Hoje é raro encontrar alguém que não use WhatsApp. Aplicativo de mensagens que é quase obrigação para quem porta um aparelho celular. Para alguns é um meio de comunicação reservado, pelo menos em relação as redes sociais que possuem bate-papo. Para outros é ferramenta de trabalho, auxiliador na divulgação de produtos, facilitador de compras, prestador de informações.
Unanimidade é que crianças, jovens, adultos e idosos, utilizam o chamado “zap”, para manter contato com amigos, familiares. A praticidade e a comodidade de apenas digitar ou fazer uma chama em qualquer lugar e em qualquer momento e assim haver contato, por exemplo, entre indivíduos sentados na mesma mesa de restaurante ou entre indivíduos separados por oceanos e continentes, seduzem os milhões de usuários. De fato, é bastante atraente e útil.
Longas conversas, grupos dos mais diferentes tipos (que agrupam desde familiares até totalmente desconhecidos), mensagens motivacionais, imagens e vídeos diversos, tudo o que for possível imaginar, pode ser encontrado em circulação.
Por meio do status, os usuários agora podem publicar fotos ou vídeos rápidos, divulgar links ou escrever brevemente alguma coisa. Isso abriu espaço para que também o zap se tornasse viável para que os contatos acompanhem as postagens uns dos outros.
As redes sociais e o zap formam uma combinação perfeita para viciar inocentes que cada vez mais se prendem a tal junção com intenção diversa da de vício. Sinal disso pode ser observado numa simples saída. Em shoppings, restaurantes, locais públicos, até mesmo nas ruas, é impossível não ver pessoas de cabeça baixa segurando um celular.
O desejo de estar sempre perto de quem está longe por meio da comunicação online, se torna estranho, porque ao mesmo tempo desapercebidamente essa atitude pode tornar distantes os que estão perto fisicamente. A falta de diálogo, do olho no olho, do saudável contato, da prazerosa convivência familiar e fraterna, são consequências da atenção quase exclusiva ao celular.
Obviamente, as redes e os aplicativos, podem ser úteis e bons. Sim! Para tanto, é necessário que exista no manuseio, devida moderação, coisa que parece escassa, e de ocorrência perceptível demasiadamente em crianças. Brincar na rua, com amigos, correr, cair e levantar, se torna cada dia mais raro, uma vez que o celular oferece uma infinidade de jogos, sem precisar sair de casa e estar em perigo devido ao caos da vida moderna tecnológica. Com efeito, encontros pessoais, convivência pessoal, demonstrações à moda antiga, em tempos de zap, parecem peças de museu.
Ora, se o presente colabora com a visualização do futuro, emerge, então uma questão: como se comportarão as futuras gerações? A atual já se assemelha a zumbis monoglotas ambulantes que sempre estão em contato uns com os outros graças ao pedido: “Passa o zap?”.
Por Felipe Feijão em Artigos
FONTE: http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs