Ato simboliza que governo está deixando caso sem solução, dizem índios.
Ministro da Justiça deve receber comissão de manifestantes durante a tarde.
Índios acorrentados em um poste em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)
Índios se acorrentaram a um poste em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília, durante protesto contra mudanças nas regras para demarcação de terras, nesta quinta-feira (29). É o terceiro dia de protestos do grupo. Segundo os manifestantes, o ato simboliza que o governo está deixando o caso deles sem solução.Desde a manhã, indígenas de várias etnias fecharam os quatro acessos ao Palácio da Justiça. O grupo chegou a tentar entrar no prédio e também bloqueou três faixas do Eixo Monumental. Apesar da reunião realizada na quarta-feira (28) com os presidentes da Câmara e do Senado, os manifestantes querem uma audiência com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, para discutir a situação.
Segundo a Polícia Militar, havia 400 pessoas no local. Testemunhas relataram que os manifestantes apontaram seus arcos e flechas para policiais e servidores do prédio. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, porém, negou hostilidade por parte do grupo. "Tem uma proposta no Ministério da Justiça para alterar o procedimento de demarcação de terras. Essa proposta significa um obstáculo democrático", disse a entidade.
Índios de diferentes etnias bloqueiam a entrada do Ministério da Justiça durante um protesto em Brasília (Foto: Evaristo Sa/AFP)
Os indígenas se espalharam em volta da sede do Ministério da Justiça com faixas e cartazes e levaram uma lista das terras que querem ter como garantidas. Eles afirmaram que pretendiam ficar no local até ter uma resposta de Cardozo.
Indígenas ocupam entrada do Ministério da Justiça durante protesto contra mudança nas regras para demarcação de terras (Foto: Luiza Facchina/G1)
Por volta das 10h40, uma assessora da pasta desceu para conversar com o grupo e negociar a possibilidade de receber indígenas dentro do palácio. Homens da Força Nacional acompanharam o protesto.Funcionário de outro ministério, Luiz Paulo Conde dos Santos Neto disse que presenciou o início da manifestação. "Eu estava dentro do ônibus, vindo trabalhar. Eles chegaram correndo, tentaram invadir o palácio. Um policial disse que não podiam fazer isso, mas eles insistiram e apontaram o arco e flecha para ele. Aí ele recuou."
Fonte: g1.globo.com/distrito-federal/Índios se acorrentam em frente ao Palácio da Justiça em Brasília
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