fecham vias do DF

Trabalhadores pedem pagamento imediato de salários e benefícios atrasados.
GDF diz que saúde deve receber hoje e educação na próxima semana.

Isabella Calzolari e Luciana AmaralDo G1 DF
Profissionais de saúde protestam na 102 Sul, em Brasília (Foto: Isabella Calzolari/G1 DF)Profissionais de saúde protestam na 102 Sul, em Brasília (Foto: Isabella Calzolari/G1 DF)
Com os salários de dezembro atrasados, terceirizados, professores e servidores da saúde fecharam o Eixo Monumental e a 102 Sul, em Brasília, em dois atos distintos de protesto nesta sexta-feira (9). Os depósitos deveriam ter caído nas contas dos trabalhadores nesta quinta (8).
Inconformados com os atrasos, servidores do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde), decidiram entrar em greve. Já os professores e os terceirizados informaram que vão acampar em frente ao Palácio do Buriti até receberem os valores devidos.
Servidores da saúde em greve
Também por volta de 11h, profissionais de saúde deixaram as imediações do Hospital de Base, onde estavam reunidos em assembleia desde cedo, e ocuparam uma faixa da 102 Sul, conhecida como "Rua das Farmácias". A PM informou que cerca de 400 pessoas participavam do ato. Às 11h30, o grupo foi para a lateral da Igreja Dom Bosco, na W3 Sul, onde fez uma oração. Por volta de 12h, eles retornaram ao hospital, onde encerraram o protesto.
Com os salários de dezembro atrasados, terceirizados, professores e servidores da saúde fecharam o Eixo Monumental e a 102 Sul, em Brasília, em dois atos distintos de protesto nesta sexta-feira (9). Os depósitos deveriam ter caído nas contas dos trabalhadores nesta quinta (8).
Inconformados com os atrasos, servidores do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde), decidiram entrar em greve. Já os professores e os terceirizados informaram que vão acampar em frente ao Palácio do Buriti até receberem os valores devidos.
Não teve Natal. Os meus amigos me convidaram para a casa deles, porque em casa não tinha condições. A gente vive de salário e agora eu estou vivendo com a ajuda desses meus amigos"
Norma Jaqueline,
professora temporária
Pela manhã, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que os salários de dezembro dos servidores da saúde serão depositados nesta sexta e devem estar disponíveis no sábado(10) nas contas dos trabalhadores. O pagamento dos servidores da educação deverá ser feito apenas na semana que vem. O chefe do Executivo disse ter sido uma opção difícil escolher qual área receberia primeiro os salários atrasados. Rollemberg não deu previsões acerca do pagamento dos funcionários terceirizados.
Ato de professores e terceirizados
Pouco antes das 11h, professores e terceirizados ocuparam todas as faixas do Eixo Monumental, na altura do Palácio do Buriti. Uma hora depois, o grupo ocupou cinco faixas da via oposta, que só foi liberada às 13h. Segundo a Polícia Militar, cerca de 450 profissionais participam do ato. Cem policiais a mais foram convocados para reforçar a segurança na via.
Os professores pedem o pagamento do salário de dezembro, das férias, dos 13º dos aniversariantes do mês passado e dos professores temporários, além da correção nos salários dos aniversariantes entre janeiro e agosto. Já os terceirizados exigem o pagamento das férias, do ticket alimentação e do vale-transporte do mês passado.
Barracas montadas em frente ao Palácio do Buriti (Foto: Luciana Amaral/G1)Barracas montadas em frente ao Palácio do Buriti
(Foto: Luciana Amaral/G1)
Por volta de 13h, uma reunião entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organizou o ato, e o secretário de Trabalho, de Relações Institucionais e o secretário-adjunto da Casa Civil terminou sem acordo. De acordo com a CUT, os servidores vão montar barracas e instalar banheiros químicos na Praça do Buriti, em frente à sede do Executivo, para acampar. Eles afirmam que vão permanecer no local até receberem os salários e benefícios atrasados.
A professora temporária Norma Jaqueline afirma que ainda não recebeu o 13º salário e o pagamento referente ao mês de dezembro. Segundo ela, a falta do dinheiro prejudicou as festas de fim de ano da família. "Não teve Natal. Os meus amigos me convidaram para a casa deles, porque em casa não tinha condições. A gente vive de salário e agora eu estou vivendo com a ajuda desses meus amigos",  lamentou.
Ao meio-dia, o trânsito sentido Esplanada dos Ministérios chegava até a altura da antiga rodoferroviária. Os carros estavam sendo desviados para o Setor de Indústrias Gráficas (SIG). No sentido Estrutural, o congestionamento alcançava a Rodoviária do Plano Piloto. O trânsito era desviado para o autódromo de Brasília.
Preso no congestionamento, o funcionário público Raimundo Nonato disse apoiar o ato dos trabalhadores. "Estou vendo que o trânsito está caótico, mas realmente precisava acontecer isso para abrir os olhos dos governo, porque as pessoas não têm que pagar pelo erro dos governadores", disse.
Professores protestam na Praça do Buriti, em Brasília (Foto: Luciana Amaral/G1)Professores protestam na Praça do Buriti, em Brasília (Foto: Luciana Amaral/G1)
Servidores da saúde em greve
Também por volta de 11h, profissionais de saúde deixaram as imediações do Hospital de Base, onde estavam reunidos em assembleia desde cedo, e ocuparam uma faixa da 102 Sul, conhecida como "Rua das Farmácias". A PM informou que cerca de 400 pessoas participavam do ato. Às 11h30, o grupo foi para a lateral da Igreja Dom Bosco, na W3 Sul, onde fez uma oração. Por volta de 12h, eles retornaram ao hospital, onde encerraram o protesto.
Em cima do carro de som que acompanhava o ato dos servidores, um papai noel vestido de preto representava o luto da categoria, segundo sindicato. Enquanto caminhavam em direção à W3 Sul, os servidores gritavam:  "Rollemberg não pagou, a saúde parou".
Servidores da saude seguram faixas em frente ao Hospital de Base (Foto: Isabella Calzolari/G1 DF)Servidores da saude seguram faixas em frente ao Hospital
de Base (Foto: Isabella Calzolari/G1 DF)
Em assembleia realizada pela manhã, servidores do SindSaúde votaram a favor do início da greve. Segundo eles, apenas os serviços emergenciais vão continuar em funcionamento. O sindicato representa 104 categorias, entre elas a de técnicos de laboratórios, auxiliares administrativos e especialistas.
Médicos e enfermeiros também participam do protesto, mas eles não aderiram à paralisação. Eles afirmam que vão voltar a se reunir, caso não recebam os pagamentos, para decidir se entram em greve.
FONTE: g1.globo.com/distrito-federal/salários atrasados
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