Imbróglio entre governos municipal, estadual e federal impede a conservação do espaço em Anápolis
A Casa JK pode se perder na história. O local, em Anápolis (GO), está fechado desde setembro de 2013 e sofre com graves problemas de estrutura, manutenção e gestão. O prédio — tombado em 2003 pela Prefeitura Municipal — não é administrado por ninguém. A construção fica em um terreno da União, cedido para Goiás. Para regastar esse local histórico, o Memorial JK se ofereceu como parceiro do Estado. Na mesma área funciona o aeroporto da cidade goiana, que passa por reformas.
O ex-presidente assinou o documento pedindo ao Congresso Nacional a mudança da capital para Brasília na madrugada de 18 de abril de 1956, graças à “vontade” da natureza. JK viajava do Rio de Janeiro a Goiânia, mas a forte chuva daquela noite obrigou a comitiva a pousar em Anápolis. De acordo com os registros históricos, o casal responsável por tomar conta do aeroporto serviu uma refeição aos visitantes e, após comer, JK teria decidido ali mesmo assinar o papel antes de seguir viagem. Queria que a assinatura fosse feita o mais perto possível do local onde seria o Distrito Federal: nascia Brasília. O texto indicava a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para que fosse, então, executada a ordem de serviço de construção.
Agora, a manutenção básica do local depende da boa vontade das servidoras do aeroporto. As paredes amarelas mostram os efeitos do descaso. Infiltrações, rachaduras e marcas de mofo estão aparentes por toda parte. Fora da casa, o mato alto esconde o valor histórico do local. Tiziano Mamede Chiarotti, diretor do Museu Histórico de Anápolis, defende a conservação do espaço, que fica a 50km de Goiânia. “As pessoas precisam conhecer a Casa de JK. Esse é um espaço de extrema relevância histórica e cultural para o Brasil. Precisamos preservar esse retalho da construção da nova capital do país”, argumenta.
O ex-presidente assinou o documento pedindo ao Congresso Nacional a mudança da capital para Brasília na madrugada de 18 de abril de 1956, graças à “vontade” da natureza. JK viajava do Rio de Janeiro a Goiânia, mas a forte chuva daquela noite obrigou a comitiva a pousar em Anápolis. De acordo com os registros históricos, o casal responsável por tomar conta do aeroporto serviu uma refeição aos visitantes e, após comer, JK teria decidido ali mesmo assinar o papel antes de seguir viagem. Queria que a assinatura fosse feita o mais perto possível do local onde seria o Distrito Federal: nascia Brasília. O texto indicava a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para que fosse, então, executada a ordem de serviço de construção.
Agora, a manutenção básica do local depende da boa vontade das servidoras do aeroporto. As paredes amarelas mostram os efeitos do descaso. Infiltrações, rachaduras e marcas de mofo estão aparentes por toda parte. Fora da casa, o mato alto esconde o valor histórico do local. Tiziano Mamede Chiarotti, diretor do Museu Histórico de Anápolis, defende a conservação do espaço, que fica a 50km de Goiânia. “As pessoas precisam conhecer a Casa de JK. Esse é um espaço de extrema relevância histórica e cultural para o Brasil. Precisamos preservar esse retalho da construção da nova capital do país”, argumenta.