26 de agosto de 2014

Pombos são bonitinhos, mas perigosos para a saúde humana

“Pombos são ratos de asas”, diz a sabedoria popular. E, nesse caso, a ciência concorda. Estudos mostram que as aves, classificadas como sinantrópicas – grupo de animais que se adaptaram a viver junto ao homem – podem transmitir tantas doenças quanto os roedores. No Distrito Federal, a Praça dos Três Poderes se tornou a morada oficial da espécie.  A aceitação deles é tão grande que existe até uma área, desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, onde os pombos fazem ninhos e se reproduzem. Os restaurantes também sofrem. Os pássaros, considerados uma praga das grandes cidades, chegam a dar voos rasantes sobre as mesas e afastam a clientela. 
Até o ano passado, havia 2 milhões de pombos no DF. Eles transmitem mais de 50 tipos de doenças, entre elas diarreia, febre, alergias respiratórias, cegueira e infecções. Também carregam piolhos, ácaros, carrapatos e outros parasitas. A principal forma  de contaminação é pelas fezes e pelo ar, de modo que o tempo seco pode favorecer – e muito - a propagação de enfermidades.

Cartilha
De olho nesse problema de saúde pública, o Centro Universitário UniCeub acaba de lançar uma cartilha, produzida pela equipe do Projeto de Extensão em Gestão Ambiental, com um plano de ação para o  controle de animais sinantrópicos. O material chama a atenção para a responsabilidade de cada cidadão em relação aos pombos e dá dicas de como afastá-los de sua casa ou estabelecimento comercial.
Segundo Andrea Libano, professora do Projeto de Extensão em Gestão Ambiental do UniCeub, cuidados simples fazem com que os pombos deixem, progressivamente, de frequentar determinada área. “O primeiro passo é educar os frequentadores do local. No nosso caso, alunos e professores receberam instruções para não alimentar os pombos e os funcionários foram orientados a manter a praça de alimentação o mais limpa possível. Além disso, criamos barreiras físicas, instalando telas de nylon que dificultam o acesso deles às nossas dependências e não interferem na estética dos prédios”, explica.
E não para por aí. “Limpamos as áreas de ninhos uma vez por mês, antes que as fêmeas possam colocar novos ovos e soltamos até um gavião mecânico (predador natural de pombos), que batia as asas e emitia sons para afastá-los. Mas logo eles perceberam que o gavião não era de verdade, passaram a atacá-lo e voltaram a frequentar o local”, explicou.

Matar dá cadeia
A Lei Federal nº 9.605/98, em seu artigo 29, determina que: “Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, resulta em detenção de seis meses a um ano e multa”. 
Segundo a lei, incorre nas mesmas penas “quem impede a procriação da fauna, sem autorização ou em desacordo com a obtida; quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural e quem vende, exporta ou adquire espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos,  sem a devida permissão da autoridade competente”.

Fonte: www.jornaldebrasilia.com.br


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